Experiências de pessoas que estiveram perto da morte

Experiências de pessoas que estiveram perto da morte

Última atualização: 27 maio, 2015

A morte continua sendo um fato que a ciência não consegue terminar de explicar, já que supõe o fim da comunicação com o mundo tal e como a conhecemos. Uma das formas que se tem utilizado para a pesquisa, é a análise das experiências das pessoas que estiveram biologicamente muito perto da morte. É notório como pessoas que não se conheciam entre si, de lugares muito distantes, falam da mesma forma quando consultadas a respeito. Existem muitas coincidências em suas palavras, sem importar onde vivem, qual a sua religião, profissão, idade ou nível cultural.

Um dos primeiros relatos sérios foi o do psiquiatra norte-americano Raymond Moody, autor do livro “Vida depois da Vida”, em 1975. Viu-se impulsado a escrevê-lo depois de escutar do Dr. George Ritchie (a quem dedica o seu livro), a sua vivência durante a guerra. Este livro deu ânimo a muitos médicos, psiquiatras e cientistas a estudar os fenômenos de E.P.M., estabelecendo diversos estudos em centenas de pacientes, especialmente nas universidades norte-americanas.

A fenomenologia a que se referem os especialistas consiste, em primeiro lugar, no fato de que as pessoas sofrem o que se conhece como um “quase morte”, isto é, que padecem de todos os condicionantes físicos e clínicos do falecimento, mas que não se termina de consumar. Um caso típico em referência a esta descrição, é a pessoa que sofreu um acidente na estrada e que parece ter falecido, pelo menos clinicamente falando. Também é frequente nos pacientes que sofrem um infarto e por uns instantes não tem sinais vitais. Existem muitos outros casos, mas estes são os mais chamativos e comuns.

Uma E.P.M. (Experiência Próxima da Morte) bastante compartilhada teria mais ou menos o seguinte relato: quando se deram as circunstâncias do acidente, parada cardíaca ou qualquer outra razão, as pessoas que o rodeiam (médicos, conhecidos, etc.) tentam recuperar os seus sinais vitais de imediato, seja no caso de estar em um hospital (recinto fechado), ou na rua (aberto). Ao seu redor se desenrola, como num filme ou peça de teatro, uma cena dramática onde todos tentam ajudar desesperadamente. Há choros, gritos, lamentos, etc. Todos estão na expectativa de reanimá-lo, mas enquanto isso não acontece, o contato com a morte já começou.

Esta pessoa não compreende o que está acontecendo, de repente, vai “saindo” do seu corpo e se coloca por cima da cena. Olha para baixo e vê a si mesmo rodeada de gente tentando reanimá-lo. Tudo parece ser inútil, e pouco a pouco ela começa a entender que está morta, da mesma forma que aqueles que a rodeiam, que já começam a se afastar. Existem muitos casos nos quais as pessoas estão internadas e o eletroencefalograma (E.E.G) mostra uma linha reta.  Tudo é sinal de morte.

O recém falecido deseja consolá-los, dizer-lhes que está bem, mas não consegue. Sente-se bem, sem dores e surpreso, é difícil reconhecer que está morto. Contudo, sente uma grande força, como se o puxassem para trás.
Percebe que a sua essência ou “espirito” é atraído para um túnel escuro e imenso, cujo final tem uma luz cada vez maior. Durante o trajeto, pressente que algo ou alguém o está observando, e lhe oferece tranquilidade e paz.

A luz é cada vez maior e mais próxima, a pessoa está muito bem, calma, mas também ansiosa em saber o que irá acontecer. Quando chega no final, encontra um lugar que poderíamos assemelhar a descrição do céu bíblico, onde existe a sensação de luz, amor e alegria.

Como se estivesse no cinema, lhe mostram um filme com toda a sua vida, as imagens mais importantes desde o seu nascimento, suas lembranças, etc. Parece um julgamento a si mesmo, porque há ações boas e outras tão boas assim. Em questão de segundos, tudo, absolutamente tudo o que fez em sua vida, até as coisas mais banais e insignificantes aparecem diante dos seus olhos nessa tela. Percebe que aquelas ações que não considerou dignas de observar eram mais importantes do que achava, teria sido muito benéfico revisá-las. É uma espécie de autoexame interior, que serve para tirar as próprias conclusões de como foi a vida.

Sente a presença de algo superior que volta a jogá-lo para trás, muito suavemente, justo quando começava a se sentir à vontade nesse lugar, mais liberto e sereno. Tenta lutar para ficar, mas não consegue, volta outra vez ao túnel. Neste momento se dá conta de que ainda não chegou a sua hora de morrer, que por alguma falha divina a sua vida deve continuar na terra. E que esta será uma experiência que lhe permitirá mudar em muitos aspectos: agora irá pedir perdão, dizer gosto de você, dizer obrigado com mais frequência.

Refaz o caminho pelo túnel, observando como retorna ao lugar de onde partiu, onde tinha deixado o seu corpo físico e vai se incorporando dentro dele. Ali é quando acorda e provoca surpresa nos médicos e familiares.
Todos os que estão perto não conseguem acreditar, estão maravilhados e surpresos.  As funções vitais voltam pouco a pouco ao seu corpo e a felicidade inunda o lugar.


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