Não deixe tudo para mais tarde; pode ser tarde demais

Não deixe tudo para mais tarde; pode ser tarde demais
Álvaro Cabezuelo

Escrito e verificado por o psicólogo Álvaro Cabezuelo.

Última atualização: 29 dezembro, 2022

Em muitas ocasiões de nossa vida nós deixamos as pendências para resolver depois. Pode ser uma tarefa pequena, pequenos passos até um objetivo, ou uma decisão importante que precisa ser tomada. Podemos estar vivendo acumulando tarefas, obrigações ou desejos .  

No entanto, o tempo passa e o que dissemos que íamos fazer um dia fica pendente e sem data determinada, transformando-se em um “tenho que…” sem fim. Pode ser que este comportamento não gere muitas dificuldades, mas em outras, pode ser que mais tarde seja tarde demais.

Farei tal coisa mais tarde

É verdade que o nosso dia a dia pode estar sobrecarregado de coisas a fazer, que nos impedem de levar tudo adiante, afinal não somos nenhum super-herói ou super-heroína.  É normal que, às vezes, não possamos resolver tudo, razão pela qual é melhor fazer menos coisas com qualidade do que fazer muitas coisas sem poder se dedicar a elas.

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Mas quando deixamos muitas coisas para mais tarde e elas se acumulam, podemos experimentar altos níveis de ansiedade e de mal-estar com respeito ao conceito que temos sobre nós mesmos. Temos ansiedade  quando deixamos muitas portas sem fechar e fios sem amarrar.

Também podemos estar caindo no erro de superestimar o tempo e esforço que pensamos que levaremos para fazer algo. Podemos pensar que levaremos mais tempo do que o realmente necessário. Às vezes demoramos mais pensando em fazer algo do que realmente fazendo.

Muito tarde é um conceito que só se aplica às coisas que já são definitivas.

Quase nunca é tarde, mas um dia pode ser tarde demais

Quase todas as nossas escolhas passam por um processo lógico de tomada de decisões. Com a influência de nossas emoções, naturalmente. A verdade é que, às vezes, pensar muito significa que imaginamos os possíveis finais e, quase sempre, todos são ruins.

E assim assistimos ao passar dos dias, pensando que chegará o dia em que algo mudará sem que nos levantemos do sofá. E é claro, este dia nunca chegará. Sabendo que tudo o que está em nossas mãos é possível, se formos nós mesmos os responsáveis por começar.

O tempo tampouco é um valor importante. É verdade que há coisas irrecuperáveis e que já aconteceram, disso só nos resta aprender com a convicção de que todos cometemos erros. Mas nunca é tarde  para mudar  coisas que ainda podemos resolver, só é preciso tentar.

Falar com alguém com quem passamos muito tempo sem falar, solucionar conflitos do passado, retomar a paixão ou o hobby que nos fazia feliz ou cumprir os sonhos realizáveis que temos; tudo isso só é possível se nos colocarmos em movimento.

Às vezes, paramos tanto tempo para contemplar uma porta que se fecha que vemos a outra que se abre tarde demais.

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Um comportamento repetido torna-se um hábito

Um  hábito  é  um costume ou uma prática adquirida pela frequência de repetição de um ato. Podemos adquirir hábitos saudáveis e benéficos, ou hábitos que não nos favorecem em nada. O segredo está no início e, acima de tudo, na persistência.

Os hábitos surgem porque o cérebro sempre busca um modo de economizar energia, porque sua tendência natural é transformar quase qualquer situação já vivida em rotina. O problema é que o cérebro não diferencia entre os bons e maus hábitos.

Estes são alguns conselhos para criar um hábito:

  • Pense em desenvolver um hábito que seja saudável e escreva uma lista com os motivos para realizá-lo;
  • Marque o dia em um calendário que seja visível em algum lugar da sua casa;
  • Prepare, com antecipação, tudo o que for necessário para começar;
  • Tenha em conta que implementar um hábito em sua vida requer tempo e persistência;
  • Introduza pequenas mudanças e não tente mudar tudo de uma vez;
  • Saiba que “recair” em deixar de fazer um hábito não é um fracasso, é só uma “recaída”

“Uma vez que a resposta se transforma em um hábito, já não se aprende”

– John Seymour-


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.