Você conhece o significado das palavras Sawabona e Shikoba?

Você conhece o significado das palavras Sawabona e Shikoba?

Última atualização: 12 fevereiro, 2016

Existe uma tribo no sul de África com um costume verdadeiramente belo. Quando alguém se comporta de forma inadequada, os membros da tribo levam essa pessoa ao centro de sua aldeia e todos a rodeiam. Durante dois dias eles recordam a essa pessoa todas as coisas boas que ela já fez. Esse costume é conhecido como Sawabona e Shikoba.

Esta tribo acha que todos nós viemos ao mundo sendo bons e desejando segurança, amor, paz e felicidade. Ocorre que na busca de nosso lugar, no dever de nossa vida, podemos cometer erros. Estes deslizes são para eles gritos impacientes de auxílio, pedidos de ajuda.

Eles acreditam que no anseio de se sentirem seres especiais e bons, as pessoas às vezes falham em seu comportamento. Então, reúnem-se para direcionar os que erraram e reconectá-los com sua verdadeira natureza, recordando-lhes de quem eles são e, na realidade, lembrando-os de que podem dar novamente a mão à sua verdade.

sawabona

Assim, quando isto ocorre, todos lhe repetem “Sawabona e Shikoba”. “Sawabona” significa “eu respeito você, valorizo você e você é importante para mim” e a pessoa responde “Shikoba”, que quer dizer “então… eu sou bom e eu existo para você”. Este ato de reconhecimento reconstrói o interior maculado da pessoa que errou, fazendo com que ele se sinta querido e valorizado.

Sawabona e Shikoba

Utilizando a linguagem do amor, esta tribo lembra diariamente que todos são especiais e que o interior de todas eles é bom, ainda que às vezes não atuem de forma correta.  E a verdade é que, com este formoso e singelo ato, transmitem a mensagem de que nunca é tarde demais para ser quem se quer ser. Não há um tempo concreto para o fazer ou para o não fazer; pode-se começar quando se deseja, mas lembre-se de que ganha-se mais com a paciência do que com violência.

Em ocasiões, quando nos comportamos de forma inadequada, estamos pedindo aos gritos que alguém faça com que nos sintamos valiosos. Sim, é um grito ao amor, ao apreço e ao carinho. Se conseguíssemos imaginar que cada um de nós tem um letreiro que implora “quero me sentir importante e especial”, nossos contatos seriam mais puros e benevolentes e criaríamos um verdadeiro interesse pelas pessoas que temos diante de nós.

A comunicação emocional está doente em nossa sociedade; não somos hábeis na hora de nos considerarmos e nem aos demais. O belo comportamento desta tribo nos mostra a importância do valor, do respeito e do carinho pelos demais e, assim, devemos educar os nossos pequenos. A partir desta premissa, sempre será possível influenciar e salvar, já que, hoje em dia, vivemos em um meio perigoso, que carece de moral, motivação e autoestima para sair pela vida e enfrentar ao mundo.

Se compreendermos este ensinamento, iremos muito além de sermos simplesmente educados e amáveis, nós mostraremos ao mundo um sorriso como carta de apresentação, como uma bandeira branca, como um sinal de paz, que inundará nosso dia a dia de gratidão e confiança.

Além de nos motivarmos, também existe a possibilidade de motivarmos aos demais, a partir do conhecimento mútuo do ser, das próprias emoções e das alheias. Desta forma, contribuiremos com uma grande quantidade de informação emocional, tremendamente interessante na hora de nos relacionarmos com o mundo. Receberemos a mesma sensibilidade e consideração que outorgamos e, assim, aumentaremos a qualidade e a influência de nossas relações.

Esperamos que chegue o dia no qual aprendamos a importância do Sawabona e Shikoba em nossa sociedade. Todos nós, sem exceção, precisamos que o nosso meio nos lembre de que estamos percorrendo um bom ou um mau caminho, e que somos seres maravilhosos que conservamos, antes de mais nada, a capacidade de corrigir, surpreender, de sentir, de conhecer e de nos sentirmos orgulhosos. E, sobretudo, nos darmos conta de que se não nos comportamos da forma mais adequada, sempre teremos o poder e a força para começar de novo e corrigirmos os nossos erros. Sawabona e Shikoba, que lindas palavras!

Imagem cortesia de Dietmar Temps


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