Vamos mimar nossa autoestima

Vamos mimar nossa autoestima

Última atualização: 21 agosto, 2016

Ter uma autoestima saudável é primordial para qualquer ser humano, pois quando amamos a nós mesmos enfrentamos a vida com mais alegria e confiança e isso fará com que alcancemos mais metas e mais portas sejam abertas. Com isso, vamos nos sentir mais realizados.

6 sintomas de uma baixa autoestima

  1. Conformismo, falta de motivação: é quando deixamos de lutar por nossos sonhos porque acreditamos que não seremos capazes de alcançá-los. Acreditamos que somos pouco valiosos.
  2. Timidez, medos, inseguranças: é o medo infinito de ficar mal, o medo do que os outros pensam de nós e de ser ridicularizado. Incapacidade de tomar uma inciativa.
  3. Negligência tanto física quanto no estilo de vida: descuidar da aparência física ou, pelo contrário, passar para o outro extremo de se arrumar em excesso para esconder a falta de autoestima. A pessoa não leva um estilo de vida saudável, come mal, não se exercita etc.
  4. Negatividade e rigidez. qualquer coisa que acontece, qualquer erro cometido, é motivo para faltar com respeito para consigo mesmo, de desvalorização e culpa. A pessoa é pouco compreensiva e pouco flexível consigo mesma.
  5. Perfeccionismo e negação às mudanças: a pessoa se estressa em excesso diante de qualquer mudança em sua vida, inclusive se essa mudança for positiva. Prefere o que lhe é conhecido por medo de não estar à altura de outra coisa. Ela será também perfeccionista, porque fazer algo ruim seria motivo de autoculpabilização, brigas internas e mais desvalorização pessoal.
  6. Tratar mal os outros: muitas pessoas com baixa autoestima atacam outros para se sentirem mais valiosas, já que que, se alguém é capaz de converter outra pessoa em vítima, sentirá que tem poder e se colocará por cima. Essa situação lhe traz alívio e autoengano, fazendo-a acreditar que é superior.

O que podemos fazer para aumentar a autoestima?

A seguir, 8 hábitos que podem ajudá-lo a ter uma autoestima mais saudável:

1. Autoconhecimento

Se alguém não se conhece, não pode amar a si mesmo. Alguma vez você já amou alguém que não conhecia? É pouco provável, já que o amor surge diante do conhecimento e do descobrimento emocional.

É muito importante que saibamos quais são as nossas virtudes e os nossos defeitos, pois, se não sabemos, não poderemos cumprir os seguintes pontos. Muitas vezes alguém não é capaz de se olhar de forma realista, porque a baixa autoestima pode distorcer a realidade, trazendo negatividade em excesso.

Nesse caso, seria necessário contar com a ajuda de alguém, não somente de confiança, mas que tenha o conhecimento para poder ajudar. Uma vez que saibamos quem somos, e até onde vamos, podemos começar a viver efetivamente.

Por exemplo: um pássaro voa como ninguém, mas, se vai para a água, não há nada que se possa fazer. Uma pessoa pode ser especialista em informática, mas pode não ser muito boa em trabalhos manuais.

O mais inteligente seria encaminhar sua vida para a informática e não para tarefas artesanais, já que, muitas vezes, desconhecer a nós mesmos faz com que optemos por caminhos errados. Se você não sabe quais são seus pontos fortes e seus pontos fracos, sua vida não será bem direcionada.

2. Mantenha o foco em suas virtudes

Todos temos virtudes e defeitos. Absolutamente todos! A questão é que as pessoas que se mostram mais seguras estão focadas completamente em suas virtudes, deixando os defeitos em segundo plano.

Os pensamentos são como uma bola de neve que vai ficando cada vez maior, por isso, se seu centro de atenção é nos defeitos, sua insegurança e mal-estar vão aumentar. Ao invés disso, se você mantiver o foco em suas virtudes, é sua segurança que vai crescer.

3. Mantenha seus pensamentos sob controle

As pessoas que têm a autoestima baixa tendem a dar asas a pensamentos negativos. Desvalorizam-se, pensam que são pouco capazes, que os outros são melhores, etc. Inclusive, há aqueles que criticam a si mesmos e se insultam continuamente.

Cada um deve se respeitar e se tratar com carinho, pois, se não fizer isso, será impossível que a autoestima melhore. Tente mudar os seus hábitos de pensamentos e transformar o seu diálogo interior.

Adquira o hábito de conversar com você mesmo com palavras boas e lisonjeiras.

Tenha paciência com você mesmo e, sobretudo, seja muito flexível e compreensivo. Produzir negatividade contra nós mesmos somente servirá para nos afundarmos em insegurança cada vez mais.

Se você tem um inimigo interno que não para de sabotá-lo e dizer: “não pode”, “não é capaz”, “isso não é para você”, “você não merece isso”, “você não é valioso”, “não vai dar certo, não tente”… Substitua esse inimigo por um aliado que o valorize e lhe diga: “pode fazer isso”, “é capaz”, “você merece isso”, “amo você”, “você é um gênio”, “tente e, se não ser certo, não tem problema, vai aprender e acabará fazendo certo”…

Se você se acostumar a ser o seu próprio aliado, ao invés de seu inimigo, vai ter mais segurança, já que essas frases no seu pensamento são determinantes para encorajá-lo a acreditar em você mesmo.

4. Adeus rótulos

Livre-se completamente de todos os seus rótulos. Não relacione seu valor pessoal a nada externo. Nem a seu cargo no trabalho, nem a suas posses, nem a seu sucesso amoroso etc. Seu eu interior não tem nada a ver com o que você possui.

Provavelmente, se você tem uma autoestima baixa, vai se sentir pior que os outros ou se sentirá pouco valioso, por exemplo, por estar desempregado ou por não ter um parceiro. A boa notícia é que nada disso importa.

É possível ter uma autoestima saudável sem a necessidade de ter grandes coisas externas, porque o que importa não está fora, mas dentro de cada um.

O segredo é dar-se valor pelo que você é como pessoa, por seus valores, sua maneira de ver a vida, sua forma de tratar os outros, sua bondade, sua integridade, fidelidade etc.

5. Responsabilidade de cada um

Cada pessoa deve assumir sua própria responsabilidade. Não vale jogar a culpa nos outros sobre nossas inseguranças e nossos problemas. Os outros também nos influenciam, mas, no fim, cada um faz as suas escolhas e não eles, por isso somos responsáveis pela nossa vida.

O que acontece do lado de fora da gente é uma coisa, mas depois você decide o que fazer com essa situação.

Se, por exemplo, alguém não o trata bem e você decide, mesmo assim, começar uma relação, não poderá jogar a culpa da infelicidade nele, já que o escolheu em algum momento, por inexperiência, confiança, etc. No entanto, é nossa responsabilidade e, da mesma forma que começamos em algum momento, também podemos terminar.

Tudo o que existe em nossa vida, seja bom ou ruim, conquistamos de alguma forma. Mesmo que haja exceções e, às vezes, a má sorte nos deixe em situações que não escolhemos, sempre é possível tomar decisões que mudem as situações. Outra coisa é contar com a segurança e coragem de enfrentar as mudanças.

Enquanto você continuar a não assumir culpas, não vai conquistar a autoestima, pois isentando-se de responsabilidades, nunca vai começar a mudar. Ao invés disso, se passar a assumir as responsabilidades e perceber que o volante da sua vida é seu, começará a cuidar dela e se atreverá a tomar decisões para mudar o que não o satisfaz.

Esses atos que começar a praticar para melhorar sua vida darão a você a sensação de amor próprio, porque estará fazendo algo para ajudar a si mesmo e, do mesmo modo que sente gratidão e amor quando recebe ajuda de alguma pessoa, vai sentir o mesmo ao se ajudar.

6. Qual é o seu propósito?

É importante não deixar que a corrente nos leve. Todos podemos administrar nossa vida e não deixá-la à mercê da sorte.

Devemos estabelecer metas e criar planos de ação para nos aproximarmos delas, já que, se você não tem propósitos de vida, não poderá mostrar suas ferramentas para alcançar as coisas e isso fará com que fique estacionado em seu desenvolvimento pessoal.

A autoestima vai se formando com base em experiências e sucessos. Logo, se você evitar enfrentar situações e propósitos, não poderá melhorá-la, pois seria como fingir que um jogador de basquete jogou de forma genial sem ter passado pela fase de treinamento e pelas horas de jogo.

7. Cuide-se e elogie a si mesmo

O que você faz quando ama alguém? Seja um filho, amigo, familiar… Quando amamos e valorizamos uma pessoa, é nosso instinto cuidar e lhe dar o melhor que temos dentro de nós. Parece que não vemos os defeitos e multiplicamos as virtudes.

O mesmo deve ser feito com você: cuidar-se com um alimentação equilibrada, praticar exercício, escutar seus desejos, perseguir seus sonhos, dar-se algum presente, desfrutar aquilo que o agrada, ser capaz de dizer “não” quando assim desejar, etc.

E, além de se cuidar, não se esqueça de se elogiar. Tenha foco no melhor que você possui e explore, elogie e sinta-se orgulhoso por isso. Você é um ser único e todos temos virtudes, a questão é que algumas pessoas não são capazes de enxergá-las, pois estão muito focadas nos defeitos.

Você deve adotar o hábito de se elogiar interiormente muitas vezes, pelas coisas boas que tem e pelas coisas que vai conquistando — e não é necessário que sejam grandes coisas. Até mesmo o fato de se atrever a enfrentar algo que lhe cause medo já é um motivo para se elogiar, porque está fazendo algo para melhorar sua vida e isso merece um reconhecimento.

Quem nunca ouviu a frase: “Que isso… São seus olhos!”. Quando se olha com os olhos do amor, tudo o que se vê é diferente. Por isso, precisa se amar de uma maneira em que seja capaz de enxergar tudo de bom que você tem a oferecer. Quando começar a se amar mais, será mais fácil enxergar suas virtudes.

8. Aceitação pessoal

Sem aceitação não existe bem-estar nem segurança. Quando você não aceita seus defeitos, eles parecem mais fortes. No entanto, quando começar a se reconhecer e se aceitar, eles, curiosamente, vão sendo minimizados.

A perfeição, entre outras coisas, é um motivo para a falta de aceitação. Crescemos com propagandas, filmes etc. em que se promovem a perfeição. Não paramos de ver, quando chega o verão, métodos para começar a “operação biquíni”, cuidados com a pele para ficar sempre jovem, cremes dentais que nos prometem os mesmos dentes brancos dos astros do cinema.

Nos ensinam que precisamos estar sempre maravilhosos, mesmo que não tenhamos percebido, e esse é um dos motivos que pode provocar a falta de aceitação pessoal. Tudo na vida tem seu lado bom e ruim, em tudo há uma balança de prós e contras.

Devemos saber que todos temos um lado bom e um ruim, tanto fisicamente como em traços da personalidade. Aceite que você é humano e, como todos, tem seus defeitos e qualidades.

Tendemos a aceitar só o que é bom e não percebemos que o que não é tão bom também é importante e existe por algum motivo. No entanto, não há arco-íris sem chuva. O ser humano desfruta e elogia a beleza de um arco-íris, mas se queixa e rejeita a chuva.

Tudo tem duas vertentes e elas se complementam. Se você rejeita seus defeitos, sua autoestima vai sofrer. É preciso aceitá-los e, curiosamente, quando são aceitos eles geralmente melhoram.

Aceitar-se não significa se conformar. Tudo bem se tentarmos melhorar algo de que não gostamos. Aceitar-se é não se sentir incomodado pelas coisas que não gostamos em nós mesmos, mas, mesmo se quiséssemos mudar certas coisas, somos capazes de não rejeitá-las e aceitar que, neste momento, sou assim, sem incômodos, sem angústias nem sentimentos negativos.

Devemos nos aceitar mesmo quando não gostamos de coisas em nós mesmos. Da mesma forma, devemos nos amar e trabalhar para melhorar o que faz falta, sem sentimentos negativos, mas sim com amor.

Imagem cortesia de Alba Soler.


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