Não deixe as rédeas da sua mente nas mãos de nada nem de ninguém

Não deixe as rédeas da sua mente nas mãos de nada nem de ninguém
Fátima Servián Franco

Escrito e verificado por a psicóloga Fátima Servián Franco.

Última atualização: 29 dezembro, 2022

A opinião do outro é apenas isso, a opinião de outra mente que não é nossa, com outras experiências e interesses que não são nossos. Todos em nosso ambiente convivem com pessoas que gostam de dar sua opinião, julgar e projetar suas vidas e experiências nos outros. Eles acreditam que seus limites são nossos, e que o caminho que eles tomaram foi o melhor e que o resto está se desviando do que é correto.

Muitas vezes, essas pessoas tentarão nos fazer sentir que valemos menos e que não somos bons o suficiente. Mas, responsabilizar os outros por não resolver seus próprios problemas e se sentir responsável pelos problemas dos outros são duas maneiras de não ter o controle de sua própria vida.

É possível que em algum momento tenhamos pertencido a um dos dois grupos ou mesmo a ambos. Não espere que os outros façam coisas por você. Se você não faz por você, como espera que os outros façam por você? Tomar a decisão de administrar nossa mente e nossa vida, sem esperar que os outros respondam, é a decisão mais madura e inteligente que podemos tomar.

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Diz mais de uma pessoa para onde ele vai, que onde ela está ou de onde ela vem.

Não seja seu plano B

Na cultura do imediatismo, os primeiros afetados são o esforço e a perseverança. Queremos muitas coisas e as queremos agora. Sem planejamento, sem tempo de repouso. Pense que é na capacidade de adiar recompensas e gratificações que os sonhos diferem dos caprichos. Perseverar é fazer o que é necessário pelo tempo necessário.

Para sermos nosso plano A, temos que viver para nós mesmos deixando de lado o que podem dizer sobre nosso comportamento. Se levarmos em conta todas as opiniões dos outros, nunca ouviremos a opinião realmente importante, a nossa.

Não se trata de assumir uma postura arrogante, mas de não deixar que os outros nos condicionem com seus comentários ou comportamentos. Assumir as rédeas de nossas vidas implica autoconhecimento pessoal e uma grande convicção de que devemos seguir nossos próprios interesses, tentando na medida do possível  não prejudicar os dos outros. Pense que se você viver a vida dos outros para agradar, as chances de sucesso serão menores.

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“As pessoas costumam dizer que ainda não se encontraram. Mas isso não é algo que se encontra, mas algo que se cria”

Thomas Szasz

Ninguém pode estar dentro de sua mente

Da mesma forma que ninguém pode sentir como você, ninguém pode pensar por você ou estar dentro de sua mente. De uma forma ou de outra, primeiro aprendemos quem somos (nesse aprendizado entendemos que existem características que nos unem e nos separam das outras pessoas) e depois convivemos com essa decisão.

No entanto, sempre podemos mudar nosso diálogo interno. Substituindo o “pobre de mim”, “como os outros são ruins”, por um “eu posso” e um “isso me fortalece”, mudamos a atitude com que encaramos a vida. Embora pareçam apenas algumas palavras, essas palavras nos darão o empurrão final nas mudanças neuroquímicas que essas atitudes produzem em nosso cérebro.

Ninguém pode conhecer por nós, ninguém pode crescer por nós, ninguém pode nos procurar por nós, e ninguém pode fazer por nós o que devemos fazer por nós mesmos. Nisso, a vida admite ajudantes, mas não substitutos. Nada substitui o pensamento próprio. Precisamos dos outros, mas, em última análise, ao construir nosso próprio pensamento, o critério é que ninguém decida por nós.

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Só assim seremos capazes de responder como realmente somos, produzindo um autoconhecimento que acabará por nos levar a saber o que nos convém e as razões pelas quais o escolhemos.

“Há três coisas extremamente duras: aço, diamantes e conhecer-se a si mesmo.”

Benjamin Franklin


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.