O sexo virtual é um jogo perigoso

O sexo virtual é um jogo perigoso

Última atualização: 19 janeiro, 2016

Ninguém pode negar que a chegada da Internet mudou nossas vidas. A tecnologia está presente em cada passo que damos. Você não poderia estar lendo este artigo se não fosse por ela!

Os usuários da rede, por excelência, são os jovens que estão o dia todo conectados, compartilhando fotografias e comentários nas redes sociais, tirando “selfies” e conversando por WhatsApp. Contudo, ainda que sejam maioria, não são apenas os jovens que “estão sempre conectados”.

Por outro lado, a internet dá espaço a novas formas de se comunicar, de conhecer pessoas e de estar em contato com os outros. Muitos casais devem agradecer a ela por terem se encontrado na rede. Mas o que queremos discutir neste artigo vai mais além disto.

O sexting e o sexo virtual

Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre o termo Sexting. Bom, explico do que se trata. Ele surgiu da união de duas palavras. Por um lado “Sex” (sexo) e por outro “Texting” (enviar mensagens de texto com o celular). Com certeza agora você consegue imaginar o que é este fenômeno.

Mas não é apenas enviar mensagens, que seria a parte “menos grave” do assunto; ele inclui também publicar fotografias ou gravações eróticas ou sexuais.

A mecânica é a seguinte:  a pessoa se filma com o seu smartphone, tablet ou webcam enquanto tira a roupa, brinca com seu cabelo, faz poses sensuais (nos casos mais graves pode haver autossatisfação ou relações com outra pessoa). Logo, isto é enviado, ou há alguém do outro lado assistindo tudo ao vivo.

Embora para muitas pessoas o sexting seja uma prática divertida, usada simplesmente para jogar charme ou flertar com alguém, ela pode trazer outras consequências mais perigosas. O vídeo pode ser enviado a uma pessoa que tenha outras intensões além de passar o tempo.

Ao ser uma tendência entre os adolescentes, isto não é visto como uma prática perigosa. A maioria dos pais não sabe que isso existe e muito menos tem ideia dos perigos que possa causar. Por sua vez, nessa idade, os jovens não são conscientes do que pode vir a acontecer, e é por isso que não tomam cuidado.

Apesar de soar como um simples jogo sensual ou erótico, o sexting é mais do que enviar um vídeo ou uma fotografia comprometedora de alguém. Estes arquivos podem ser divulgados de forma massiva e descontrolada e serem vistos por milhares de pessoas, conhecidas ou não de quem gravou os vídeos ou tirou as fotos.

O sexo virtual é um jogo perigoso

Riscos do sexo virtual

1- Perda da privacidade: Quando o material é enviado, perde-se o controle sobre ele. Suas imagens podem acabar nas mãos de qualquer pessoa.

2 – Transtornos psicológicos: Ao mostrar a intimidade a mais alguém (uma ou várias pessoas), pode haver problemas como depressão, vergonha, exclusão por parte do grupo de amigos, etc.

3 – Cyberbullying: Quer dizer que se os colegas da escola veem um vídeo ou fotografia sensual do outro, podem humilhá-lo na frente dos outros, usar o material contra ele, fazer comentários negativos.

4 – Extorsão: Esse material pode ser usado para chantagear a pessoa envolvida, obrigá-la a fazer certas coisas para que os pais, professores ou amigos não fiquem sabendo, etc.

E ainda pode ser pior, já que aqueles que praticam o sexo virtual ou sexting são mais vulneráveis a cair nas garras de um pedófilo ou um depravado sexual. Então, é preciso ter muito cuidado. Não é uma simples brincadeira, está em jogo a integridade física e psicológica do jovem.

O que podemos fazer como pais? Prestar atenção ao uso que os filhos dão aos dispositivos eletrônicos, falar com eles sobre os perigos que as suas atitudes ou ações usando a tecnologia podem causar, considerar certas mudanças de hábitos ou comportamentos que possam estar revelando um problema que o adolescente não deseja contar, etc.

Por fim, um conselho para os jovens que praticam sexting:  lembre-se de que nada do que você publicar na internet é privado. Uma vez que você apertar o botão de enviar, não há caminho de volta.

O sexting não é uma conduta danosa em si mesma, e sim o fato de que são vários os fatores que o rodeiam e que podem ser perigosos. É preciso ter cuidado e ser precavido. Como diz o ditado:  “É melhor prevenir do que remediar”.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.