O lado bom da vida

O lado bom da vida

Última atualização: 10 novembro, 2015

“O Lado Bom da Vida” conta a história de Pat Solatano (Bradley Cooper), um jovem que acaba de sair de um centro de saúde mental.

Os problemas de Pat começaram quando, meses antes, ele agrediu o amante de sua ex-mulher. Uma vez cumprida a sua condenação, ele volta à casa de seus pais, que esperam que seu filho refaça a sua vida com a ajuda do otimismo e de uma paixão: a equipe local de futebol americano.

Tudo muda quando Pat conhece Tiffany, uma garota com problemas que se oferece para lhe ajudar a recuperar a sua esposa.

Como aplacar a ira e adotar uma atitude positiva frente à vida

O filme de David O. Russell, “O Vencedor”, aborda dois sentimentos: a ira e a generosidade.

No que se refere à ira, há uma verdade irrefutável: todos já perdemos a linha alguma vez. Não vamos entrar em detalhes ou contar histórias que com certeza trazem lembranças desconfortáveis. Mas é inegável que os nervos já nos traíram em mais de uma ocasião ao longo da vida.

Com frequência trata-se de uma raiva pontual, que não tem muita repercussão em um futuro próximo. Em outras, pelo contrário, os maus sentimentos nos transformam por completo, como monstros violentos, cheios de cólera.

Quando devemos começar a nos preocupar? Quando a ira formar parte da personalidade e não aparecer apenas em um momento ruim.

Se uma pincelada for isolada, é impossível que faça parte de um quadro, mas se as pinceladas forem tão constantes a ponto de constituir um rosto, ou uma paisagem, então você deve se preocupar.

Podemos afirmar que ficar com raiva é bom em algumas situações. É saudável. Mostrar rejeição frente a uma situação, expressar o descontentamento com algo ou alguém, é uma forma de extravasar.

É impossível estar sempre contente. É indispensável visitar o lado oposto, da raiva, para chegar ao destino universal: a felicidade.

Uma pessoa razoavelmente sã está satisfeita com a sua vida, apesar de que a mesma possa estar permeada pela frustração e pela cólera. Ou seja, a felicidade é a norma pela qual a existência se guia, mas esta felicidade se vê alterada, às vezes, pela sua antítese. Ambos os sentimentos são necessários.

O protagonista do filme decide ir mais além. Quando a indignação se apodera dele, Pat faz uso da força, da violência física. Trata-se de um sinal? A resposta é sim. A contenção, neste caso, é primordial para manter uma boa saúde mental.

Também é preciso considerar que a contenção é necessária, ao contrário da repressão. É preciso não confundir uma coisa com outra.

Reprimir os sentimentos durante muito tempo pode ter um resultado catastrófico. O armazenamento da ira só incrementa o ressentimento, de modo que é necessário liberar, de forma esporádica, todos os sentimentos e sensações que nos incomodam.

Segundo os especialistas, uma pessoa que mostra o seu mal-estar de forma regular, mas controlada, é mais confiável que aquela que nunca se altera frente a nada e que, um dia, explode (emocionalmente). É este tipo de pessoa que causa mais danos, já que expressa sua dor de forma brusca, incontrolada, e o descontrole costuma afetar de forma altamente negativa a sociedade que a rodeia.

Uma das opções mais válidas na hora de lutar contra as mostras desproporcionais de raiva é o esporte. A atividade física constante ajuda a descarregar tanto o corpo quanto a mente.

O filme também transmite uma mensagem que, apesar de parecer evidente, é bom não esquecer: a família é importante, para não dizer vital, para nos ajudar a superar qualquer tipo de problema.

Neste longa, a família está encarnada por personagens excêntricos, cômicos, mas a função deles é a mesma de qualquer pai de família: ajudar o filho a superar uma situação adversa, neste caso, a agressividade.

Texto original em espanhol de Carlos Rodríguez López


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