Os benefícios de ser empático

A empatia é uma capacidade que nos permite conectar com as pessoas e entendê-las profundamente. Falaremos sobre 9 dos seus benefícios a seguir.
Os benefícios de ser empático

Última atualização: 08 dezembro, 2020

Você se considera uma pessoa empática? Você já se perguntou quais são os benefícios de ser empático? Neste artigo, listaremos 9 benefícios de acordo com alguns especialistas, embora existam muitos outros. Você acha que temos empatia para nos sentirmos melhor ou para fazer os outros se sentirem melhor? O debate está aberto…

Os benefícios que listaremos dizem respeito à qualidade das relações interpessoais, à autoestima e à capacidade de ajudar e compreender os outros. A leitura de alguns deles certamente o incentivará a praticar e a aumentar a sua empatia.

“A grande habilidade do ser humano é ter o poder de empatia”.
– Meryl Streep, atriz –

O que é a empatia?

A palavra empatia vem do grego empátheia, que significa ‘paixão’. Esta palavra foi tomada dos gregos pela psicologia no início do século XX. Como resultado, o seu significado foi expandido. Atualmente sabemos que a empatia é uma das habilidades mais importantes que compõem a inteligência emocional.

É a capacidade de compreender a vida emocional de outra pessoa; isso inclui os seus pensamentos, emoções, sentimentos… Como já dissemos anteriormente, empatia implica a capacidade de se colocar no lugar do outro. Ou seja, graças a ela podemos compreender uma pessoa em profundidade, sentindo as mesmas emoções que ela.

Empatia e apoio emocional

9 benefícios de ser empático

A empatia também está relacionada à escuta ativa, suporte emocional e compreensão. Na psicologia, é considerada uma das habilidades básicas do psicólogo, necessária para compreender e ajudar a aliviar o sofrimento humano. Mas, que outros benefícios encontramos ao sermos empáticos?

Ela nos permite trabalhar a aceitação

Fernando Catalán, psicólogo e presidente da Comissão Deontológica do Colégio Oficial de Psicologia da Comunidade Valenciana (COPCV), afirma que o primeiro benefício de ser empático é que isso nos permite trabalhar a aceitação. Ou seja, nos ajuda a entender e aceitar melhor as pessoas, o que facilita o surgimento de uma relação social cordial.

“Se eu não tiver empatia, discutirei com todo mundo”.
– Fernando Catalán –

Nos ajuda a persuadir

Embora talvez esse seja mais “egoísta”, Catalán também o considera mais um dos benefícios de ser empático. Segundo o psicólogo, “se você entender a outra pessoa, poderá convencê-la ou tentar convencê-la de algo”. Como ele sugere, embora o convencimento seja a parte mais interessada da empatia, não deixa de ser fundamental.

Fortalece a autoestima

A psicóloga Maria Carmen Soliveres acredita que ser empático também nos permite reforçar a nossa autoestima. Soliveres explica assim: “aquelas pessoas que demonstram empatia são orientadas para a colaboração e têm mais sucesso nos seus grupos de referência, o que aumenta a autoestima”.

Facilita o relacionamento com as pessoas

A psicóloga e psicoterapeuta Laura Cano considera esse item um dos benefícios de ser empático. Isso ocorre porque, quando as pessoas se sentem compreendidas, fica mais fácil estabelecermos relações de confiança com elas.

Todos nós voltamos aos lugares onde nos fazem sentir bem.

A empatia nos permite ajudar os  outros

Por meio da empatia, aliada a outras ferramentas ou competências da inteligência emocional, podemos ajudar as pessoas em seus problemas ou sofrimentos. Com a empatia, ativamos a escuta ativa e nos conectamos com elas, o que pode fazer com que seja mais fácil se sentirem menos sozinhas (e melhor).

“Tente entender antes de ser compreendido”.
– Stephen Covey –

Construímos relacionamentos mais calorosos

Ao nos colocarmos no lugar de alguém, nos conectamos melhor com essa pessoa, e isso favorece a criação de relacionamentos mais calorosos e próximos. Ou seja, não nos limitamos a estar com aquela pessoa, mas sim a tentar compreendê-la de forma profunda, e isso incentiva esse tipo de relacionamento, muito diferente dos relacionamentos superficiais.

“A maioria das pessoas prefere dar do que receber afeto”.
– Aristóteles –

Ajuda a comunicar más notícias

Dar más notícias não é agradável para ninguém. Na verdade, essa ação tem sido relacionada a um fenômeno denominado efeito MUM. Esse efeito ocorre quando devemos comunicar más notícias; assim, dá nome a essa tendência de resistirmos a elas, ou de distorcer as más notícias, por medo de sermos inconscientemente associados a ela e, por extensão, sermos considerados menos atraentes.

Felizmente, aprender a dar más notícias seria outro benefício de ser empático. Portanto, essa habilidade pode nos ajudar a fazer isso “melhor” ou com mais tato.

Permite que você desenvolva mais empatia

Outro benefício de ser empático é que, quando o fazemos, estamos treinando para ser ainda mais (ou melhores). Ou seja, a empatia, embora seja um valor muito intrínseco em cada um de nós, também pode ser aprendida e aprimorada. Assim, quando somos empáticos, estamos desenvolvendo ainda mais essa mesma habilidade.

Ajuda a conhecer melhor as pessoas

Como vimos, a empatia nos ajuda a nos conectar com os outros. Isso, por sua vez, nos permite conhecer melhor as pessoas, pois elas se abrem e mostram o seu mundo interior com mais facilidade.

Conhecer pessoas e se conectar com elas nos enriquece como pessoas.

Ser empático

Neurociência e empatia

O conceito de neurônios-espelho lhe parece familiar? São os neurônios que favorecem a capacidade de empatia. Eles foram descobertos em 1996 por Giacomo Rizzaloti, um neurobiologista italiano, numa pesquisa com macacos.

Rizzaloti observou como esses neurônios eram ativados quando os macacos viam certos movimentos e emoções expressadas por outros macacos. Algum tempo depois, esses neurônios também foram encontrados em humanos, em uma área específica do cérebro: o córtex cerebral frontal inferior (ou seja, o centro da linguagem).

“Empatia é encontrar ecos de outra pessoa em si mesmo”.
– Mohsin Hamid –


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  • Hogg, M.A. (2010). Psicología social. Vaughan Graham M. Panamericana. Editorial: Panamericana.
  • Tesser, A., & Rosen, S. (1975). The reluctance to transmit bad news. In L. Berkowitz (Ed.). Advances in experimental social psychology, Vol. 8, pp. 194-232. New York: Academic Press.

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