O método do caminho crítico, uma ferramenta para planejar o trabalho
O método do caminho crítico é uma ferramenta de planejamento especialmente indicada para atividades que possuem certa complexidade ou nas quais várias pessoas intervêm. No entanto, qualquer pessoa pode utilizar este recurso, cuja principal virtude é esclarecer o que deve ser feito, mantendo sob controle as fases dos diferentes projetos.
Esta é uma daquelas técnicas que injustamente caíram em desuso e foram redescobertas muito mais tarde. O método do caminho crítico foi proposto na década de 1950 e foi até usado para o triste projeto “Manhattan Project”. Mais tarde, foi substituído por outras ferramentas, mas há algumas décadas foi levado em consideração novamente.
Um dos objetivos alcançados com o método do caminho crítico é ter muita clareza sobre onde não deve falhar, dentro da estrutura de um projeto ou processo. É precisamente daí que vem o nome desta técnica. Tendo isso claro, é possível focar a atenção nos fundamentos. Vamos ver do que se trata.
” Planejar é trazer o futuro para o presente para que você possa fazer algo a respeito agora.”
-Alan Lakein-
O método do caminho crítico
O método do caminho crítico foi desenvolvido por James E. Kelley, da Remington Rand, e Morgan R. Walker, da DuPont, em 1950. Esses especialistas observaram que grandes projetos geralmente incorrem em perdas ou custos excessivos porque algumas atividades essenciais demoram mais do que o esperado. Portanto, era necessário pedir ajuda extra ou atrasar os planos, com as consequências que daí derivavam.
Os criadores deste método apontaram que era ideal para atividades ou projetos que atendessem às seguintes características:
- Ter atividades bem definidas a serem desenvolvidas.
- Que tais atividades sigam uma sequência.
- Que cada atividade possa ser desenvolvida de forma independente.
Como pode ser visto, o método do caminho crítico é adequado para todos aqueles projetos ou tarefas que requerem o desenvolvimento sequencial de um processo. Agora, como deve ser aplicado?
Aplicar o método do caminho crítico
Para aplicar o método do caminho crítico, quatro etapas básicas devem ser concluídas. Cada um delas deve ser executada na mesma ordem em que estão listadas. São as seguintes.
1. Liste todas as atividades e tarefas
Consiste em dividir todo o processo em atividades. A ideia é descrever cada atividade da forma mais concreta possível. Posteriormente, tais atividades serão divididas em tarefas, que também devem ser muito precisas. Este é o passo mais complexo, mas também o pilar fundamental da técnica.
2. Estime a duração
Nesta etapa, você deve calcular o tempo máximo em que cada uma das tarefas do projeto será desenvolvida. Em seguida, somando esses tempos, aparecerá o tempo estimado de cada atividade. É muito importante levar em consideração experiências anteriores ou opiniões de outras pessoas para fazer uma estimativa realista.
3. Estabeleça dependências entre as atividades
Consiste em determinar o vínculo que existe entre as atividades. Em particular, é necessário especificar quais atividades devem ser concluídas antes que a próxima possa começar. Além disso, quais atividades ou tarefas devem ser concluídas ao mesmo tempo.
4. Identifique marcos e resultados
Os marcos de um processo ou projeto são aqueles momentos em que um avanço significativo é concluído ou alcançado -tem um impacto significativo no desenvolvimento de tal projeto em geral-. É importante identificar quais são esses marcos, bem como os direitos que conquistamos ao alcançá-los.
A cereja do bolo: gráficos
O método do caminho crítico é, em princípio, um modelo ou procedimento que permite visualizar as atividades e tarefas necessárias para concluir um processo ou projeto. No entanto, isso é significativamente aprimorado quando os dados resultantes, após a aplicação das quatro etapas básicas, são colocados em um gráfico.
Não há necessidade de fazer um gráfico complicado. Basta usar um diagrama simples e colocar cada atividade ou tarefa com sua data de vencimento. Em seguida, marque a relação que existe entre cada um dos elementos com os demais por meio de linhas de união. Os diagramas devem ser colocados sequencialmente.
Ao final, haverá um gráfico que mostra claramente o caminho crítico do processo ou projeto; aquela que reúne as atividades que mais se interligam com as demais. Desta forma, a atenção pode ser focada nessas áreas.
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