Felicidade é saber apreciar as pequenas coisas da vida

Felicidade é saber apreciar as pequenas coisas da vida
Valeria Sabater

Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater.

Última atualização: 15 novembro, 2021

As coisas simples da vida são como as estrelas que reluzem nas noites encobertas. Sempre estão lá, rodeando-nos, oferecendo a nós sua magia sutil em forma de felicidade. Nem sempre, no entanto, paramos para olhá-las nem nos lembramos de que elas existem.

Só quando nos falta algo, quando a vida se mostra para nós um pouco ou muito difícil, é que lembramos o que de verdade importa para nosso coração, o que afina as cordas internas que fazem música e dão sentido à nossa existência.

As coisas simples, amáveis e discretas formam dia a dia a essência de nossa vida, aquela onde repousar nos dias de tormenta e onde todas as nossas alegrias fazem sentido.

Há quem geralmente diga que quanto mais simples for nosso modo de viver, menos preocupações teremos e menos erros cometeremos. Agora, cada um é livre para complicar sua vida o tanto quanto desejar. Todos temos direito de assumir riscos, planejar sonhos e ter um círculo social tão amplo e variado como quisermos.
O principal, a chave de tudo isso, não está em levar uma vida simples, está em ser simples de pensamento e saber o que é importante, que é o que faz nosso coração calmo de verdade e nos identifica. Somos todos muito livres para construir nossos microuniversos particulares a partir disso. Convidamos você a refletir sobre eles.

As pequenas coisas são as maiores coisas da vida

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Há um dado divulgado recentemente que nos chamou a atenção: o Google publicou quais são as buscas mais comuns entre os usuários em sua plataforma de busca. Entre elas, há uma que aparece em quase todos os lugares: como ser feliz?

Ser feliz é fechar os olhos e não desejar mais nada e, para isso, basta que deixemos de medir a felicidade pelo dinheiro que temos ou deixamos de ter e passemos a medir por aquelas pequenas coisas que não trocaríamos nem por todo o dinheiro do mundo.

Todos nós temos mais de uma coisa que jamais trocaríamos nem pela mais valiosa das riquezas. A vida dos filhos, o cônjuge, os irmãos… E até os bichos de estimação. Porque o que eles nos dão e o que nós oferecemos a eles é uma troca de afetos que não tem preço.

Agora, o problema de tudo isso é que a vida não é nada fácil em algumas ocasiões. Uma pessoa sabe, por exemplo, que o mais importante para ela são seus filhos, mas deve cumprir uma longa jornada de trabalho que no fim acaba impedindo de estar com os filhos o tempo que gostaria.

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Todos gostaríamos, sem dúvida, que as coisas fossem mais fáceis, e que quando nos sentíssemos perdidos entre tantas pressões, tantas obrigações do dia a dia, não nos afastássemos do que é de verdade essencial. Seria interessante pensar por uns instantes nesses aspectos.

Levar uma vida plena e consciente

Levar uma vida plena e consciente é saber entender o momento da vida em que estamos, é sentir o presente, o aqui e agora.

  • Devemos ser conscientes do que diz nosso coração e das necessidade que temos ao nosso redor. Pode ser, por exemplo, que trabalhar mais horas traga a oportunidade de ter mais coisas materiais, mas pode ser que mesmo assim a vontade maior seja investir esse tempo na família.
  • Viver uma vida plena é compreender também que cada esforço vale a pena, porque cada coisa que fizermos pode trazer felicidade e oferecer felicidade aos outros.
  • Se não há reciprocidade não há plenitude. Olhe sua vida como se fosse um ciclo: se não há equilíbrio consigo mesmo e com o que o rodeia, será difícil encontrar a felicidade.
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O prazer no simples é uma questão de atitude

Nem todas as pessoas sabem aproveitar as pequenas coisas que a vida oferece. Talvez porque são incapazes de vê-las, ou porque não as apreciam e são mais inclinados ao apego do tipo material, por satisfações imediatas, mas que no fim não duram…

Aproveitar o prazer do simples é uma atitude que muitos cultivam porque já alcançaram uma paz interior adequada e sem enganações. Esse prazer, no entanto, chega só depois de um longo tempo de trabalho, mas no fim há um ato de consciência e consequente descoberta de prazeres que antes estavam escondidos:

  • O prazer das boas amizades.
  • De bons dias e carinhos inesperados.
  • Da risada contagiosa de uma criança.
  • Do vento fresco depois da chuva.
  • Do sol que se põe ao fundo do oceano em um silêncio absoluto.
  • De acordar num domingo sem nenhuma preocupação na mente.

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  • Russell, B. (2015). La conquista de la felicidad. Debols! llo.
  • Powell, J. (1996). La felicidad es una tarea interior (Vol. 43). Editorial Sal Terrae.

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