Você é viciado em "WhatsApp"?

Você é viciado em "WhatsApp"?

Última atualização: 19 janeiro, 2016

Um tique, dois tiques… agora estão azuis. Por que não me responde se já leu a mensagem? Este aplicativo pode chegar a ser mais do que um meio de comunicação. A dependência do WhatsApp é mais frequente do que você imagina, e talvez você sofra dela sem perceber.

Caso N° 1:  “Assim que eu acordo olho os meus contatos que estão on-line…Como pode ser que o meu namorado esteja disponível se supostamente na empresa ele não pode usar o celular? Então, se está conectado, por que não respondeu a minha última mensagem que já está marcada com os dois tiques azuis? Tenho que ligar para ele… ou melhor, vou escrever para ele de novo. De novo dois tiques… você está me evitando?

Caso N° 2: “Desde que a garota que eu gosto e eu estamos falando através do WhatsApp não deixo que o celular esteja sequer a 30% de bateria. Corro para carregá-lo, vai que apaga e justo ela me deixa uma mensagem. O pior de tudo é quando aparece a indicação em verde dizendo “escrevendo…”, mas depois desaparece e não tem mensagem. Foi apagado! Não quer me responder!

Caso N° 3: “O professor já me chamou a atenção duas vezes porque estou com o celular na aula, mesmo que eu o tenha colocado para vibrar. Mas enquanto está explicando o Teorema de Pitágoras, ouço como de novo o celular vibra dentro da minha mala. Eu tenho que responder! É questão de vida ou morte! Não posso fazer os meus amigos esperarem, pois estão organizando o programa deste fim de semana (claro, porque eles tem um professor que não fala nada se usam o WhatsApp na aula)!”

Se alguns destes casos lhe são familiares por coincidência, talvez você esteja padecendo de uma dependência a este aplicativo, o mais usado nos últimos tempos em todo o mundo. Talvez você esteja usando o WhatsApp de forma um tanto “obsessiva”.

Mesmo que para você não seja um problema olhar o celular a toda hora, pode ser que seja para as pessoas que o rodeiam. Pessoas estas que precisam da atenção e da dedicação que você dá aos seus contatos através do aplicativo.

Para que uma pessoa seja considerada dependente do WhatsApp, o uso do aplicativo deve ter uma influência negativa significativa na sua vida. A pessoa dependente não duvida em sacrificar outras atividades que gostaria de fazer ou alguma das suas obrigações por estar atento aos seus contatos e às conversas que mantém com eles.

Se você responde mensagens no WhatsApp caminhando como um zumbi pelas ruas, você pode correr o risco de sofrer um acidente. Se você não se concentra no seu trabalho ou estudo, se o aplicativo é seu companheiro imprescindível na hora de jantar em vez de travar uma conversa com a sua família ou se você está mais preocupado com as mensagens do que com a sua própria vida… então provavelmente você tem um problema.

Outros “sintomas” da dependência do WhatsApp são: não deixar de olhar o celular a cada cinco minutos, crer ter ouvido o som que o celular faz quando recebe uma mensagem, que este seja uma extensão da mão, que você não queira deixá-lo nem para tomar banho ou que responda as mensagens logo que chegam, sem deixar passar sequer um minuto.

Mas atenção, embora possamos achar que o WhatsApp seja uma moda ou uma tendência passageira, muitas pessoas precisam se tratar pela sua dependência em relação à ferramenta dos dois tiques azuis. Ela pode causar ataques de nervos, de ansiedade, de ciúmes, problemas de casal, de concentração, no estudo, acidentes na rua, desinteresse pela vida real, falta de comunicação real com as pessoas ao redor, etc.

Como reduzir o uso do WhatsApp?

Se mais de uma vez disseram para você que está um pouco obcecado com este aplicativo, ou depois de ler este texto percebeu que você se identifica com os casos gerais ou os sintomas, vale a pena prestar atenção às seguintes ideias para reduzir o uso e a dependência do WhatsApp:

1- Desligue as notificações:  o som é uma distração quando você precisa se concentrar em outra coisa. Se o seu celular também tem luz de aviso, retire-a também. Você pode planejar um momento do dia para checar e responder as suas mensagens, mas não pode ser a tarefa que sempre tenha a máxima prioridade e que o obrigue a interromper ou o impeça de realizar outras atividades.

2- Deixe o telefone longe da sua vista:  não o deixe em cima da sua mesa ou escrivaninha, guarde-o em uma mala ou mochila, de preferência em um lugar onde você tenha que se levantar para chegar até ele.

3- Desligue o seu celular a noite: isto repercutirá positivamente no seu descanso, já que as ondas eletromagnéticas que recebe das antenas da cidade não afetarão o seu cérebro. Você também pode desativar o Wi-Fi ou o plano de dados que possui.

Se tudo isto não funcionar, pense seriamente em eliminar o aplicativo, mesmo que isto signifique ficar “isolado” do mundo. Pense que todos pudemos viver muito tempo sem aplicativos de mensagens instantâneas, inclusive sem mensagens curtas e telefones celulares.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.