Qual é o segredo das relações felizes?

Qual é o segredo das relações felizes?

Última atualização: 07 maio, 2015

A humanidade não é curiosa? Há tanta gente passando pela vida, correndo contra o relógio, imersos na rotina, ocupados fazendo milhares de coisas e, em seu tempo livre, ficam na frente da TV, conectados ao Facebook, ou rodeados de gente, barulho e entorpecidos por álcool e drogas. Nesta enxurrada do que ser e não ser, perde-se o essencial, que não está fora, está apenas dentro.

É preciso começar em casa

A solidão pode ser desesperadora para algumas pessoas. Estas, para estarem sempre acompanhadas, sacrificam a qualidade de seus relacionamentos. Muitas vezes, este medo da solidão reflete apenas que, no fundo, existe um medo de entrar em contato com as suas mais íntimas emoções, pois elas podem acabar sendo desagradáveis ou dolorosas. É preferível, então, distrair-se ou viver apenas coisas externas.

Mas se as necessidades emocionais não são escutadas e atendidas, se nós não aceitamos a nós mesmos incondicionalmente, com nossas qualidades e defeitos, andaremos pela vida usando uma máscara, fingindo ser o que não somos para conseguir a aceitação dos demais; aceitação essa que negamos a nós mesmos.

O ser humano não nasce sendo um zumbi emocional. Os bebês não escolhem suas emoções, eles simplesmente as sentem e as expressam. Durante o processo de socialização a criança pode, infelizmente, ser ignorada, ferida, ridicularizada ou abusada. Diante disso, o único recurso que a criança tem é enterrar a dor vivida em seu inconsciente, porque ela ainda depende dos demais para se sentir digna de amor e de respeito.

Ao chegar à idade adulta, é imperativo que a pessoa assuma a responsabilidade por sua saúde emocional e se ocupe de curar suas feridas, além de preencher as carências de sua criança interior. Do contrário, ela viverá um vazio interno e tentará preenchê-lo com relações superficiais.

Então, nossa tarefa primordial é aprender a ver, amar e valorizar aquilo que temos de mais precioso: a nossa essência. Quanto mais aprendemos a amar a nós mesmos, maior é o desejo de compartilhar nosso amor com os demais, pois o amor autêntico é expansivo por natureza. É impossível parar essa onda expansiva, então é inevitável querer compartilhar tal amor com os demais, mas não a partir do vazio e da máscara, mas sim da plenitude e da autenticidade.

As relações felizes

A razão da existência de uma relação é aprender, crescer, amar, se divertir e aproveitar mutuamente a companhia. No final das contas, nossa verdadeira missão nesse mundo é expandir nossa capacidade de amar, tanto a nós mesmos quanto aos demais. Quando compreendemos e vivemos em função dessa missão, descobrimos que amar autêntica e incondicionalmente é o maior tesouro que podemos encontrar.

Não há luxo, prazer, conquistas, posses nem riquezas que possam substituir a plenitude produzida pelo verdadeiro amor incondicional. No entanto, precisamos começar amando e aceitando a nós mesmos. Amar a si mesmo dá segurança e confiança a cada membro de um relacionamento amoroso. Ao invés de tentar obter o amor do outro e até exigi-lo, compartilham o amor que têm por si mesmos. Ironicamente, estão dando ao outro o que sempre quiseram para si, mas que antes não eram capazes de conseguir.

O auto-bandono e a auto-rejeição são algumas das maiores causas do fracasso entre os casais. Então, aprender a amar a si mesmo realmente ajuda a curar os relacionamentos. Amar é a coisa mais maravilhosa que existe, mas não se pode dar aquilo que não se sente. Enquanto não aprendermos a nos amar, não seremos capazes de amar o próximo.


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