Qual o perfil emocional do seu cérebro?

Qual o perfil emocional do seu cérebro?

Última atualização: 16 junho, 2015

Durante muito tempo, psicólogos e psiquiatras estiveram acostumados a estudar a população segundo padrões de personalidade e um estilo de inteligência. Uma pessoa poderia ser extrovertida, introvertida, sociável, neurótica, ter uma inteligência lógico-matemática ou musical, etc. Mas e as emoções? Não são elas que regem o nosso comportamento na maior parte do dia? Não são elas que nos fazem amar, odiar, temer ou desejar?

Foi o professor Richard J. Davidson, da Universidade de Wisconsin, quem propôs a necessidade de estabelecer um novo parâmetro: o perfil emocional.

Você gostaria de saber com qual perfil se identifica mais?

1. Resistência

Dia após dia, temos que enfrentar adversidades e desafios contínuos. A resistência seria, neste caso, a habilidade pessoal da qual dispomos para nos recuperar diante de um fato difícil, diante de uma situação de estresse, diante de uma perda, uma desilusão, ou uma simples discussão de casal ou com um amigo. Podemos nos recuperar de forma rápida, tendo aprendido o ocorrido, ou podemos “arrastar” o acontecido durante muito tempo.

2. Atitude

Com que ânimo você geralmente enfrenta a realidade? É otimista, cético, prudente… ou negativo? Bom, é verdade que o estado de ânimo pode variar diariamente, mas cada pessoa tem um estilo próprio, um rastro que mostra de forma normal o otimismo ou, por outro lado, o negativismo. Davidson não parece estabelecer aqui um meio termo.

3. A intuição social

É a empatia, a capacidade para ler e advertir nos demais esses sinais que tanto falam sobre as pessoas que nos rodeiam. São felizes? Estão preocupadas? Decepcionadas? A linguagem não verbal oferece muitas pistas que passam despercebidas para muitas pessoas. Para outras, por outro lado, elas são fáceis de identificar e entender. Você é socialmente intuitivo? Ou é mais desconectado e esse aspecto passa batido?

4. A autoconsciência

Aqui nos referimos à capacidade para perceber e compreender as nossas próprias emoções e os nossos próprios sentimentos. Você sabe reconhecer aquilo que lhe irrita? Seu estresse? Suas desilusões? Algumas vezes, as pessoas se sentem mal sem saber muito bem a razão. Estamos quietos e esse mal estar acaba se manifestando, como se fosse uma doença. Aqui, o Professor Davidson nos diz que podemos ser “Autoconscientes ou Opacos”.

5. A sensibilidade diante do contexto

Como reagimos diante de determinados contextos? Há quem altere seu comportamento dependendo da pessoa com quem interage ou em qual lugar se encontra. Outros, por sua vez, costumam ser iguais em qualquer tipo de meio e diante de todo tipo de gente. Há circunstâncias nas quais somos mais sensíveis em alguns contextos, mas, normalmente, costumam haver muitas diferenças de pessoa para pessoa. Você sabe se adaptar? Comporta-se sempre da mesma maneira? Ou muda seu modo de agir constantemente?

6. Centrado ou disperso

Aqui falamos da capacidade da qual dispomos para eliminar as distrações emocionais e seguir concentrado em uma tarefa determinada. Você é capaz de fazer isso? Em algumas ocasiões, encontramo-nos invadidos por problemas e preocupações, sendo incapazes de seguir as nossas obrigações por ter a cabeça em outro lugar.

Entretanto, há outras pessoas que conseguem manter o controle, deixando de lado essa avalanche de emoções para se concentrar em uma tarefa.

Segundo o Professor Richard J. Davidson, todos nós nos situamos em algum dos polos dessas categorias, desenhando um perfil emocional característico e único. Isso pode servir para mergulhar no substrato neuronal e emotivo do nosso cérebro, capacidades que podem ser treinadas para melhorar também a nossa qualidade de vida, para sermos mais efetivos emocionalmente, para sermos mais empáticos e receptivos e gerenciar a nossa realidade de um modo melhor.

Pode ser que mais de uma pessoa não se identifique, ou que não enxergue bem estar em um ou outro polo, mas sem dúvida, durante um estante, isso nos fez pensar e valorizar alguns aspectos de nós mesmos…


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.