Química sexual: cheiro e sensibilidade

Química sexual: cheiro e sensibilidade

Última atualização: 21 setembro, 2018

A química sexual é mais do que apenas uma maneira de falar sobre a atração. A sutileza de determinadas chaves químicas ajuda a determinar por quem nos apaixonamos. A má notícia é que o nosso estilo de vida pode estar prejudicando a nossa atração sexual natural.

As psicólogos Rachel Herz e Estelle Campenni estavam conversando, trocando histórias sobre sua vida enquanto tomavam um café, quando Herz confessou algo inesperado: ela foi a prova viva de um amor a primeiro cheiro.

“Sabia que ia me casar com meu marido no momento em que senti seu cheiro”, disse Herz. “Seu cheiro fez com que eu me sentisse segura e ao mesmo tempo ativa, e estou falando sobre o seu cheiro corporal real, não colônia ou sabão. Nunca tinha me sentido assim com o cheiro de um homem. Estamos casados há oito anos e temos três filhos, e o seu cheiro é sempre muito sexy para mim”.

Os casais sempre testemunharam como o cheiro afeta seus relacionamentos. Uma das coisas mais comuns que as mulheres dizem aos conselheiros matrimoniais é: eu não suporto o seu cheiro, diz Herz.

A atração sexual ainda é um dos maiores mistérios da vida. Alguns pesquisadores acreditam que o cheiro poderia ser a constante cosmológica oculta no universo sexual, o fator que falta para explicar porque escolhemos nosso parceiro. Pode até mesmo explicar porque sentimos “química”, “faíscas” ou “eletricidade” com uma pessoa e não com outra.

Assim, a própria atração física poderia estar baseada no olfato. Muitas vezes descartamos a importância da comunicação através do cheiro, porque funciona em um nível muito sutil. Isso não é algo que se note, como o cheiro de uma boa carne de churrasco, diz Randy Thornhill, psicólogo evolucionista da Universidade do Novo México. Mas a capacidade do cheiro está aí e não é surpreendente encontrar o poder do cheiro no contexto do comportamento sexual

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Como resultado, podemos ser atraídos por qualquer desconhecido em uma situação cotidiana, mas não ter nem ideia do porquê, ou ao contrário, sentir-nos decepcionados em um encontro com alguém que parecia prometer mas não nos sentir atraídos por essa pessoa, apesar de tudo parecer perfeito.

Embora possamos permanecer parcialmente alheios a os sinais olfativos que estamos enviando e recebendo, uma nova pesquisa sugere que não somente  estamos preparados para escolher um parceiro cujo cheiro nos é agradável, mas esta decisão tem profundas implicações biológicas.

Nos complexos rituais de acasalamento, muitos deles profundamente instalados em nosso cérebro, os sinais a base de perfumes nos ajudam a nos concentrar nas qualidades positivas do outro.

À primeira vista, a ideia da atração baseada no cheiro pode parecer hipotética e efêmera, mas quando, inconscientemente, ela  interfere n a transmissão das mensagens olfativas sutis que operam abaixo do nível da consciência, os resultados podem ser  concretos e devastadores ao mesmo tempo.

Quando deixamos de lado o que nossos narizes nos dizem, podemos nos encontrar submersos nas associações que alimentam o descontentamento sexual e a infertilidade, entre outros.


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