Esqueça os estereótipos
Esta semana, um paparazzo (aquele fotógrafo que ganha invadindo a privacidade dos outros) fotografou uma “celebridade” na praia, de biquíni, e enfatizando bastante as celulites e estrias que ela tem. Sim! Nooooossa!! Celebridade com estria? Celulite? Que assuntão, hein? Matéria a semana inteira: o número de seguidores que ela perdeu nas redes, o biótipo da mulher perfeita, homens revoltados com o uso do Photoshop, mulheres revoltadas pois seguiam as dietas que ela usava, e assim por diante.
O que ninguém falou foi o fato de que quase todas as mulheres têm estria, celulite, pneuzinho… Também não disseram que com menos de 35 anos a celebridade citada já possui uma marca que ultrapassa milhões. Que, além de ser mãe de duas crianças com menos de 5 anos, levou ao sucesso e formou uma empresa familiar com irmãos, mãe, meio irmãos, e emprega famílias de várias partes do mundo com suas empresas.
O que ninguém falou, foi sobre o fato de ela apoiar causas sociais com as classes consideradas “minorias” (negros, homossexuais, pobres, descendentes albaneses…). Ninguém falou, também, sobre a mesma ter sido assaltada recentemente, desenvolvido um medo imenso de tudo, se cercar de seguranças e ter aprendido que os bens materiais “não são importantes e que poder perder a vida por causa deles mudou a forma de ver a vida, o dinheiro, e a priorizar ainda mais a família”.
Por que uma mulher não pode ter marcas de gravidez no corpo?
Qual o problema em não ser padrão?
Quando foi que ela pediu para que as pessoas se vestissem como ela?
Parem de idealizar as pessoas
Imaginamos que porque estão nas capas de revista ou jornais são perfeitas. Elas são seres humanos. Vão ao banheiro, choram, sorriem, gritam e falham assim como você. E daí? Você merece menos respeito por isso? Ela também não.