18 filmes musicais para todos os gostos

O cinema musical nos acompanha desde a infância. Como sua heterogeneidade é grande, mostraremos uma pequena seleção que rastreia cronologicamente alguns dos títulos mais representativos do gênero.
18 filmes musicais para todos os gostos
Leah Padalino

Escrito e verificado por Crítica de Cinema Leah Padalino.

Última atualização: 05 novembro, 2022

Neste artigo, apresentaremos uma pequena seleção de filmes musicais de todos os tempos. A fusão de música e cinema é sempre interessante e pode ser uma boa fórmula para adoçar dias um tanto amargos.

O teatro musical teve sua origem no final do século XIX, e desde então, vem se adaptando aos novos tempos. Atualmente, existem muitos musicais que podemos assistir no teatro, mas um bom número deles também foi levado ao cinema. 

É claro que haverá, nesta nossa seleção, algum filme do qual você não goste, mas talvez encontre outros que despertarão a sua curiosidade. O sabor está na variedade, e hoje trazemos uma pequena amostra.

1. O Mágico de Oz, Victor Fleming (1939)

Em contraste com um mundo real caracterizado pela sobriedade do preto e branco, um mundo fantástico marcado pela cor se abriu diante dos nossos olhos.

O filme que fez de Judy Garland um mito faz parte da história do cinema e, sem dúvida, é um longa fundamental se falarmos de musicais.

O seu imortal Somewhere over the rainbow e sua fantástica história estão gravados para sempre em nossa memória. A UNESCO o incluiu em seu Programa de Memória do Mundo.

2. Cantando na Chuva, Gene Kelly e Stanley Donen (1952)

O filme foi uma metaficção da arte cinematográfica da primeira metade do século. A inesquecível dança de Gene Kelly na chuva foi imitada e parodiada por muitos, sendo usada de forma violenta no filme A Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick.

3. Amor, Sublime Amor, Robert Wise e Jerome Robbins (1961)

Chegamos a outro clássico do gênero: Amor, Sublime Amor. A história quase não precisa de introdução, pois é uma versão moderna de Romeu e Julieta.

O cenário, em vez da velha Verona, fica nas ruas de Nova York. Os rivais? Um clã de origem porto-riquenha, os Sharks, contra os Jets, de origem europeia.

4. Mary Poppins, Robert Stevenson (1964)

Tampouco poderia faltar nesta lista de filmes musicais um clássico infantil por excelência, um filme que, apesar da passagem do tempo, continua conquistando as crianças geração após geração.

Este é o filme da Disney com o maior número de indicações ao Oscar: 13 no total, dos quais recebeu 5 prêmios. O filme estrelado por Julie Andrews e Dick van Dyke combina imagens reais com animação, algo verdadeiramente incrível para a época.

5. Os Guarda-Chuvas do Amor, Jacques Demy (1965)

O filme foi, por muito tempo, considerado cult, e contou com uma jovem Catherine Deneuve, embora a sua voz tenha sido dublada pela cantora francesa Danielle Licari.

Trata-se de um drama romântico; nele, as diferenças sociais causarão estragos no relacionamento dos protagonistas.

6. Um Violinista no Telhado, Norman Jewison (1971)

Deixamos a década de 1960 para mergulhar em uma década especialmente prolífica em termos de musicais no cinema. Em uma vila ucraniana, o leiteiro Tevye tentará levar as filhas a um bom casamento; isto é, elas devem se casar com um homem de boa posição que garanta a estabilidade financeira da família.

O filme reflete uma época um tanto tumultuada, repleta de mudanças nas quais a diáspora judaica sobrevive nos tempos dos czares.

7. Cabaret, Bob Fosse (1972)

Como já dissemos, a mudança de década nos deixou alguns dos filmes musicais mais emblemáticos até hoje. É impossível não se lembrar da enérgica e incansável Liza Minnelli como Sally Bowles.

Se Judy Garland se tornou um ícone graças a um musical, a sua filha, Liza, fez o mesmo com Cabaret. Na década de 30, em Berlim, a vida noturna se concentra em um lugar conhecido como Kit Kat Klub.

Sally, uma jovem americana, é a estrela do local. Irreverente, vulgar e quase igualmente sofisticada, ela é a estrela do Cabaret. Anos depois, em 1979, Bob Fosse surpreendeu novamente com um musical bizarro: All that Jazz.

8. The Rocky Horror Picture Show, Jim Sharman (1975)

Falando em personagens irreverentes, o excêntrico Frank-N-Furter não poderia ficar de fora. O musical cult por excelência, The Rocky Horror Picture Show, criado por Richard O’Brien e adaptado por Sharman, sobreviveu nas sombras, independentemente dos padrões de seu tempo.

Curiosamente, o público começou a reagir, se disfarçar e até interagir com o filme durante as suas exibições. Como se fosse um mito, o filme que quebrou os padrões e falou da liberdade sexual em um tom fantástico continua cativando seguidores em todos os cantos do planeta.

9. Grease – Nos Tempos da Brilhantina, Randal Kleiser (1978)

Grease é, sem dúvida, um dos filmes musicais mais conhecidos de todos os tempos. O longa que projetou Olivia Newton-John para a fama juntamente com John Travolta, que já havia atuado no gênero com Os Embalos de Sábado à Noite (John Badham, 1977).

No entanto, apesar de icônico e dançante, a verdade é que parte da sua magia desapareceu ao longo do tempo.

10. Hair, Milos Forman (1979)

Encerramos a década com um musical que não poderia ser mais representativo: o movimento hippie, a Guerra do Vietnã e o rock se fundiram em Hair.

É a adaptação de um musical concebido dez anos antes e que já havia sido sucesso na Broadway.

11. Os Irmãos Cara-de-Pau, John Landis (1980)

O cerne deste filme icônico é encontrado no programa de televisão Saturday Night Live. John Belushi e Dan Aykroyd fizeram um pequeno sketch musical com conotação cômica, chamado The Blues Brothers, no programa.

O número ganhou popularidade e, com o tempo, deu um salto para as telonas. O resto é história; a sua trilha sonora inesquecível permanece gravada na memória de muitos de nós.

12. Monty Python – O Sentido da Vida, Terry Jones (1983)

O roteiro de Monty Phyton foi um tanto ofuscado pelo enorme sucesso de A Vida de Brian (1979).

No entanto, o filme, além de nos conquistar com seu incomum senso de humor, nos convida a fazer perguntas de natureza filosófica em termos de humor. Qual é o significado da vida? Entre o cômico e o absurdo, os Monty Phytons tentarão nos responder nesse musical peculiar.

13. A Pequena Loja dos Horrores, Frank Oz (1986)

Na década de 1960, surgia um filme sob o nome Little Shop of Horrors. Ele acabou se tornando um dos filmes B mais vistos do mundo e, com o tempo, Frank Oz se encarregou de lhe prestar uma homenagem final: um remake nos anos 80. Comédia, terror e musical estão reunidos neste longa.

14. Cry-Baby, John Waters (1990)

John Waters nos ensinou a amar o trash, a encontrar a beleza no horrível, a ser fascinado pelo mau gosto. Assim, o seu musical não poderia ser outra coisa senão uma paródia. Cry-Baby nos apresenta um jovem capaz de chorar com uma única lágrima que enlouquecerá as meninas da escola.

Com um elenco no qual estão nomes como Johnny Depp e Iggy Pop, Cry-Baby é um espetáculo divertido e até grotesco que zomba dos filmes musicais adolescentes absolutamente estereotipados, como o mencionado Grease.

15. O Estranho Mundo de Jack (1993)

Não, apesar do que possa parecer, esse filme não é dirigido por Tim Burton, embora o seu protagonista e o roteiro provenham de uma ideia original que Burton desenvolveu na forma de um poema.

Não poderíamos deixar essa lista sem um pequeno espaço para o cinema de animação que nos forneceu inúmeros musicais. Talvez um dos mais inesquecíveis seja O Estranho Mundo de Jack.

16. Priscilla, a Rainha do Deserto, Stephan Elliott (1994)

Se Rocky Horror Picture Show nos deixou loucos pelo seu tema revolucionário, Priscilla faria o mesmo nos anos 90. Divertido, icônico e com uma trilha sonora absolutamente representativa do seu tempo, o filme não deixou de lado o seu componente mais humano.

Nos apresentou drag queens cujas histórias pessoais alcançaram a empatia do público e mostraram, além do colorido mundo drag, uma faceta um pouco mais dramática que denunciava a homofobia.

17. Moulin Rouge, Baz Luhrmann (2001)

Moulin Rouge surgiu em um momento em que o cinema musical estava em baixa. O filme estrelado por Nicole Kidman e Ewan McGregor é um dos mais lembrados nas últimas décadas, mas não teve uma boa aceitação entre os críticos.

Os anacronismos e os excessos estéticos o transformaram em um filme musical bastante atípico, que parecia fazer ressurgir das cinzas um gênero que o público aplaudia, mas a crítica não. Seja como for, Moulin Rouge foi um sucesso e voltou a despertar, em parte, a ilusão pelos musicais.

18. La La Land, Damien Chazelle (2016), um dos filmes musicais mais premiados

La La Land atraiu um grande número de espectadores ao cinema em 2016. Um gênero tão antiquado que, finalmente, parece viver uma segunda era de ouro.

A história que o filme apresenta já foi vista em outras ocasiões, mas sua execução foi extremamente bem-sucedida.

Provavelmente estão faltando muitos títulos nessa lista, já que este gênero é extremamente prolífico. É difícil fazer uma seleção e o gosto é algo totalmente subjetivo, mas esperamos que essa pequena compilação o tenha deixado “com água na boca” e, acima de tudo, com o desejo de lembrar e dançar ao som de um desses filmes.

“Sem música, a vida seria um erro”.
– F. Nietzsche –


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