Não é o fardo que destrói você, mas sim como você o carrega

Não é o fardo que destrói você, mas sim como você o carrega

Última atualização: 05 setembro, 2016

Você está cansado e sabe que carrega um fardo muito pesado, apesar de aparentemente não existir nada sobre o seu corpo que o comprove. Esse peso é tão real quanto invisível e aperta você, empurra, sufoca, provoca ansiedade. Às vezes falta até o ar nos seus pulmões e você sente que o tempo vai embora enquanto você continua ali, tentando escapar do que o atormenta.

Chamamos de fardo uma massa que exerce um peso sobre nós, uma força que age como um lastro contra o movimento que fazemos com o corpo e a mente, de forma voluntária. Por isso, também chamamos de carga as vivências e acontecimentos que nos encurralam e nos obrigam a administrá-las emocionalmente.

O fardo emocional

É um assunto muito verdadeiro: a vida não é tão fácil como parece, e exige diferentes preços que inevitavelmente temos que pagar. Um deles é não deixar de viver emoções, tanto as boas quanto as ruins, com as quais muitas vezes é difícil nos relacionarmos.

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Estamos diariamente expostos a experimentar, e muito do que experimentamos é, às vezes, complicado de assimilar. Estas cargas podem ser pequenas e leves, ou tão grandes e traumáticas que o mais indicado é você solicitar ajuda profissional para suportá-las.

“A única forma de combater a congestão

é diminuindo o fardo.”

-Andrew Tanenbaum-

Ferramentas que ajudarão você a administrar o fardo que carrega

Uma das chaves da inteligência emocional é trabalhar com ferramentas que nos ajudam a melhorar o contato com aquilo que nos toca a alma: os acontecimentos negativos farão parte de você para sempre, mas não precisam se transformar em lastros. Como podemos conseguir isto?

  • Compreender o dano: é provável que você se sinta encurralado por pensamentos negativos e que inclusive sinta como se o peso nas costas se somasse ao seu coração. Por isso seria muito bom para você se conseguisse focar no prejuízo que isso está lhe causando e definisse limites que ajudem a potencializar as frestas por onde entra a luz.
  • Saber o que você deseja alcançar: é muito complicado encontrar o desejo de transformar esse estado de ânimo por mais que o procuremos, mas é possível. Dizem que querer é poder, principalmente porque temos a capacidade de tirar vontade de dentro quando mais precisamos. A vontade será a única coisa que poderá lhe dar força suficiente para transformar o jeito como você lida com as exigências.
  • Ser consciente de que esquecer não é superar: a maioria dos fardos vem do passado, pois são sentimentos que vamos guardando ao longo da jornada. Neste caso, você pode repetir para você mesmo que assim como as alegrias são asas para continuar voando, as tristezas também podem ser trampolins que nos impulsionam a aprender com os nossos próprios erros. Não as aprisione dentro de você, expresse-as e liberte-as para superar o passado.
  • Confiança na força interior: mesmo que em determinadas circunstâncias possa ser de grande utilidade falar daquilo que aflige você com alguém, e é mesmo bom que você o faça, você não pode se esquecer de que o seu fardo é seu e aprender a viver e se desfazer dele é, antes de mais nada, um processo de autoconhecimento e crescimento pessoal.
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“Relembre o que vale a pena lembrar.

Ignore o resto.”

-John Katzenbach-

Tire o fardo da alma, leve o aprendizado como bagagem

Quando vamos fazer uma viagem para a qual precisamos levar uma bagagem volumosa precisamos de malas para carregar e, principalmente, organização para se informar daquilo que é mais importante e o que é menos importante levar. Com as experiências que colhemos na vida acontece a mesma coisa: se temos a intenção de continuar em frente com a alma cheia de peso não vamos conseguir continuar.

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De fato, na hora em que você tiver se livrado dos seus fardos e tiver colhido o aprendizado inerente ao fato de tê-los carregado, poderá perceber que do mesmo jeito que quando você faz uma mala de viagem, será capaz de selecionar quais emoções precisa levar consigo e como deverá carregá-las.

Então verá que a condição é que a mente se sinta leve, que nem as emoções, nem os pensamentos pesem, mas que sejam esse vento que dá velocidade aos barcos à vela.

“Não se deve carregar os pensamentos com o peso dos próprios sapatos.”

-André Breton-

Em resumo, o jeito como você leva a sua carga emocional é um sinal de amadurecimento interior: lembre-se de que ela está ali para lhe ensinar alguma coisa e você a sentirá mais ou menos pesada na mesma medida em que aprender com ela.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.