
Timeless é uma série de ficção científica focada em viagens no tempo. Lançada em 2016, os protagonistas Lucy, Wyatt e Rufus devem viajar ao passado para deter o vilão Flynn. Quando uma máquina do tempo é roubada, uma professora de…
Segundo a psicologia do terror, o medo não é um sentimento particularmente agradável. Pelo contrário, é a resposta natural e cultural que o ser humano tem para responder a situações percebidas como perigosas ou ameaçadoras. Portanto, é uma sensação que geralmente queremos evitar. Então, por que existem filmes projetados para nos assustar? E o mais incomum de tudo, por que algumas pessoas os consideram divertidos e prazerosos?
A resposta para essas perguntas está nos próprios filmes que buscam gerar medo. Os filmes de terror são feitos levando em conta a psique humana, aproveitando-se dos instintos humanos, estimulando a excitação diante do perigo e brincando com os medos construídos culturalmente. Portanto, através da psicologia do terror, veremos por que pode ser agradável sentir o medo que os filmes de terror procuram despertar.
Todos nós sentimos medo em algum momento das nossas vidas. Nós nos sentimos vulneráveis diante do perigo ou simplesmente angustiados quando pensamos em situações potencialmente ameaçadoras. Tudo isso porque o ser humano é codificado instintivamente para reagir ao perigo, fugindo ou confrontando-o diretamente. Tudo isso com o objetivo de aumentar as nossas chances de sobrevivência.
No entanto, o gatilho do medo muda dependendo da cultura de cada indivíduo. Embora existam alguns elementos que são constantes, o ser humano geralmente tem medo de três coisas: a morte, o desconhecido e a solidão imposta. Isso sem negar que existem gatilhos pessoais de medo, como as fobias, que são muitas vezes construções psicológicas e sociais.
É nessas respostas instintivas e construções culturais que os cineastas se baseiam para gerar medo nos filmes de terror. Mas isso ainda não explica por que decidimos assistir a filmes de terror. Isso será respondido abaixo.
Os filmes de terror, para serem apreciados, devem manter um certo equilíbrio entre medo e prazer. Para isso, precisam seguir certas técnicas narrativas. São técnicas que levam em conta tanto a psicologia do terror quanto a fisiologia humana.
Portanto, o medo criado nos filmes de terror não poderá ser tão real e visceral quanto o medo real. Sendo mais concreto, o espectador sente medo, mas sem fugir daquilo que causa medo, porque no seu íntimo ele sabe que está diante de uma ficção. Algumas técnicas narrativas mais comuns para alcançar este efeito são:
As técnicas narrativas não são suficientes para tornar um filme de terror um sucesso. É preciso utilizar algumas teorias psicológicas aproveitando-se de algumas noções da psicologia do terror.
O mais básico é o condicionamento positivo. Apesar de todos os males que assolam os protagonistas dos filmes de terror, o alívio que é sentido quando eles são salvos produz um efeito agradável nos espectadores. Esse efeito é o que a maioria dos espectadores procura quando assiste a um filme de terror.
Assim, os amantes de filmes de terror desfrutam não apenas do negativo, mas também dos aspectos positivos desses filmes.
Há também alguns filmes de terror que usam o prazer da punição. Em um estudo realizado em 1993, foi estabelecido que muitas pessoas gostavam de filmes de terror, como ‘Sexta-feira 13’ (1980) ou ‘Halloween’ (1978), porque acreditavam que os personagens que morreram assassinados mereciam isso. Tudo isso cumprindo os padrões de moralidade de alguns espectadores.
De acordo com a psicologia do terror, esses filmes usam muitos dos estímulos incondicionados para gerar medo ou sobressalto no comportamento humano. Esses estímulos podem ser ruídos altos, movimentos repentinos e mostrar coisas extremamente estranhas em situações inesperadas.
Finalmente, devemos considerar que a efetividade dos filmes de terror depende da personalidade do espectador. Há pessoas que procuram ficar instigadas ao assistir a um filme, enquanto outras preferem ficar relaxadas. Então, filmes de terror não são para todas as pessoas e nem para todos os momentos.