Ambientes de aprendizagem: definição, tipos e características

Os ambientes de aprendizagem são ambientes que permitem o ensino e a aprendizagem. Para cumprir sua função, eles devem atender a requisitos mínimos. Agora, quais são eles e o que podemos fazer para que estejam presentes?
Ambientes de aprendizagem: definição, tipos e características

Última atualização: 05 setembro, 2021

Você acha que podemos aprender em qualquer lugar? Ou o que são necessários certos requisitos “mínimos” para poder aprender? É isso que caracteriza os ambientes de aprendizagem: espaços ou ambientes onde a aprendizagem ocorre.

Locais (físicos ou virtuais) onde alguém ensina e outro aprende. Esses tipos de ambientes vão além das salas de aula clássicas (embora estas estejam incluídas) e também se concentram em ambientes digitais informais…

Mas o que exatamente são os ambientes de aprendizagem? Que características eles têm e que tipos existem?

O que são os ambientes de aprendizagem?

Os ambientes de aprendizagem são definidos como cenários onde é possível desenvolver um processo de ensino-aprendizagem. São construídos com dois objetivos principais: promover situações de aprendizagem organizadas e criar um ambiente ideal para os alunos estabelecerem uma relação com o professor.

Como é possível promover a aprendizagem organizada? Por meio de três elementos-chave: recursos ou materiais de ensino, a gestão das interações aluno-professor e a gestão do tempo de ensino.

A principal função dos ambientes de aprendizagem é promover a aprendizagem significativa, ou seja, garantir que o conteúdo ensinado seja aprendido ou adquirido de forma eficiente.

Características

O que deve ser considerado ao criar um ambiente de aprendizagem? Quais são as características desses espaços? Falamos sobre 4 elementos ou aspectos essenciais:

1. Conhecimento

Os ambientes de aprendizagem ideais

Quando ocorre um processo de ensino-aprendizagem, o conhecimento está sendo adquirido (ou, pelo menos, transmitido).

O conhecimento é a base do aprendizado, seja ele qual for. O conhecimento pode ser de todos os tipos e incluir aspectos acadêmicos, mas também informais (como a própria experiência de vida).

2. Materiais

Os materiais usados para apoiar esse processo de ensino-aprendizagem também são importantes. Por materiais entendemos atividades, leituras, exercícios, provas, aulas virtuais, aulas presenciais…

3. Organização do espaço

Outro elemento a ter em conta na criação de ambientes de aprendizagem é a organização do espaço. Se essa organização for boa e agradável, o aprendizado também será.

Uma sala de aula, por exemplo, deve ter iluminação adequada e ser bem ventilada. Deve ser organizada de forma que as interações entre alunos e professores sejam aprimoradas.

4. Abordar estilos de aprendizagem

Para ensinar de forma ideal, o perfil dos alunos deve ser conhecido. Não vamos esquecer que todos nós aprendemos de forma diferente.

Portanto, ao promover uma aprendizagem significativa, será importante se atentar para o estilo de aprendizagem de cada aluno. Na escola pública, com tantos alunos em cada turma, esta não é uma tarefa fácil.

Todos nós aprendemos em ritmos diferentes, temos interesses diferentes e vivemos em ambientes muito diferentes.

Tipos de ambientes de aprendizagem

Dependendo das suas características, encontramos até 4 tipos de ambientes de aprendizagem: físico, virtual, formal e informal.

Ambientes de aprendizagem física

Estamos falando da sala de aula clássica, aquele ambiente físico que envolve os alunos. É um espaço que costuma ser fixo, com horários fixos.

Permite a interação entre alunos e professor. Também é conhecido como contexto de sala de aula e engloba os recursos da escola, que devem ser adaptados para otimizar o aprendizado.

Ambientes virtuais de aprendizagem

Cada vez mais difundidos e usados, os ambientes virtuais de aprendizagem são ambientes digitais onde os processos de aprendizado também são desenvolvidos. Trata-se de aprender à distância graças ao uso de computadores, tablets ou celulares, por meio de aulas em formato virtual.

Quando vamos para as aulas virtuais, a presença física não é necessária; nós só temos que nos conectar. Nesse tipo de ambiente, os alunos se beneficiam de recursos interativos e digitais.

Uma vantagem desses ambientes? A maior autonomia que é permitida ao aluno.

Ambientes formais de aprendizagem

Os ambientes formais de aprendizagem são um conceito mais amplo e têm a ver com sistemas de educação institucionalizados e estruturados.

Esses ambientes são compostos por escolas públicas e privadas, que são regulamentadas por instituições estaduais e nacionais (ministérios da educação). Os ministérios são responsáveis por estabelecer quais conteúdos educacionais serão ensinados (e quais não serão) em cada etapa da escolaridade (da pré-escola à universidade).

Ambientes informais de aprendizagem

Por fim, os ambientes informais de aprendizagem, também outro conceito muito amplo, abrangem todos aqueles espaços onde a pessoa aprende, indo além da escola. Nesses ambientes, que não possuem um plano oficial de estudos ou um professor que ministra uma série de conteúdos, a pessoa vive experiências, se relaciona com o entorno e, por fim, aprende.

Exemplos desse tipo de ambiente? Conversar com um amigo, visitar um museu, viajar, assistir a exposições e palestras, e até ir ao cinema ou ao teatro.

Homem dando uma palestra sobre psicologia

Como vimos, os ambientes de aprendizagem são espaços, físicos ou virtuais, que permitem processos de ensino-aprendizagem. Existem vários tipos de ambientes, embora todos devam compartilhar certas características ou elementos mínimos.

Entre eles estão: um conteúdo a ser ensinado (ou algo a ensinar, mesmo que não seja formalizado), alguém para ensinar esse conteúdo, alguém que aprende, recursos e atividades didáticas para possibilitar esse aprendizado e uma organização adequada do espaço.

“A mente humana, uma vez ampliada por uma nova ideia, nunca recupera suas dimensões originais.”
-Oliver Wendell Holmes-


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