Tratar com carinho é tocar a alma do outro com respeito

Tratar com carinho é tocar a alma do outro com respeito

Última atualização: 08 maio, 2016

Tratar com carinho é o melhor sinal de respeito para com os outros. É sinônimo de bondade, de amabilidade e de amor. Afinal, que sentido haveria em não tratarmos com carinho aquelas pessoas que amamos? A resposta é simples: nenhum.

Mas esta afirmação tão avassaladora muitas vezes não é sinônimo de realidade. De fato, com facilidade nos esquecemos da importância de tratar com delicadeza, de colocar as nossas mãos emocionais sobre os outros e dedicar atitudes e palavras de carinho no dia a dia.

Respostas tortas, falta de respeito, impertinência, gritos, exigências… Com certeza, cada uma destas reações está muito presente em nossos relacionamentos e no nosso jeito de interagir.

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Tratar com carinho e a conexão emocional

Uma palavra, uma pergunta, um gesto, um olhar, um conflito… Qualquer expressão constitui uma tentativa de conexão emocional com a qual queremos dizer “Quero me sentir ligado a você”. Com base nisto receberemos uma resposta positiva ou negativa à nossa solicitação.

Se você parar para pensar, é estarrecedora a frequência com a qual ignoramos ou damos respostas desagradáveis frente a estas tentativas de conexão. Daí a importância de aprender a tratar com carinho, a tocar com respeito os outros.

Assim, as tentativas de conexão emocional seriam muito mais frutíferas se soubéssemos reconhecer as necessidades emocionais dos outros. Muitas brigas são consequência de más interpretações e da sensação de desconexão que podem ser evitadas com uma conversa.

Quando a conversa não acontece a partir do respeito com os outros, os nossos relacionamentos murcham e se deterioram. Conversas sem respeito, gestos de carinho sem resposta, brigas, falta de empatia, etc. Quando deixamos de lado a importância de nos conectar, costumamos promover o nosso próprio isolamento, a nossa insatisfação e a nossa instabilidade.

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As respostas às tentativas de conexão emocional

Os relacionamentos completos e que criam satisfação não se conseguem do dia para a noite, mas precisam ser trabalhados pouco a pouco com vários gestos que desenvolvam uma estabilidade e um carinho em nossos padrões de interação.

Digamos que cada dia e com cada pequeno gesto vamos colocando tijolos em nosso castelo e que, obviamente, essas trocas constituem os pilares da informação emocional que alimenta nosso afeto.

As respostas positivas levam a uma interação contínua e saudável. Constituem o toque perfeito de um jogo de ping-pong no qual ambos participantes jogam com gosto. Contudo, as respostas negativas cancelam qualquer tentativa de conexão. Ou seja, se um joga a bola e o outro não mexer a sua raquete, o jogo acabou.

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Em suma, temos várias opções para responder às tentativas de conexão e, conforme elas forem, jogaremos durante mais ou menos tempo ping pong. Vejamos quais os jeitos de responder a um gesto alheio:

  • Responder com empatia ao outro: por exemplo, quando uma pessoa faz um comentário engraçado e o outro ri. Se fomentarmos este tipo de conexão obteremos como recompensa relacionamentos duradouros e cheios de boas sensações.
  • Responder com hostilidade: as pessoas que respondem com hostilidade podem ser chamadas de agressivas ou argumentativas. Usar esse tipo de resposta denota sarcasmo e desprezo. Um exemplo seria: “Eu adoraria comprar um carro” e a resposta hostil: “Com seu salário, nem sonhando”.
  • Ignorar o outro: isto é sinônimo de não prestar atenção às atitudes do outro, o que obviamente destrói as nossas relações.
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Tratar com carinho as pessoas que apreciamos não deve ser uma exceção, e sim uma regra. Muitas vezes descuidamos destes detalhes e enfraquecemos o nosso relacionamento, o qual se deteriora sem solução.

Portanto, coloquemos ênfase e cuidemos das respostas que damos em nosso dia a dia. Não deixemos que se alimentem de gestos ruins e estejamos atentos às tentativas de conexão emocional, sempre com respeito e tolerância.

NOTA: Se o leitor quiser saber mais sobre este tema, recomendamos ler autores como John Gottman ou Deborah Tannen.

Imagens cortesia de Puung e Claudia Tremblay.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.