7 lições para saber amar

As lições para saber amar estão relacionadas a algumas dicas que tornam nossas expectativas mais realistas e nossas ações mais comprometidas. Amar é uma verdadeira arte, e toda arte exige tempo e dedicação.
7 lições para saber amar
Gema Sánchez Cuevas

Escrito e verificado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Última atualização: 03 julho, 2020

Saber amar é uma verdadeira arte que exige autoconhecimento, experiência e boa vontade. Porque às vezes, mesmo que haja amor, a qualidade dele nem sempre é a mesma. Há amores e amores.

Alguns conseguem transformar nossa vida de forma positiva para sempre. Outros, porém, são uma tormenta passageira ou duradoura. Alguns se mantêm somente por costume e, basicamente, não adicionam nem subtraem nada em nossas vidas.

Um amor evoluído e maduro é saudável, no sentido amplo da palavra. Enriquece significativamente a vida dos envolvidos e contribui para o desenvolvimento e para a expansão de cada um deles.

“Só há um remédio para o amor: amar mais”.
– Henry David Thoreau-

Saber amar implica reconhecer os limites de uma relação e alcançar um certo nível de equilíbrio individual. Também implica aprender a renunciar a desejos impossíveis e fantasias românticas.

A seguir, vamos nos aprofundar no assunto apresentando sete dicas que devem ser levadas em conta para saber amar. Vamos lá!

1. A mesma experiência, diferentes olhares

A primeira das lições para saber amar é compreender que cada pessoa é um universo único. No amor, especialmente nos relacionamentos amorosos, às vezes há um desejo incontrolável de construir uma identidade mútua extremamente forte.

No entanto, embora duas pessoas compartilhem a mesma experiência, cada uma delas vê e assimila a experiência de forma diferente. Essa diversidade torna visível a diferenciação dos membros, permitindo que cada um seja quem realmente é, continuando a ser indivíduos separados. Isso não é ruim, e sim positivo e normal.

A importância de saber amar

2. Uma das lições para saber amar é entender que as pessoas mudam

As pessoas possuem uma estrutura de personalidade básica, que costuma permanecer em essência desde a infância até a velhice. Apesar disso, também são seres que mudam constantemente. O tempo, as experiências e as aprendizagens causam mudanças.

Saber amar é entender isso. Ou seja, é aceitar que talvez seja preciso voltar a aprender a amar a mesma pessoa. Os pais, por exemplo, passam por isso quando os filhos são crianças e depois adolescentes e adultos. Nos relacionamentos, o ser idealizado se transforma em uma pessoa real e é necessário se reapaixonar.

3. Cuidar de si é uma forma de pensar nos outros

O primeiro amor que deve ser fortalecido é o amor próprio. Para saber amar os outros, primeiro é necessário estar em relativa paz e equilíbrio consigo mesmo. É preciso ter consciência de quem somos, do que queremos e do que merecemos.

No fim das contas, tudo que fazemos por nós mesmos, também estaremos fazendo pelos demais. Se estivermos em paz, será possível proporcionar paz. Se nos sentirmos bem com quem somos, será possível aceitar mais facilmente os outros. Se nos cuidarmos, também cuidaremos dos vínculos com os demais.

4. Proteger a intimidade

Atualmente, há um desejo coletivo de exposição. Muitas pessoas querem mostrar sua vida pessoal para o público e sentem que é válido fazer isso. Também há muita pressa para haver intimidade com o parceiro, especialmente nos relacionamentos.

Estes aspectos muito privados ou vulneráveis da nossa vida deveriam ser mais bem protegidos. Saber amar também é ter um pouco de paciência. Dar tempo ao tempo para que os laços sejam estreitados e o campo da intimidade possa se ampliar.

Casal junto na natureza

5. Cada um tem suas próprias batalhas

Dizem que cada pessoa “carrega sua própria cruz”. Embora possa ser uma forma dramática de ver as coisas, em essência isso é verdade. Nunca iremos compreender completamente as batalhas que uma pessoa luta diariamente.

O que podemos fazer é levar isso em conta para compreender que cada um tem suas próprias dificuldades e isso gera tensões e conflitos. Não é necessário que o outro nos explique constantemente seu mal-estar e seus vazios para compreendê-los, mesmo que nem tudo seja tão agradável como poderia ser.

6. Não há igualdade total nas relações

As relações humanas não são contratos comerciais que implicam uma equidade total em qualquer circunstância. Muito pelo contrário. A nota predominante é a assimetria, a inequidade. A correspondência total jamais é alcançada.

Há momentos em que um dá mais que o outro e, logo, o contrário pode acontecer. Por isso, não podemos controlar tudo e exigir que sejamos correspondidos na mesma proporção quando damos algo. Saber amar é dar o melhor e aceitar o que o outro pode e quer nos dar.

7. Para saber amar, é necessário aprender a dizer adeus

Toda relação de amor termina em algum momento. A presença de outras pessoas é sempre transitória em nossas vidas. Mais cedo ou mais tarde, e por diversas razões, haverá um momento em que não contaremos mais com a sua companhia.

Por isso, é importante aprender a dizer adeus ao parceiro. A dor implicada nisso não é resolvida evitando novos vínculos amorosos, nem tentando perpetuá-los além do razoável. Perder quem amamos é uma realidade da qual ninguém escapa, e é importante saber aceitá-la.

Homem chateado olhando pela janela

Estas lições para saber amar são dicas que não são aplicadas todas ao mesmo tempo. Elas devem ser vistas como guias, e não como normas. Tentar segui-las já é suficiente, mesmo que não consigamos cumprir 100% delas. Amar também é isso: trabalhar para sermos melhores e tornar as pessoas que nos rodeiam melhores também.


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  • Fromm, E., & Rosenblatt, N. (2000). El arte de amar. São Paulo^ eSP SP: Martins Fontes.

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