Biografia de Sócrates, o pai da filosofia
Ao analisarmos a biografia de Sócrates vemos que ele é um dos homens mais famosos que a humanidade nos deu. Muitos pensam que foi ele quem deu unidade à atividade filosófica e que o pensamento ocidental começou a se formar graças a ele. Na verdade, ele é considerado o pai da filosofia e o maior dos pensadores gregos.
A política e a ética como áreas de pensamento começaram com Sócrates. Ele era, acima de tudo, um homem que gostava de questionar e debater com inteligência. Ele não tratava nada como certeza e isso o tornava objeto de críticas e perseguições. Pouquíssimos toleraram suas perguntas, que sempre expuseram a fragilidade dos saberes e os argumentos dos seus contemporâneos.
“Só sei que nada sei.”
-Sócrates-
Sócrates também deixou uma grande marca com seu método de análise, a dialética, e com sua estratégia de ensino, a maiêutica. Em ambos, vemos um pensador que não está interessado em postular verdades, mas em escrutinar a própria base do pensamento. Muitos episódios da vida deste filósofo mostram que ele também era alguém com um grande senso de humor.
Biografia de Sócrates: os primeiros anos
Sócrates nasceu em Atenas em 470 aC. Seu pai era Sofronisco, cuja profissão era pedreiro e havia participado da construção do Partenon. Diz-se que quando seu filho nasceu, ele consultou o Oráculo de Delfos e este o aconselhou a deixá-lo crescer em seu próprio ritmo, sem se opor à sua vontade nem reprimir seus impulsos. A mãe era Fenáreta, parteira que o filósofo considerava sua mentora.
No início, Sócrates se dedicou à mesma profissão de seu pai e sabe-se que fez várias estátuas na entrada da Acrópole. Ele recebeu uma instrução normal para alguém com a sua condição naquela época, que era a mais florescente da Grécia Antiga. Arquelau foi o professor que o apresentou à filosofia.
O filósofo também foi um soldado da infantaria pesada durante a Guerra do Peloponeso, na qual lutou com grande coragem. Muito jovem, ele se casou com Xantipa, uma mulher que se tornou famosa por seu mau caráter. Em várias ocasiões, os conflitos conjugais do casal foram discutidos, embora não haja evidências suficientes de que eles tenham tido um relacionamento tão difícil quanto às vezes se pensa.
Um homem brilhante e humilde
A aparência física de Sócrates era motivo de ridículo, pois ele não era bonito. Além disso, ele era terrivelmente austero, pois sempre usava a mesma capa e sua mesa era muito módica. Ele deliberadamente manteve uma vida simples, mas logo começou a se tornar notável pela sua grande inteligência. Em particular, suas perguntas, sempre incisivas, tornaram-se famosas.
Seu método, a maiêutica, consistia justamente em formular uma questão após a outra, de modo que, por meio das respostas, estabelecesse um fio discursivo coerente. Sua capacidade de se aprofundar em qualquer assunto, com grande engenhosidade, começou a torná-lo famoso em Atenas, e muitos discípulos vieram ficar ao seu lado.
O que esse filósofo estava fazendo, basicamente, era questionar as “certezas”. Seus seguidores o amavam, justamente porque o método desse professor os fazia participar da construção de saberes e ideias.
Seu aluno mais brilhante foi Platão. Na verdade, graças a este último, boa parte do pensamento socrático foi recuperado, pois o pai da filosofia nunca escreveu.
Um crime histórico na biografia de Sócrates
O filósofo que fazia todos duvidarem de tudo não era bem visto por quem tentava instalar verdades absolutas. Sócrates não era bem visto pelos poderosos.
Diz-se que um ateniense rico queria contratá-lo para educar seu filho; o filósofo pediu-lhe o pagamento de 500 dracmas, o que pareceu excessivo ao homem, que disse que com aquele dinheiro poderia comprar um burro. Sócrates o aconselhou a comprá-lo para ter dois burros em casa.
Quando ele já era muito famoso, começaram a olhá-lo com desconfiança. Foi acusado de ter uma má influência na juventude e, para surpresa de todos, não se defendeu com sua grande capacidade dialética. Ele achava que as leis e as decisões dos juízes deveriam ser cumpridas, concordando ou não com elas.
Sócrates foi condenado a morrer envenenado por cicuta. Diz-se que Xantipa, sua esposa, o visitou e começou a chorar.
O filósofo perguntou por que ela estava lamentando e ela respondeu que era muito triste vê-lo morrer por uma condenação injusta. Ele respondeu: “Você se sentiria melhor se eu morresse por uma sentença justa?” Sua morte causou uma grande comoção entre seus seguidores.
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