Encarar uma prova: preparação psicológica
Hoje em dia, milhares de jovens encaram uma média de 3 provas diárias durante 3 dias para as quais se prepararam por anos. Encarar uma prova desse tipo gera níveis de nervosismo e estresse pouco frequentes, já que para muitos deles o resultado vai determinar seu futuro.
Encarar uma prova dessas é, muitas vezes, uma experiência estressante. É preciso empregar todo o esforço realizado durante dias, semanas ou meses, com a esperança de não sofrer ataques de ansiedade, bloqueios de memória ou outro tipo de imprevisto no dia. Em muitos casos, essas provas podem durar várias horas ou, até mesmo, alguns dias. Essa situação de avaliação tem sua correspondência a nível físico: por exemplo, o equilíbrio hormonal pode ficar comprometido.
Encarar uma prova: o momento de demonstrar o que foi aprendido
Desde o anúncio da data do exame, os estudantes começam a sentir certos níveis de estresse. É nesse momento que o corpo se prepara para a ação: o sistema nervoso simpático intervém para reagir frente ao desafio. No entanto, como o desafio vai durar mais tempo do que o sistema simpático pode suportar, o sistema parassimpático age para restabelecer os níveis hormonais iniciais.
Aqui começa uma luta entre ambos que vai continuar até o final do exame. Nessa altura, o corpo já passou por vários altos e baixos que afetam negativamente a saúde, como altas doses de adrenalina e cortisol durante muito tempo. A reação ao estresse está preparada para enfrentar ameaças de curto prazo, não para se manter no tempo. Isso pode afetar, por exemplo, a produção de linfócitos.
Essa imunodepressão pode significar uma tendência a contrair doenças com mais frequência e uma pior resposta antiviral ou antibacteriana. É comum, na verdade, que muitos estudantes fiquem doentes durante ou depois do período de provas.
Dicas para encarar uma prova
Preparar-se psicologicamente para encarar uma prova não é uma tarefa fácil, mas é necessária. Como já vimos, nossa saúde é gravemente afetada fisicamente. No entanto, o componente psicológico é fundamental. Os estudantes ficam sujeitos a bloqueios de memória que se devem, em grande medida, à sensação de que não estão suficientemente preparados para a prova. A forma como estudamos ou o tempo que dedicamos ao processo são fatores que também influenciam.
Estudar é um processo com várias fases
Como regra, o estudante começa a estudar quando se senta com as anotações pela primeira vez. O primeiro contato com a informação já significa um passo, imprescindível, para assimilar e codificar essa informação na nossa memória, aumentando, assim, as chances de se lembrar dela. Em muitos casos, esse primeiro contato ocorre antes que a atitude de estudo e memorização seja ativada.
Para encarar uma prova, é importante aproveitar esse primeiro contato para entender a informação, fazendo com que, depois, seja mais fácil assimilá-la. Isso vai poupar um estresse desnecessário: a sensação de que nos falta tempo não será tão angustiante e, além disso, poderemos planejar o estudo de maneira mais acertada.
O apoio é fundamental para encarar uma prova
Seja para resolver as dúvidas com um professor ou para estudar na companhia de outras pessoas que vão fazer a mesma prova, trabalhar em equipe costuma nos transformar em pessoas mais eficientes. Assim, para encarar uma prova não seria diferente.
O estudante faz bem em buscar apoio em outras pessoas ou em trocar ideias, já que explicar a temática ajuda a fixá-la na mente. Por outro lado, se marcarmos encontros pré-prova, seria positivo que não se baseassem na crítica, o que reforçaria um pensamento negativo. Incluir um encontro desse tipo, mais do que nos ajudar, pode nos prejudicar muito na hora de encarar uma prova.
Simulação da prova
As provas correspondem a estruturas que, para dominar, é preciso conhecer. Saber antecipadamente a quantidade de exercícios ou tarefas, ou a duração da prova, ajuda a formar uma imagem mental da mesma. Fazer uma simulação, portanto, seria muito positivo, já que no dia do exame o estudante vai sentir que já encarou uma situação similar.
O relaxamento é mais um componente
Já vimos anteriormente que altos níveis de estresse durante os exames podem cobrar seu preço mais tarde. Como esses níveis aumentam no dia da prova, é útil ter preparado alguns exercícios simples de relaxamento que nos ajudarão a encarar a prova, evitando o temido “branco”. Esses exercícios terão o objetivo de aumentar a região que usamos para encher os pulmões de ar, fazendo com que comecem a se expandir pela parte inferior, evitando as taquicardias características de um dia prova.
Uma vez dominados esses pontos, encarar um exame será uma tarefa mais suportável. Isso não significa que não devemos aceitar o estresse como mais um elemento, pois ele nos ajuda a reagir rapidamente a imprevistos, e isso também é útil no dia da prova. Só devemos considerar os níveis de nervosismo que encaramos para analisar se são adequados ou excessivos.