Enxaquecas com vômitos: um olhar sobre a saúde mental
Poucas coisas podem afetar mais a saúde de uma pessoa do que as enxaquecas. Quando as enxaquecas são acompanhadas por náuseas e vômitos, o desconforto pode durar não apenas os dias em que a dor se manifesta, mas pode despertar um medo psicológico e crônico do seu aparecimento.
Existem muitos tipos de enxaqueca, e cada um deles tem suas peculiaridades. Se focarmos naquelas enxaquecas que vêm acompanhadas de náuseas e vômitos, o impacto no dia a dia da pessoa afetada é enorme.
É essencial que as pessoas afetadas aprendam a identificar seus sintomas e saibam como gerenciá-los. Se alguém costuma suportar a dor até o limite por diferentes motivos, deve ser tratado física e psicologicamente para enfrentar a doença e mudar seu modo de enfrentamento.
Para uma pessoa que suporta dores incessantes na cabeça e o vômito contínuo, as consequências psicológicas desta doença podem ser muito severas.
O que são as enxaquecas?
A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça que tende a se repetir e causa dor moderada a intensa. A dor é frequentemente descrita como latejante, e geralmente começa em um lado da cabeça.
A dor costuma durar entre 4 horas e 3 dias. Durante um episódio de enxaqueca, a pessoa pode ficar especialmente sensível à luz, aos sons e até aos cheiros.
As mulheres têm uma probabilidade até três vezes maior do que os homens de ter enxaquecas.
A genética das enxaquecas
As enxaquecas tendem a ser hereditárias. Até quatro em cada cinco pessoas com enxaqueca têm um histórico familiar da doença. Se um dos pais tem enxaqueca, a criança tem 50% de chance de desenvolvê-la. Se ambos os pais têm histórico de enxaqueca, o risco aumenta para 75%.
O que acontece no cérebro com a enxaqueca?
Normalmente, a suscetibilidade à enxaqueca é hereditária. Partes do cérebro que usam monoaminas, como serotonina e norepinefrina, parecem estar em estado de hipersensibilidade. Elas reagem rápida e excessivamente a certos estímulos.
Essencialmente, a enxaqueca é causada pela interação entre o cérebro e os vasos sanguíneos cranianos. O tratamento pode ser direcionado à constrição das artérias dilatadas para diminuir a dor conforme ela ocorre, ou aos tecidos que são capazes de “produzir” dor.
Quais são os sintomas?
O sintoma principal é a dor de cabeça. A dor pode começar de forma leve, moderada ou intensa. Se não for tratada, a dor de cabeça se tornará moderada a intensa. A dor pode viajar de um lado para o outro da cabeça, pode afetar a parte frontal da cabeça ou parecer que está afetando toda a cabeça.
A maioria das enxaquecas dura cerca de 4 horas, embora as graves possam durar muito mais tempo e até tornar-se diárias. É comum ter de duas a quatro enxaquecas por mês. No entanto, algumas pessoas têm dores de cabeça diárias, enquanto outras só têm enxaqueca uma ou duas vezes por ano.
O que desencadeia uma enxaqueca?
As crises de enxaqueca podem ser desencadeadas por vários fatores. Os gatilhos comuns incluem o seguinte:
- Estresse emocional: durante eventos estressantes, certos compostos químicos são liberados no cérebro para combatê-los. A excitação pode aumentar a tensão muscular e dilatar os vasos sanguíneos, o que pode agravar a enxaqueca.
- Sensibilidade a produtos químicos e conservantes: certos alimentos e bebidas, como queijo envelhecido, bebidas alcoólicas, chocolate e aditivos alimentares (como nitratos em salsichas) podem ser responsáveis por desencadear a dor.
- Cafeína: consumir muita cafeína ou limitar abruptamente a ingestão quando ingerida regularmente pode causar dores de cabeça.
- Alterações hormonais nas mulheres: as enxaquecas nas mulheres são mais comuns no período da menstruação. A queda abrupta de estrogênio que desencadeia a menstruação também pode causar enxaquecas.
- Certos medicamentos que inflamam os vasos sanguíneos: o uso excessivo de medicamentos diários para aliviar dores de cabeça também pode causar enxaqueca.
- Calor: acima de 35 graus, uma pessoa que sofre de enxaqueca já pode sentir um desconforto incessante.
Enxaqueca e saúde psicológica
Para quem as experimenta, a enxaqueca crônica pode interromper as atividades diárias e reduzir a qualidade de vida. Se as enxaquecas também forem acompanhadas de náuseas e vômitos, o impacto na vida diária será ainda maior.
Quem convive com a enxaqueca tem uma sensação de antecipação da sua dor. No caso das enxaquecas com vômitos, assim que a dor se instala, muitas pessoas já preveem que vão vomitar se não conseguirem controlar a náusea. Nesse ponto, o fator psicológico e a gestão da situação são fundamentais.
Tratamento psicológico para as enxaquecas com vômitos
Claramente, os aspectos psicológicos e físicos da enxaqueca precisam ser abordados. A boa notícia é que existem tratamentos eficazes para a ansiedade e a depressão, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia interpessoal, que também são benéficos para as enxaquecas.
Alguns estudos descobriram que as terapias comportamentais, como técnicas de relaxamento e treinamento de biofeedback, também são eficazes no tratamento de enxaquecas. O objetivo desses tratamentos é ajudar as pessoas a aprender a promover sensações de relaxamento e calma.
À medida que nossa compreensão das enxaquecas melhora, surgem implicações importantes. Em primeiro lugar, é importante que os médicos entendam a relação entre as enxaquecas e o humor. A detecção de problemas como depressão e ansiedade nas pessoas afetadas pode ajudá-las a obter a ajuda psicológica de que precisam.
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