O 'gene gay' não existe, segundo o maior estudo da história

Os estudos genéticos sobre a homossexualidade continuam. Descubra as descobertas das análises científicas mais recentes.
O 'gene gay' não existe, segundo o maior estudo da história

Última atualização: 02 setembro, 2021

Há muito tempo, uma das questões que mais intriga a comunidade científica é a possível existência de um gene gay. No entanto, nas pesquisas a este respeito, muitos resultados diferentes foram obtidos.

Tudo começou devido a uma pesquisa realizada em 1993 com um grupo de 40 pares de irmãos que se autodenominam LGBT. Neste estudo, foi detectado que mais da metade dos pares analisados possuíam traços semelhantes em um de seus cromossomos.

Por isso, na época os cientistas ousaram afirmar que existia um gene que determinava a identidade sexual das pessoas. Por esse motivo, costuma ser comum ouvir essa afirmação em alguns âmbitos da vida cotidiana.

No entanto, esta informação não conseguiu esclarecer o quadro, e acabou gerando mais preocupações. Assim, em 2019, decidiu-se realizar o mais amplo estudo relacionado à análise genética de homossexuais.

O que este novo estudo concluiu sobre o gene gay?

Este estudo foi conduzido por especialistas europeus e foi realizado com mais de 400.000 pessoas residentes no Reino Unido e nos Estados Unidos. Em um primeiro momento, eles tiveram que responder se já haviam tido relações homossexuais. Os que responderam afirmativamente tiveram seu DNA analisado.

O gene gay não existe

Dessa forma, eles passaram para a fase de análise e determinaram que não se trata de um único gene gay. Na verdade, conseguiram encontrar 5 componentes genéticos diferentes que estão relacionados à orientação sexual.

Ainda assim, eles também explicaram que é incorreto afirmar que a identidade sexual depende apenas desses fatores. Os números também revelaram que esses componentes representam uma figura mínima que não prevê nada de definitivo.

“Os cinco genes somados significam menos de 1%”, disseram os cientistas envolvidos na análise.

Casal masculino LGBT

Por isso, concluíram que, além dos genes, as experiências sociais e culturais influenciam a pessoa a decidir ser homossexual. No fim das contas, esses testes não fornecem um resultado forte porque ignoram o que está acontecendo no ambiente.

O panorama atual

Assim como as descobertas anteriores, esta não é definitiva, mas fornece novas pistas para continuar a descobrir novas informações. O que ficou claro é que a genética tem uma influência, mas não é o único gatilho.

Casal LGBT caminhando de mãos dadas

Por isso, os responsáveis por esta análise apontaram que é necessário continuar fazendo estudos abrangentes para entender melhor esta questão.


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  • Copelli S. Genética [Internet]. Buenos Aires: Fundación de Historia Natural Félix de Azara; 2010 [citado 24 de agosto de 2021]

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