Vivo para ser feliz, não para ser comum

Vivo para ser feliz, não para ser comum

Última atualização: 29 julho, 2017

Na hora de construirmos a nossa vida, nós repetimos os padrões criados por outras pessoas como se esse fosse o caminho para ser feliz; mas será que é mesmo assim? A pressão cultural e social nos levou a acreditar que o comum é a estabilidade e que isso vai nos ajudar a alcançar o bem-estar.

Diversos estudos sobre a felicidade descobriram que estar cercado de pessoas positivas, gratas, entusiasmadas e que participam de atividades pouco comuns nos contagia com esse bem-estar. A capacidade de fazer coisas fora do comum nos transmite uma energia especial, que nos permite ver a vida de uma maneira mais reconfortante, ou descobrir atividades que não conhecíamos e nas quais somos bons.

O tesouro mais cobiçado dos nossos tempos é o apreço da felicidade, mas talvez estejamos errados na maneira de procurá-lo. Copiar e repetir os objetivos dos outros sem sequer adaptá-los às nossas vidas pode fazer com que deparemos várias vezes com a frustração.

“A verdadeira felicidade é conseguir desfrutar o presente sem a dependência ansiosa do futuro.”
-Sêneca-

Você vive para ser feliz?

Ficar paradoxalmente obcecado pela felicidade pode nos trazer mais infelicidade. Um estudo conduzido por June Gruber, professora de Psicologia da Universidade de Yale, sugere que buscar constantemente uma forma de ser feliz pode gerar angústia. Isso acontece quando a pessoa em busca da felicidade pensa que todas as sugestões para alcançá-la são apropriadas para ela e que, portanto, devem fazer de tudo até atingir essa meta. Também acontece quando, depois de criar uma estratégia, os primeiros passos não apresentam grandes avanços.

Mulher caminhando por estrada vazia

Portanto, mais do que tentarmos ser felizes, temos que tentar ser genuínos. As pessoas genuínas, por definição, têm uma boa autoestima. O original é real e o autêntico é confiável, portanto vamos deixar de passar por algum tempo por caminhos comuns e vamos começar a traçar nossos próprios caminhos. No início será mais difícil, mas depois tudo ficará mais fácil, pois tudo aquilo que vimos que ficou para trás está relacionado conosco. Assim, nos encontraremos em qualquer uma das lembranças que recordarmos.

Não podemos ser felizes vivendo a vida dos outros. Cada pessoa tem características peculiares e uma visão única da vida, o mesmo acontece com a felicidade.

Em um estudo de 2008 publicado no Journal of Counseling Psychology, pesquisadores do Reino Unido descobriram que as personalidades autênticas estão correlacionadas com o sentido de uma pessoa viver de forma genuína. Eles descobriram que as pessoas que expressam um alto sentido de autenticidade também mantêm níveis mais elevados de autoestima e bem-estar.

As pessoas autênticas não só separam um momento para refletir sobre sua perspectiva da vida e das experiências que as fazem felizes, mas também compartilham com outras pessoas. Inclusive a maioria faz isso com a alegria que se espalha ao defender um trabalho pessoal, único e representativo.

Se você quer ser feliz, seja pouco comum

O doutor Tal Ben-Shahar, professor da Universidade de Harvard e especialista em Psicologia Positiva, argumenta que a alegria pode ser aprendida. Aprender da mesma forma que uma pessoa aprende a esquiar ou a jogar tênis: com técnica e prática. Entre seus conselhos principais para se sentir feliz, estão segredos pouco comuns para alcançar nosso bem-estar.

Mulher soprando bolhas de sabão

Entre todos eles, celebrar os fracassos é um dos mais importantes. Poucas pessoas celebram seus fracassos; na verdade, costumamos nos castigar quando falhamos em alguma coisa. Esse doutor em Psicologia argumenta que aceitar as emoções negativas faz com que consigamos desfrutar a positividade e a alegria. Assim, não saber perdoar a si mesmo está relacionado com a presença de transtornos como a depressão, a ansiedade e a baixa autoestima.

Outra ocorrência comum na nossa sociedade que nos afasta da felicidade tem a ver com a confusão entre o bem-estar e o dinheiro. Muitas pessoas querem o primeiro, mas dedicam seu tempo para o segundo, esquecendo que a felicidade depende do nosso estado mental, não da nossa conta corrente.

Imagem principal de Mariana Kalacheva


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