O autocontrole emocional da ansiedade

Em um mundo caótico, é nossa responsabilidade acalmar a mente para lidar com a ansiedade. Uma maneira de fazer isso é usar uma série de técnicas emocionais. Vamos falar mais sobre o assunto a seguir.
O autocontrole emocional da ansiedade
Valeria Sabater

Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater.

Última atualização: 15 novembro, 2021

O autocontrole emocional da ansiedade é baseado em uma premissa fundamental: em um mundo onde muitas coisas estão além do nosso controle, devemos aprender a controlar as áreas que dependem de nós. E quais são elas? Na verdade, existem várias, mais do que imaginamos, mas as mais decisivas são os nossos estados emocionais.

Vivemos uma realidade dominada por mudanças e incertezas constantes. Não nos surpreende, portanto, que realidades como a ansiedade e o estresse sejam grandes desafios psicológicos enfrentados por boa parte da população. É muito fácil sentir uma certa sensação de caos, de que estamos à mercê dos acontecimentos externos e de que quase tudo escapa do nosso controle.

No entanto, mesmo com um oceano turbulento e até ameaçador diante de nós, tudo será mais bem enfrentado se controlarmos as nossas emoções. Fornecer à mente a calma e as estratégias adequadas nos permitirá acender um farol interno para não nos perdermos.

A gestão emocional é aquele bote salva-vidas que ajuda a superar muitas das dificuldades com mais sabedoria. Então, vamos entender como lidar melhor com a ansiedade.

Mulher arrasada

O que é o autocontrole emocional da ansiedade?

As pesquisas sobre o impacto do autocontrole emocional da ansiedade aumentaram dramaticamente nos últimos anos. O campo da autoconsciência e a regulação desses estados psicofisiológicos são considerados fundamentais, algo decisivo na área dos transtornos de ansiedade. Agora, há um detalhe que devemos considerar.

Quando falamos em “autocontrole”, continuamos associando a este termo ideias como “contenção, repressão ou esforço para dominar algo com um grande custo de energia”. Isso é um erro.

A área de controle no campo das emoções está relacionada à identificação, aceitação e regulação. Você não precisa reprimir o sofrimento ou esconder a raiva sem compreendê-la primeiro, sem saber o que está por trás desse sentimento. Somente quando entendemos do que ele é feito e o que dói, temos a capacidade de reduzir o seu impacto.

Estudos como o realizado na Universidade de Arkansas indicam que, hoje, o medo e a ansiedade são quase a mesma entidade. O medo nada mais é do que uma emoção defensiva que nos coloca em alerta. Portanto, educar as pessoas na área da regulação e do autocontrole emocional permitirá um melhor gerenciamento dessas condições psicológicas.

Vejamos, portanto, uma série de chaves relacionadas ao autocontrole emocional da ansiedade.

Não se trata de evitar, mas de aceitar

São poucas as coisas que tendemos a evitar tanto quanto aquilo que perturba, dói, preocupa… Somos muito acostumados a evitar emoções incômodas, sem saber que assim intensificamos ainda mais a sua presença. Um exemplo: às vezes, a emoção que sentimos diante da ameaça daquilo que tanto nos preocupa pode ser muito pior do que o próprio estímulo estressante.

A angústia que sentimos antes de uma prova é muito mais incapacitante do que a prova em si. Portanto, a primeira estratégia de autocontrole emocional da ansiedade é aceitar cada emoção sentida. Você precisa deixar espaço sem reprimi-la. Devemos aceitá-la pelo que ela é: um estado psicofisiológico com um propósito específico.

O medo quer nos levar a agir. A ansiedade quer que nos proponhamos a resolver uma angústia. A tristeza deseja introspecção, reflexão e tomada de decisão. A raiva, por sua vez, quer que você resolva o que tira a sua calma.

Concentre-se no que você pode controlar e aceite o que não depende de você

A vida é cheia de desafios, reviravoltas do destino e complicações que ninguém espera. Nenhum de nós tem o controle de boa parte desses acontecimentos, mas há algo em nossas mãos: enfrentá-los da melhor maneira. É aí que as nossas emoções entram em cena.

  • Você tem o direito de sentir medo, raiva, surpresa e pesar… mas esses estados não podem bloqueá-lo.
  • Você está no controle da sua própria pessoa, e cada uma das suas reações deve ter um objetivo: adaptar-se ao que está acontecendo. Agora, adaptação não é rendição: é responder apropriadamente para seguir em frente com equilíbrio, inteligência e resiliência.
Homem preocupado e ansioso

Autocontrole emocional da ansiedade: a técnica de autoconsciência ampliada

Quando nos sentimos ansiosos e angustiados, tendemos a recuar ou reagir de forma exagerada (por exemplo, em um ataque de pânico).

Uma estratégia adequada para trabalhar o autocontrole emocional da ansiedade envolve tomar consciência do momento presente e liberar ou estender essas emoções de forma catártica, adequada e saudável. De que maneira? Estas seriam algumas chaves:

  • O que você está sentido aqui e agora? Pegue lápis e papel e anote cada pensamento e sentimento. Depois, analise-os e tente racionalizar essas ideias.
  • Fique ciente de que você se sente na defensiva e alerta, como se algo ruim estivesse para acontecer. Diante dessa situação, escolha pedir ajuda, conversar com alguém da sua confiança sobre como você se sente. Juntos, vocês vão aliviar medos e preocupações.
  • Você está imerso nos seus pensamentos há alguns dias, tenso, com o corpo dolorido e a mente não para de se voltar para as mesmas coisas. É hora de liberar a tensão… Praticar esportes, caminhar, correr ou fazer uma atividade criativa pode ajudar.

Para concluir, essas estratégias não nos ajudarão a acabar com um transtorno de ansiedade, é verdade. No entanto, elas são úteis para a ansiedade cotidiana, para aqueles estados de maior estresse e preocupação que muitas vezes nos afligem. Vamos levar isso em consideração e aplicá-las quando for necessário.


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