Terapia psicológica para crianças vítimas de bullying

O bullying escolar não é um problema da sociedade atual. Infelizmente, tem uma longa tradição. A terapia psicológica é essencial nesta situação.
Terapia psicológica para crianças vítimas de bullying

Última atualização: 29 março, 2022

Infelizmente, a terapia para crianças vítimas de bullying ainda é necessária. Atualmente, esta intervenção adquire um papel fundamental, uma vez que o bullying não termina quando a criança sai da sala de aula, mas pode continuar através das redes.

Um trauma resultante interfere no desenvolvimento social e da personalidade da criança. Para preservar seu bem-estar psicológico e autoestima (e às vezes sua vida), a terapia é necessária.

Junte-se a nós nesta revisão sobre o bullying e como ajudar a vítima. De fato, 2 em cada 10 alunos sofrem bullying, então não perca esse artigo, pois é um problema que afeta a todos nós.

O que é bullying?

Crianças intimidando uns aos outros
O bullying tem um grande impacto na criança que o sofre.

O bullying é uma forma de relacionamento em que a desigualdade resulta em agressão. No ambiente escolar, manifesta-se como atitudes agressivas, intencionais e repetitivas em relação a um colega.

Embora a primeira imagem que venha à mente seja a de agressão física, a verdade é que a violência que predomina no bullying é a emocional. Portanto, o assediador busca o sofrimento psíquico de sua vítima de diversas formas:

  • Verbal: insultos , humilhações públicas, desprezo pelo físico, etc.
  • Social: a vítima é isolada pela exclusão do resto de seus companheiros.
  • Virtual: os conhecidos grupos de cyberbullying zombam, insultam e outras formas de degradação pública através da internet e redes sociais.
  • Física: violência através de bater, empurrar, chutar, etc. Isso inclui a destruição de pertences.

Consequências da situação de bullying

Vítimas de bullying são propensas a desenvolver problemas de autoestima, transtornos de ansiedade e depressão, fobia escolar, entre outros. Um impacto que muitas vezes acaba se prolongando na vida adulta, principalmente quando a pessoa não conseguiu superar essa situação.

A socialização também pode ser muito prejudicada, pois a situação de agressão impede que a criança desenvolva as ferramentas adequadas para se relacionar com os outros. A saúde mental está, em geral, deteriorada.

Nos casos mais graves, as vítimas até cometeram suicídio. O bullying é uma situação grave que deve ser abordada o mais rápido possível e com medidas drásticas, colocando todo o apoio possível na sua prevenção.

Qual é a terapia para crianças vítimas de bullying?

Como as situações de bullying muitas vezes são detectadas quando a vítima já está sofrendo, é normal encontrar um grande repertório de somatizações e danos psicológicos. Portanto, a terapia para crianças vítimas de bullying tem como foco o resgate dos pilares de sua identidade.

Embora cada caso deva ser estudado individualmente, o tratamento geralmente se concentra em reforçar e recuperar certos aspectos da personalidade da criança. Como por exemplo:

  • Gerenciamento de traumas.
  • Tratamento para ansiedade e depressão.
  • Fortalecimento da autoestima e autoconfiança.
  • Desenvolvimento de habilidades sociais.
  • Habilidades de comunicação.
  • Gestão e inteligência emocional.

Deve-se levar em conta que a situação de assédio produz uma dinâmica repetitiva em que a vítima sofre cada vez mais, uma vez que a violência do assediador aumenta independentemente de suas ações.

Se a criança é silenciada, sofre mais agressões, mas se confrontar o agressor, as consequências também aumentam.

Pais e filho em terapia
A terapia psicológica pode ajudar as crianças vítimas de bullying a fortalecer sua autoestima.

A vítima não é a única a ser tratada

Embora a terapia para crianças vítimas de bullying seja essencial para redirecionar sua saúde mental, não se deve esquecer que há muito mais agentes envolvidos no processo de bullying. O próprio agressor, os pais, a escola, as instituições e a própria sociedade estão envolvidos no problema do bullying.

Portanto, se você acha que seu filho está sofrendo com essa situação, não hesite em levá-lo à terapia, mas também não se esqueça de todos os outros. É preciso envolver os agressores no processo de prevenção e recuperação, bem como exigir melhores medidas das instituições contra esse fenômeno nocivo.

E, sobretudo, não se deve esquecer que, como membros da sociedade, é nossa responsabilidade condenar esses atos e educar para o respeito. Os dias de “é coisa de criança” acabaram: é hora de ação.


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