Saber o que queremos é suficiente?

Saber o que queremos é suficiente?

Última atualização: 22 agosto, 2017

Para começar, proponho que você pare por alguns minutos para responder essas duas perguntas: se você se sente bem com a vida que leva e se se sente satisfeito com o que conquistou. Às vezes, saber o que se quer é complicado. Pode ser que o ritmo sem descanso da sua vida não deixe sobrar tempo para refletir sobre se você está vivendo da maneira que quer, ou se há metas que você ainda gostaria de alcançar. Ou talvez você já tenha objetivos claros, mas não saiba como iniciar o caminho que o levará a conquistá-los.

Se for esse o caso, se você tiver objetivos que deseja conquistar, neste artigo darei algumas dicas que podem ajudar a alcançá-los. Mas primeiro eu gostaria de acompanhar você em uma reflexão sobre sua vida, sobre o caminho que está seguindo e sobre como você toma suas decisões, já que saber o que se quer, ter um critério próprio e estar no caminho “correto” é a base para que os objetivos que você quer atingir realmente tenham um sentido coerente na sua vida.

Você tem uma bússola que guia o seu caminho?

Tenha você planejado ou não alguns objetivos específicos, tente sempre manter um objetivo geral. Construa uma bússola que seja um guia, de maneira que você sempre saiba onde estão seus quatro pontos cardeais. Essa bússola talvez não tenha a capacidade de evitar obstáculos, mas vai fazer com que você não se perca ou fique desorientado.

Seu caminho pode dar muitas voltas, pode ir para cima e para baixo, você pode se deparar com obstáculos e tempestades que terá que atravessar, mas o fundamental é saber que você está no caminho “certo”. Além disso,  a maneira como avança vai colocar em evidência aquilo que é mais valioso para você, e isso é essencial para que a sua vida tenha mais sentido.

Saber o que queremos é suficiente?

Como você pode saber se está no caminho certo?

De início, você sempre estará acompanhado pela incerteza sobre se a decisão que será tomada é a mais adequada ou se o que vai fazer é a melhor escolha. É normal, já que essa incerteza faz parte do risco que acompanha muitas das decisões que encaramos na vida.

Não há ninguém no mundo que possa garantir que você está no caminho certo ou no melhor. Felizmente, há mais de um caminho certo, inclusive diferentes caminhos que levam a um mesmo lugar. Em qualquer caso, ser você quem decide o rumo sempre vai ser um bom presságio.

Não é difícil saber o que se quer e encontrar seu próprio caminho, o que acontece é que você não está acostumado a fazer isso. Muitas vezes você deixa outras pessoas guiarem, talvez por comodidade ou por medo de não obter os resultados que você espera. Às vezes você confia mais nas outras pessoas do que em si mesmo, mas ninguém sabe melhor do que você o que convém à sua própria vida.

Escute suas emoções, elas vão fornecer a informação de que você precisa e isso vai ajudar você a desenvolver seu próprio critério, que é o que permitirá chegar a um estado de “autonomia”.

Você decide com a mente ou com o coração?

Após escutar suas emoções, utilize a razão para seguir os sinais que aparecem. Trata-se de um trabalho combinado no qual o equilíbrio entre as fontes de informação (emoções) e o trabalho com essas fontes de informação (razão e intuição) é o que de alguma maneira vai aumentar nossas chances de sucesso.

Dentro desse equilíbrio, a motivação possui um papel fundamental. Como Grad, M. (2015) afirma, você não vai acreditar que é capaz de fazer até que faça. Apesar disso, por outro lado também é bom analisar se esses objetivos são realistas, se alcançá-los está dentro das suas possibilidades.

“Siga seu coração, mas leve seu cérebro com você.”
-Alfred Adler-

Saber o que queremos é suficiente?

Depois de perceber a importância de seguir seu próprio caminho em um sentido geral, provavelmente você vai ter alguns objetivos que gostaria de atingir em um nível mais prático, mas que, por sua vez, oferecem uma maior sensação de bem-estar e realização. Esses objetivos podem ser bastante diversos: querer fazer mais esportes, aprender um idioma, arrumar o quarto ou a casa, adquirir o hábito de meditar todos os dias, etc.

No entanto, saber o que se quer não é suficiente. Não serve de nada se você se contentar apenas com a ideia, como, por exemplo, “quero me exercitar mais”, já que vai resultar como se você não tivesse proposto nenhum objetivo. Para conseguir realmente cumprir seus propósitos, além de ter motivação, é essencial o planejamento, como afirma o Dr. Díaz no seu artigo “Pensando sobre o futuro ao longo do ciclo da vida”.

Saber o que queremos é suficiente?

Dessa maneira, os objetivos concretos são os que vão dar forma ao objetivo geral sobre o qual fizemos referência no início deste artigo. Assim como exemplificam Toja e Bravi (2015), em vez de dizer “vou me exercitar mais”, é melhor definir mais especificamente o objetivo: “farei dez séries de abdominais por dia”. Assim, você não fica com uma informação tão abstrata, mas com algo concreto que você pode se comprometer a realizar. Como você pode ver, saber o que se quer não é suficiente.

“Fixar objetivos equivale a reduzir a distância que o separa deles.”
-Anxo Pérez-

Como você pode alcançar seus objetivos?

Às vezes seu desafio pode ser muito grande, como, por exemplo, “quero correr uma maratona”. Nesse caso, pensar no objetivo pode ser assustador e, inclusive, provocar a procrastinação. Por isso é importante dividir o objetivo em partes, por exemplo, treinar 30 minutos por dia. Trata-se de começar com os objetivos mais acessíveis e, quando você estiver confortável com eles, passar aos mais desafiadores ou aumentar o tempo de dedicação.

Também é muito útil se concentrar no momento do dia em que você vai trabalhar para alcançar seu objetivo. Pode ser quando você acorda pela manhã, quando chega em casa depois do trabalho, ou você pode determinar um horário específico. Esse é um ponto fundamental, já que se você não se concentrar no momento em que for realizá-lo, as horas podem passar sem que você se dê conta e sem que tenha conseguido encontrar um momento para se dedicar ao seu objetivo.

Um dos pontos-chave para a realização dos objetivos, segundo Pérez (2014), é definir um objetivo que ele denomina de “tolerância zero”: esse não é o objetivo ideal que você quer conquistar, é muito mais simples, mas justamente por isso você deve realizar sem nenhuma desculpa para não perder a regularidade.

Por exemplo, se seu objetivo é treinar 30 minutos por dia, mas um dia qualquer está realmente muito difícil de cumprir essa meta, você pode cumprir o objetivo de “tolerância zero” que poderia ser treinar por 5 minutos. Com certeza você tem 5 minutos para se dedicar! Isso vai ajudar a manter a regularidade.

O que você precisa para passar à ação?

Depois de saber o que você quer, escutar suas emoções e planejar seus objetivos, só falta passar à ação. Para obter sucesso na realização dos seus propósitos, sugiro que você siga todas essas dicas e, principalmente, lembre-se de que é importante ser otimista e acreditar em um futuro melhor, já que dessa forma você pode ir atrás das suas metas com maior perseverança.

Além disso, mais que saber o que se quer, você deve ter em mente por que quer conquistar esses objetivos. Lembrar disso vai dar forças e vai refletir o sentido do seu esforço. Não se dê por vencido, cada dia você se aproxima mais da sua conquista.

“Lembre-se dos seus sonhos e lute por eles. Você deve saber o que quer para sua vida. Só há uma coisa que torna seu sonho impossível: o medo do fracasso.”
-Paulo Coelho-

Bibliografia

-Grad, M. (2015). La princesa que creía en los cuentos de hadas. Barcelona: Ediciones Obelisco.

-Pérez, A. (2014). Los 88 peldaños del éxito. Barcelona: Alienta Editorial.

-Toja, O. y Bravi, S. (2015). Actitud positiva para perezosas. Barcelona: Editorial Planeta.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.