Aprenda 5 métodos para otimizar a memória
Graças à memória, decodificamos, armazenamos e recuperamos informações. Assim, a maioria de nós desejaria encontrar meios para otimizar a memória. No entanto, é possível encontrar métodos práticos para aumentar nossa capacidade recordar informações?
A resposta para essa pergunta é sim! As pesquisas revelaram várias estratégias que podem ser usadas para desenvolver uma memória superior, com tudo o que isso implica. Entre os melhores métodos para otimizar a memória, encontramos a técnica da palavra-chave, o método de loci, o fenômeno da codificação específica, a organização do material dos textos e a organização de anotações, entre outras. Vamos nos aprofundar nesse assunto.
A técnica da palavra-chave para aprender outras línguas
Imagine que você faz aulas de um idioma diferente. Você precisa aprender longas listas de vocabulário para entender o que ouve. Uma forma de tornar essa tarefa mais fácil consiste em empregar a técnica da palavra-chave.
Por meio da técnica da palavra-chave, relacionamos uma palavra desconhecida a uma palavra comum na língua que falamos que tenha um som parecido. A palavra em português é chamada de palavra-chave. Uma vez que se tenha estabelecido uma palavra-chave, é preciso formar uma imagem mental dela “interagindo” graficamente com a tradução ao português.
Por exemplo, você pode pensar em um médico que examina um pato para se lembrar da palavra “duck” ou que quando algo bate no seu olho e você fala “ai” para se lembrar da palavra “eye”. Essa técnica produziu resultados muito superiores na aprendizagem do vocabulário de línguas estrangeiras do que a simples repetição.
“Nunca guarde na cabeça aquilo que cabe no bolso.”
-Albert Einstein-
O método de loci para organizar o discurso
Quando os oradores da antiguidade grega tentavam memorizar longos discursos, eles utilizavam o método de loci (loci significa lugares, em latim) para organizar o pensamento do que iriam falar. Empregando essa técnica, supomos que cada parte do discurso se localiza em um lugar específico dentro da construção.
Por exemplo, você pode pensar que o prefácio da sua fala está na entrada da sua casa. O tema mais importante estaria na sala. O tema seguinte, na sala de jantar e assim sucessivamente.
Essa técnica pode ser facilmente adaptada para aprender listas de palavras também. Cada palavra da lista estaria localizada em uma série de lugares em sequência. Esse método funciona melhor se forem empregadas imagens extravagantes.
O fenômeno da codificação específica
Alguns pesquisadores sugerem que a informação é mais facilmente recuperada em um ambiente igual ou muito parecido com aquele em que memorizamos. Esse fenômeno, denominado “codificação específica” foi descoberto por Thompson e Thompson em 1973.
Assim, você pode se sair melhor em uma prova se estudar na mesma sala onde vai realizar o exame. Por outro lado, as características da prova, tais como os enunciados através dos quais são feitas as perguntas, às vezes têm tanta força que superam de longe as técnicas mais sutis relacionadas à codificação e ao armazenamento original do material.
“A memória é como o mau amigo; quando você mais precisa, falha.”
-Provérbio-
A organização do material dos textos para otimizar a memória
A maior parte das tarefas cotidianas de memória não implicam listas de palavras, e sim textos que foram lidos. Então, como facilitar a memorização desse tipo de material? Uma técnica demonstrada para memorizar melhor o material escrito consiste em organizá-lo na memória quando for lido pela primeira vez.
Para isso, é preciso conhecer a estrutura e o conteúdo do material, dando uma olhada geral no índice de conteúdo, nos aspectos mais relevantes do capítulo, nos subtítulos, etc. Isso deve ser feito antes de ler determinado capítulo. A compreensão da estrutura do material vai permitir memorizá-lo com mais facilidade.
“Somos nossa memória, somos esse quimérico museu de formas inconstantes, esse monte de espelhos quebrados.”
-J. L. Borges-
Outra técnica consiste em fazer a nós mesmos perguntas sobre o material que acabamos de ler e respondê-las depois. Formular perguntas nos permitirá realizar conexões e descobrir relações entre os vários fatos específicos. Isso vai facilitar o processamento mental do material escrito.
A organização de anotações para ajudar a memorizar
“Quanto menos, melhor”. Talvez essa seja a recomendação mais adequada para fazer anotações que facilitem a memorização. Em vez de tentar transcrever todos os detalhes de uma conferência, é melhor escutar e pensar a respeito do material. É melhor anotar os aspectos principais depois de tê-los considerado num contexto mais amplo.
Quando fazemos anotações de forma eficiente, é mais importante pensar antes no material do que escrever diretamente. Essa é uma das razões pelas quais pedir anotações emprestadas de outra pessoa não é uma boa alternativa. Você não terá um marco de referência na memória que sirva para compreender as anotações.
Como pudemos ver, essas cinco técnicas para otimizar a memória podem ajudá-lo a fixar melhor os conhecimentos e a recuperar mais facilmente as informações na memória. Experimente!
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