5 razões pelas quais nos apaixonamos, segundo a ciência

A ciência ressalta que as razões pelas quais nos apaixonamos têm a ver com fatores que muitas vezes passam despercebidos. Sem perceber, somos atraídos por alguém que atenda a certas características relevantes.
5 razões pelas quais nos apaixonamos, segundo a ciência
Gema Sánchez Cuevas

Escrito e verificado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Última atualização: 22 abril, 2020

O amor sempre terá algum mistério; de fato, é o próprio mistério que lhe dá parte de seu encanto. Pelo menos por enquanto, ainda não sabemos definir, com precisão e em todos os casos, as razões pelas quais nos apaixonamos por uma pessoa e não por outra.

Algumas conclusões sobre a parte mais misteriosa do amor foram publicadas no Journal of Personal and Social Psychology. Essas conclusões foram baseadas em algumas pesquisas feitas sobre esse assunto. Por outro lado, embora não pretendam ser a última palavra, definem algumas das razões pelas quais nos apaixonamos.

Assim, o que chamamos de “química amorosa” é, acima de tudo, uma atração que nasce de características específicas. Quando uma pessoa reúne vários desses traços, parece gerar uma espécie de campo magnético seletivo.

Bom, em torno dessa força, hoje nos perguntamos: quais são essas razões pelas quais nos apaixonamos? Aqui estão cinco delas.

Apaixonar-se é sentir-se encantado por algo, e algo só pode encantar se é ou parece ser perfeito”.
– José Ortega y Gasset –

Casal se olhando nos olhos

1. Razões pelas quais nos apaixonamos: os iguais se atraem

Às vezes acreditamos que sentimos mais atração pelos opostos, mas a realidade não é bem assim. A semelhança atrai porque no amor do casal operam diversos mecanismos de identificação mútua. Para nos apaixonarmos precisamos sentir que o outro nos reafirma de uma maneira ou de outra.

O que acontece é que uma pessoa pode ter características muito definidas que na outra não são tão visíveis, ou estão inibidas por algum motivo. Ou que duas pessoas muito diferentes se atraiam porque os pontos em que coincidem são fortes o suficiente.

A verdade é que, de acordo com a ciência, nos apaixonamos por aqueles que percebemos como semelhantes a nós.

2. O outro tem características do pai ou da mãe

Este é um fator frequentemente mencionado na sabedoria popular e a ciência provou que tem bases reais. Nós nos apaixonamos mais facilmente por alguém que se parece com um dos nossos pais. Essa semelhança nem sempre é tão óbvia, mas quando nos aprofundamos, a encontramos.

A semelhança com um dos nossos pais pode estar na aparência física, na maneira de olhar ou sorrir, mas costuma estar em um traço de personalidade.

O senso de proteção ou a exigência, uma certa maneira de encarar a vida… Identificamos facilmente essas características com o amor pelos nossos pais e a faísca se acende.

3. A conversa é uma das razões pelas quais nos apaixonamos

A comunicação é, talvez, o fator mais decisivo no amor. Nós nos sentimos muito bem com aquelas pessoas com as quais podemos conversar espontaneamente. Aqueles que são capazes de nos ouvir sem serem condescendentes e comunicar o que pensam e sentem.

Foi provado que sempre sentimos mais afinidade com alguém depois de ter mantido uma conversa pessoal com esta pessoa. Se a comunicação fluir naturalmente, há muito mais chances de sentirmos uma atração especial. Definitivamente, uma das razões pelas quais nos apaixonamos é a palavra.

4. A extroversão apaixona

As pesquisas mostram que as pessoas extrovertidas “despertam mais amor”. Isso está relacionado ao ponto anterior. O extrovertido parece predispor melhor as condições para que a comunicação flua e a atração apareça.

Quando uma pessoa diz o que pensa e sente abertamente e sem inibições, gera confiança, calor e proximidade. As pessoas introvertidas, por outro lado, parecem dificultar esse contato. Isso não significa que elas não possam viver grandes amores, mas que, em geral, têm uma dificuldade maior para iniciar relacionamentos.

Cumplicidade do casal

5. Experiências extremas compartilhadas

As experiências extremas que são compartilhadas favorecem a geração de vínculos. Além disso, se nesse caminho compartilhado o casal em potencial encontrar alguma afinidade, o amor se tornará ainda mais provável. Por outro lado, as situações problemáticas compartilhadas também aumentam o desejo sexual.

Quando passamos por um episódio difícil, nos tornamos mais sociáveis. Duas pessoas podem ser unidas por um salto de paraquedas, mas também por uma perda compartilhada. A ciência ressalta que nesse tipo de situação somos especialmente sensíveis aos outros: o que eles fazem, dizem, compartilham, etc.

Na lógica do amor, nunca encontraremos todas as respostas. No entanto, a ciência nos dá pistas sobre as razões pelas quais nos apaixonamos. Isso se aplica no seu caso?


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