Utilize o passado como trampolim, não como sofá

Utilize o passado como trampolim, não como sofá

Última atualização: 29 outubro, 2016

Pode ser que alguém nos tenha feito muito mal, ou que tenhamos nos desiludido, pode ser que as circunstâncias não tenham sido realmente como esperávamos que fossem no passado. Um erro que não aceitamos ou um comportamento que não esperávamos podem construir cadeias em nós mesmos, fazendo com que sejamos vítimas das nossas próprias circunstâncias.

O passado pode pesar, pode gerar, inclusive, um grande sofrimento cada vez que nos lembramos dele. Olhar para trás ou viver constantemente lembrando do que aconteceu, sem aprender nada com isso, nos prende ao arrependimento, à culpa e até mesmo à crítica, não permitindo que avancemos.

“O passado é uma caixa cheia de cinzas. Não viva no ontem nem no amanhã, e sim no aqui e agora.”
– Carl Sandburg-

As correntes do passado

Há pessoas que têm suas vidas presas a um momento de êxito ou a uma experiência de sofrimento anterior. Vivem como se aquele instante nunca tivesse terminado e contagiam todo o seu presente com isso, relembrando uma vez ou outra o acontecido.

Viver pensando no que aconteceu não soma nada, nem acalma nossos sentimentos. Simplesmente nos transporta para um momento no qual nos inundamos e nos contagiamos por suas sensações. Isso acontece tanto com lembranças positivas quanto com negativas. Não podemos depender disso, pois estaremos nos enganando. Ficar no passado nos impede de crescer e de ver nossas possibilidades de mudança.

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Se nos acomodarmos no sofá do “já tentei uma vez e não tive bons resultados”, “me apaixonar me trouxe mais sofrimento do que alegrias”,”confiar não adianta nada, porque no fim das contas todo mundo se relacionada por interesse”ficaremos na sala de espera da nossa própria vida, como meros espectadores do que acontece ao nosso redor. Com esta atitude, escolhemos ser o personagem coadjuvante do nosso filme, à mercê dos demais e das circunstâncias.

O passado, por bem ou por mal, já teve seu momento. Não é pensando muitas vezes nele que ele acabará, nem iremos resolvê-lo fugindo dele. Mas se enfrentarmos o passado, poderemos construir novas atitudes e caminhos.

Romper com os laços do passado

Qualquer experiência ou situação é vista através dos olhos do passando, outorgando a ele um sentido em relação ao vivido. Nossas experiências precedentes marcam nosso presente e nosso futuro, e não podemos evitar que isso aconteça.

No entanto, tudo depende de se a nossa relação com o passado se encontra mediada por correntes que nos prendem ou por trampolins que nos impulsionam à frente graças aos nossos aprendizados.

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Se você usa o passado como sofá, acomodando-se em seus problemas, em suas tentativas falhas de sucesso ou nas  feridas abertas  de seus relacionamentos, você pode ficar preso por todos os laços que o impedem de avançar. Embora o passado esteja marcado com êxito, as mesmas fórmulas nem sempre funcionam.

Se, pelo contrário, seu passado for utilizado como um professor com o qual você aprende com erros e virtudes, servindo como condutor, você pode conseguir continuar desenvolvendo todas as suas potencialidades. O passado pode doer e nos prender, podemos ficar com ele, fugir ou aprender com seus ensinamentos. Sendo assim, de alguma forma, somos nós quem escolhemos no fim das contas.

  • Se permanecermos no passado, enganaremos a nós mesmos e criaremos rígidas correntes que vão impedir o nosso próprio crescimento, nos condenando através da culpa, da crítica ou do desprezo.
  • Se fugirmos do que vivemos, vamos acabar gerando um vazio que será preenchido por nossos medos e inseguranças.
  • Se decidirmos aprender com o passado, em primeiro lugar vamos enfrentá-lo e, então, estaremos dispostos a tirar o suco de cada um dos aprendizados que o passado pode nos proporcionar. Romperemos com as cadeias e construiremos os impulsos necessários para continuarmos avançando.

Construa o trampolim que irá impulsioná-lo até seus sonhos

O trampolim até nossos sonhos é construído enfrentando o passado com a atitude de querer aprender com o que foi vivido. Em vez de se queixar, sentir culpa ou ressentimento por seu último relacionamento, por suas tentativas falhas ou por uma desilusão procedente do comportamento de algum amigo seu, reflita sobre o que você pode aprender com isso.

Isso, que parece ser tão simples de ler, leva a uma sensibilização e vontade de crescer, junto do compromisso de não ficar pairando na superfície das experiências.

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Como aprender a lidar com suas experiências pode ajudá-lo em seu dia a dia? Como você se relaciona com a construção do trampolim que lhe permitirá alcançar tudo aquilo que você quer? Muito simples: nosso crescimento pessoal está totalmente conectado com a relação que o passado tem com o nosso do dia a dia.

Vamos pensar um pouco: se eu aprendo a lidar com as pessoas ao meu redor, com questões do meu trabalho ou a lidar com as minhas próprias emoções graças às experiências do passado, isso me permitirá focar de uma maneira mais clara todas as minhas energias em conseguir o que desejo, construindo esse trampolim propulsor.

Do contrário, poderíamos ficar apenas no que já sabemos ou já vivemos, alimentando um perigo. A comodidade do sofá, do conhecido, da sua zona de conforto, é extremamente atraente e tranquila, mesmo que tenha pitadas de sofrimento. O que realmente dá medo é o risco envolvido com o mergulho no desconhecido… Mas, como continuar crescendo e aprendendo?

O passado pode servir como sofá para se lamentar ou como trampolim para continuar crescendo em direção aos seus sonhos. A opção está em seu pensamento.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.