Os 7 problemas emocionais mais comuns

Os 7 problemas emocionais mais comuns
Marián Carrero Puerto

Escrito e verificado por a psicóloga Marián Carrero Puerto.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Os problemas emocionais afetam a maneira como pensamos e sentimos. Os sintomas podem ser muito graves e, na maioria dos casos, não desaparecem sozinhos. Além disso, eles podem estar associados a outras doenças.

A primeira coisa que deve ser feita para superar problemas emocionais (ou de outro tipo) é saber exatamente o que é, ou seja, conhecer e aceitar a sua causa como ponto de partida para mudar a situação. Somente identificando o que nos acontece poderemos trabalhar nisso.

Existem diferentes problemas emocionais. Neste artigo, vamos nos concentrar em sete deles. Nós os escolhemos com base na prevalência atual, isto é, porque são os que mais invadem as nossas vidas e os mais incapacitantes porque não nos deixam ser ou agir como realmente somos.

“As emoções são como cavalos selvagens. Não são as explicações que nos ajudam a avançar, e sim a nossa vontade de seguir em frente”.
-Paulo Coelho-

Os problemas emocionais mais comuns atualmente

Talvez você se identifique com alguns desses problemas emocionais, por isso é importante que saiba quais são os comportamentos aprendidos, aqueles que estão causando desconforto.

  • Repressão/bloqueio emocional.
  • Negação emocional.
  • Descontrole emocional.
  • Desconexão emocional.
  • Conflito entre emoções contraditórias.
  • Ligações emocionais.
  • Busca por emoções prazerosas.

Os problemas emocionais são um obstáculo para o nosso bem-estar.

Mulher pensativa

Repressão emocional

Ocorre quando bloqueamos uma emoção. Ou seja, estamos cientes do que nos acontece, mas não queremos expressar a emoção ou não sabemos como expressá-la, permanecendo, assim, uma emoção contida. De certa forma, essa falta de expressão emocional também implica não saber lidar com as emoções.

A repressão emocional pode ir tão longe a ponto de impedir que a pessoa sinta algumas emoções com base em uma convicção: ela não tem o direito de se sentir assim. A repressão leva diretamente à falta de liberdade interior por causa dos axiomas nos quais ela se baseia e da confusão que gera.

Quando as emoções desagradáveis, como a tristeza, não são expressadas, esse desconforto aumenta. A princípio silenciosamente, depois com sofrimento, até que a pessoa não aguenta mais e acaba explodindo. De acordo com Pablo Fernández Berrocal, professor de Psicologia da Universidade de Málaga, reprimir as emoções pode levar a distúrbios psicossomáticos.

“Os sentimentos e as emoções são uma linguagem universal que deve ser respeitada. Eles são a verdadeira expressão de quem somos”.
-Judith Wright-

Negação emocional

A negação emocional é um mecanismo de defesa que consiste em enfrentar as emoções negando a sua existência, a sua relação ou relevância para a pessoa. Ou seja, nos opomos às nossas emoções e tentamos não senti-las.

Quando isto acontece, a emoção começa a ganhar mais destaque no nosso corpo, provocando efeitos desagradáveis que, às vezes, não associamos a ela. É por isso que, às vezes, as somatizamos, de forma que se manifestam em nosso corpo como tensão muscular, por exemplo.

Descontrole emocional

É um ataque ao corpo. Uma série de emoções alimentadas por imagens mentais provocam dor na pessoa, levando-a a agir de maneira equivocada e a tomar decisões que, com a cabeça fria, não teria tomado.

Quando há um descontrole emocional, é normal que as emoções assumam o controle da nossa maneira de pensar e agir. Uma perda de controle que pode nos levar a ações com consequências negativas importantes.

Desconexão emocional

É um mecanismo de defesa que impede que nos conectemos emocionalmente. É como se houvesse uma interrupção do ciclo emocional.

Esse mecanismo tenta evitar a repetição de sofrimentos passados ​​e afastar a possibilidade de danos, mas não permite uma participação saudável na vida. Às vezes, viver com o “piloto automático” sempre ligado faz com que não tenhamos consciência das emoções que realmente sentimos.

“Como as emoções são estados mentais, o método para lidar com elas deve vir de dentro. Não há outra alternativa. Elas não podem ser liberadas por técnicas externas”.
-Dalai Lama-

Coração de gelo

Conflito entre emoções contraditórias

Um conflito emocional mostra um nó interno que provoca um desconforto que a pessoa deve resolver. É um emaranhado que produz um ponto de bloqueio. Os conflitos emocionais podem ser mais difíceis de identificar, uma vez que não são observados de forma visível, apenas sentidos.

Nós nos movemos em extremos e acreditamos que as coisas são brancas ou pretas, quando na realidade elas podem existir em uma escala de cinza. O mesmo acontece com as emoções. Acreditamos que não podemos experimentar mais de uma emoção por vez. Na realidade, podemos sim, podemos até misturar as emoções.

Ligações emocionais

Às vezes, não conseguimos nos livrar de alguns estados emocionais, isto é, estamos ancorados em uma emoção associada a um evento do passado. A causa mais provável pode ser um trauma não resolvido ou uma emoção não processada corretamente.

A prática de “deixar ir” ou a meditação da atenção plena poderá proporcionar bons benefícios quando se trata de se conectar com as emoções presentes, em vez de estar ligada a emoções associadas a eventos passados.

Busca por emoções prazerosas

O problema aparece quando a pessoa não é capaz de tolerar a frustração. Isso pode ocorrer porque ela nunca se permitiu sentir emoções desagradáveis. São pessoas que só procuram emoções prazerosas ou agradáveis.

“A capacidade de fazer uma pausa e não agir no primeiro impulso tornou-se um aprendizado crucial na vida diária”.
-Daniel Goleman-

Da mesma forma que aprendemos padrões de comportamento que nos causam desconforto, também podemos aprender comportamentos mais adequados e adaptativos. Trata-se, portanto, de “desaprender” as respostas que estão nos causando dor e aprender outras que nos façam sentir melhor. É hora de treinar a nossa inteligência emocional.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.