5 tipos de autoridade e suas características

O processo de amadurecimento tem muito a ver com a forma como assimilamos e nos posicionamos diante dos diferentes tipos de autoridade. O ideal é que a obediência seja decorrente da convicção, e não da imposição.
5 tipos de autoridade e suas características
Sergio De Dios González

Revisado e aprovado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Escrito por Edith Sánchez

Última atualização: 14 novembro, 2022

Há vários tipos de autoridade, ainda que não as notemos tão claramente na vida cotidiana. Embora todas elas tenham em comum o fato de que geram normas ou diretrizes de comportamento, diferem na fonte da qual emana o poder para definir o caminho a seguir. Além disso, as razões pelas quais a obediência ocorre em cada caso são distintas.

Em termos gerais, a autoridade pode ser definida como o poder que uma pessoa ou uma instituição exerce sobre outros. Este poder tem, por sua vez, diferentes alcances.

Isso depende precisamente dos tipos de autoridade: o impacto da ordem de uma mãe não é o mesmo de uma norma legal.

“A autoridade é o equilíbrio da liberdade e do poder”. 
-Emanuel Levy-

As consequências de desobedecer os diferentes tipos de autoridade também variam. Isso está estreitamente relacionado com o grau de poder de cada uma delas.

Boa parte das nossas vidas se define em razão da forma como nos relacionamos com a autoridade. Assim, é importante conhecer as diferentes maneiras de manifestação desses poderes, e o efeito que cada uma delas tem sobre nós.

Os diferentes tipos de autoridade

1. Autoridade formal

O formal é um dos tipos de autoridade mais comuns. Corresponde a aquelas pessoas ou instituições que exercem poder e influência em função do cargo que ocupam ou da atividade que desempenham. Sua eficácia depende, basicamente, da sua capacidade de impor castigos e recompensas.

Esta é a forma de autoridade mais básica. É imposta e não escolhida ou necessariamente reconhecida livremente. Precisamente por isso, também é um dos tipos de autoridade com maior potencial de conflito. Por ser imposta, pode gerar uma falta de reconhecimento real.

Político fazendo discurso

2. Autoridade moral

Esse tipo de autoridade é praticamente o oposto ao anterior. Nesse caso, o poder da pessoa ou entidade é reconhecido, embora social ou coletivamente ela não ostente um cargo que lhe conceda influência.

Nesse tipo de autoridade o que importa é a aprovação ou a sanção subjetiva, e não exatamente a recompensa ou o castigo. O poder é concedido a essa autoridade em função do respeito que ela gera. A fonte da sua influência são os seus valores, a sua experiência, seus conhecimentos, etc.

3. Autoridade carismática

É similar à autoridade moral, mas neste caso a fonte de influência provém diretamente da personalidade ou do encanto pessoal do líder. Este não necessariamente é pautado em virtudes, mas exerce um grande poder de atração sobre os demais. Por isso, é seguido e obedecido.

Obviamente, esse tipo de autoridade precisa estar acompanhado de habilidades pessoais. No entanto, estas virtudes não são necessariamente éticas ou morais. Às vezes é apenas uma habilidade social especial ou uma certa destreza em determinadas atividades.

4. Autoridade coercitiva

Este é um dos tipos de autoridade mais nocivos, pois não decorre nem da posição e nem das condições pessoais, e sim do uso da força. A fonte de poder é o medo e, no geral, corresponde a um exercício arbitrário de normas e preceitos.

É o tipo de autoridade exercido por meio de atuações delitivas. Costuma ser uma forma de contrapoder. Ou seja, são impostas normas que vão na contra-mão das leis estabelecidas ou dos costumes socialmente aceitos. Trata-se de um exercício perverso da autoridade.

Técnicas de manipulação

5. Autoridade democrática

É um dos tipos de autoridade mais saudáveis e valorizados. Parte de uma autoridade formal, mas se implementa de forma que também se converte em autoridade moral. 

Nesta maneira de exercer o poder, o fundamental são as normas, e não as pessoas que fazem com que elas sejam cumpridas. Por sua vez, estas normas são fruto de um acordo coletivo.

Nesse caso, a autoridade é compartilhada coletivamente. Por razões óbvias, nem todos têm o mesmo grau de influência, mas têm alguma. É uma forma de autoridade que prioriza o interesse da maioria, sem desconhecer os interesses da minoria. Embora nunca seja perfeita, é a forma de autoridade mais saudável.

Todos nós estamos submetidos, de um modo ou outro, a alguma autoridade. Isso gera um certo nível de frustração. No entanto, essas hierarquias são fundamentais para que possamos viver em sociedade de forma pacífica e construtiva.


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