Steve Jobs: a biografia do homem que inventou o século 21

Steve Jobs é conhecido pela sua lucidez e por ser um gênio no mundo da tecnologia. Ele nunca desistiu.
Steve Jobs: a biografia do homem que inventou o século 21
Elena Sanz

Revisado e aprovado por a psicóloga Elena Sanz.

Escrito por Sonia Budner

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Criatividade e genialidade absolutas são, talvez, as duas palavras que vêm à mente quando pensamos em Steve Jobs. Dizem que, à sua maneira, ele foi o inventor do século 21. E esta não é apenas uma metáfora.

A maneira como trabalhamos, nos comunicamos e nos relacionamos com o mundo hoje se deve, em grande parte, a esse gênio.

Ele alcançou o sucesso nos negócios muito cedo. A sua carreira profissional foi meteórica desde muito jovem. Talvez seja por isso que ele sempre dizia que nem o sucesso nem o dinheiro o impressionavam. E também não eram o principal motivo para que ele continuasse trabalhando.

No entanto, ele transformou um sonho em realidade. Um sonho que lhe foi arrebatado pelas velhas ideias e pelas grandes assembleias de acionistas. Mas Jobs nunca perdeu o seu espírito visionário. Ele nunca desistiu.

Assim como outras pessoas com muita criatividade, Steve Jobs administrou toda a sua vida entre o sucesso e a frustração, entre um novo projeto – o que ninguém havia pensado antes – e a busca de uma vida mais transcendente que fizesse história.

Os seus primeiros anos

Steve Jobs nasceu em São Francisco em 1955. Os seus pais biológicos eram dois estudantes universitários que o deram para a adoção assim que ele nasceu.

Felizmente, o pequeno Steve foi adotado por uma família que ele sempre considerou os seus verdadeiros pais e que o encorajaram e souberam apoiá-lo em tudo desde quando ele era criança.

Ele frequentou a escola na Califórnia e depois partiu para Portland para começar os seus estudos universitários. A sua passagem pelo Reed College se caracterizou pelas suas excelentes qualidades em termos de potencial, o que contrastava com a sua rebeldia e falta de interesse.

Estátua de Steve Jobs

A sua busca espiritual

Em 1974, Steve Jobs viajou para a Índia em busca de um sentido transcendental para a sua vida e passou um tempo no Ashram de Neem Karoli Baba em Kainchi.

Ele estudou budismo em um centro zen de Los Altos, nos anos 70. Além disso, manteve uma estreita amizade com seu mestre Zen, uma amizade que duraria toda a sua vida.

Os seus biógrafos afirmam que o Zen Budismo marcou toda a sua vida e obra. Em 2005, durante a palestra que Jobs deu na cerimônia de formatura de Stanford, ele disse:

“Durante os últimos 33 anos, eu olhei no espelho todas as manhãs e me perguntei: ‘Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que vou fazer hoje’? E a resposta foi ‘não’ por muitos dias seguidos; então, eu precisava mudar alguma coisa. Lembrar que vamos morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que temos algo a perder. Você já está desnudo. Não há razão para não seguir o seu coração”.

Durante a década de 70, Steve Jobs também se juntou ao movimento anticultural do seu país, e foi nessa época que ele experimentou substâncias psicodélicas. Ele costumava dizer que essa experiência com drogas foi fundamental para a perspectiva da sua própria vida e da sua visão de futuro.

Steve Jobs e os primeiros computadores

O seu primeiro trabalho com computadores foi na Atari, onde conheceu Steve Wozniak, o técnico de informática que mais tarde se tornou cofundador da Apple. Eles eram uma dupla perfeita.

Dessa forma, a genialidade de Wozniak como engenheiro encontrou em Jobs o talento empresarial necessário para criar o projeto que, mais tarde, se tornaria um império.

Na época em que trabalharam para a Atari, os computadores eram para o uso exclusivo de grandes empresas e custavam mais do que uma casa. Wozniak construiu o primeiro computador pessoal porque queria ter um em sua própria casa. Foi aí que tudo começou.

Dois visionários que começaram a vender os primeiros computadores pessoais da garagem da casa dos pais de Steve Jobs. Apesar de se separarem depois de algum tempo, conseguiram fazer coisas incríveis juntos..

“Os gênios revolucionários não são apenas aqueles que constroem algo diferente, mas aqueles que, além disso, conseguem vendê-lo”.
– Steve Wozniak –

A aventura da Apple

Nos anos seguintes, os computadores da Apple se expandiram no mercado e a aquisição de um computador pessoal se tornou cada vez mais necessária. Dessa forma, a Apple cresceu muito e as coisas ficaram complicadas para Jobs.

Em 1984, eles projetaram o primeiro Macintosh. Uma invenção que marcou um antes e um depois na computação doméstica, mas que não sabiam como comercializar. A Apple havia crescido e o conselho de diretores não compartilhava da visão nem da paixão de Jobs.

Eles acreditavam que os dons geniais de criatividade e a visão comercial de Jobs eram prejudicados pelo seu caráter exigente e perfeccionista.

Como todos os grandes gênios que mudaram a história, Steve Jobs precisava de uma equipe que trabalhasse com a mesma paixão, a mesma visão e o mesmo sentido transcendente que ele possuía.

Finalmente, em 1985, Wozniak deixou a Apple e, um ano depois, Steve Jobs foi afastado de suas funções executivas e deixado sem voz ou voto em sua própria empresa. Assim, Jobs abandonou a Apple para continuar a sua aventura profissional sozinho.

Ele criou a empresa Next e fez uma incursão pela Pixar, uma empresa que produz filmes gráficos por computador. A sua passagem pela Pixar trouxe a Jobs um grande sucesso e respeito pelo seu trabalho.

Foto de Steve Jobs

De volta a Apple

Steve Jobs retornou à Apple em 1996, numa época em que a empresa estava defasada tecnologicamente em comparação com a Microsoft. A Apple estava à beira da falência, mas o retorno de Jobs lhe deu uma nova direção.

Ele cancelou todos os projetos em andamento e recuperou o controle da sua empresa. Dessa forma, Steve Jobs estava fazendo história novamente.

Jobs, então, projetou uma nova geração de produtos inovadores, como o iPod, o iPad e o iPhone. Estabeleceu um padrão para a música digital portátil.

Em 2008, o iTunes tinha mais de seis milhões de downloads e mais de 200 milhões de iPods vendidos. Em 2010, ele apresentou o iPad, o sistema de tablets. Em 2012, a Apple se tornou a empresa mais valorizada do mundo.

Em uma entrevista em 2007, Jobs disse:

“Há uma velha citação de Wayne Gretzky que eu amo: ‘Eu patino até onde o disco estará em seguida, não até onde ele já esteve’. E sempre tentamos fazer isso na Apple. Desde o começo. E sempre o faremos”.

A morte prematura de Steve Jobs

Perfeccionista, apaixonado e visionário. Estes eram os seus anjos e os seus demônios. O seu legado é fruto de uma paixão que ele nunca colocou à venda.

Em 2003, Steve Jobs foi diagnosticado com um câncer de pâncreas que lhe causou inúmeros problemas de saúde. Mesmo assim, ele continuou trabalhando até 2009, ano em que a doença o obrigou a abandonar o trabalho.

Ele faleceu em 2011, aos 56 anos de idade. Steve Jobs está enterrado em um túmulo sem nome em Palo Alto, Califórnia.

O slogan “Pense diferente” foi criado quando Steve Jobs recuperou a Apple, sua empresa.

“Isto é para os insanos, para os desajustados, os rebeldes, os desordeiros, os pinos redondos em orifícios quadrados, para aqueles que veem as coisas de maneira diferente. Eles não gostam de regras e não respeitam o status quo. Você poderá citá-los, concordar com eles, glorificá-los ou difamá-los, mas o que você não pode fazer é ignorá-los. Porque são eles que mudam as coisas, que impulsionam a raça humana”.


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