
Antes de mais nada, é importante destacar a ideia de que o paradigma do atual modelo econômico de produção e gestão de recursos, bens e serviços baseado em “produzir, usar e descartar” pode estar obsoleto. Na verdade, há dados que…
A lenda conta que a árvore de cacau era a mais bela do paraíso dos astecas e que crescia de maneira natural à sombra dos bosques tropicais há mais de 4.000 anos. O chocolate continua sendo hoje em dia “o alimento dos deuses”, um prazer escuro, suave e que seduz os nossos sentidos.
Podemos afirmar que o “chocolha” que os maias consumiam era extremamente amargo e que tal iguaria apenas estava ao alcance de nobres e reis. Era uma oferenda da natureza: proporcionava vigor, longevidade e saúde. No entanto, parte desses atributos se perderam no mesmo instante que, ao chegar a Espanha, o “chocolha” foi adaptado ao paladar europeu, sendo acrescentado o açúcar.
O chocolate é um prazer para o nosso cérebro, mas ao contrário do que pensávamos, não cura nossas dores. Segundo um estudo realizado pela Universidade de Minnesota, o excesso de açúcar limita bastante as virtudes do próprio cacau, embora contribua em outros tantos aspectos que trataremos aqui.
Para grande parte da população, o chocolate representa uma atração que vai além dos sentidos e finca suas raízes nos alicerces emocionais do nosso cérebro. Tanto é assim que os experts em neuromarketing recomendam que as empresas usem o aroma de chocolate em seus estabelecimentos .
É preciso se dar conta de que essa “armadilha” do olfato é uma ferramenta infalível para atrair os clientes. A razão disso está em algo simples e fascinante: a via olfativa e os canais neurais que regem nossas emoções estão conectados. O chocolate e a sua fragrância são um dos estímulos mais poderosos em nosso mundo emocional.
O chocolate não cura depressões e nem nos ajuda ter uma vida mais longa. Se desejamos absorver ao máximo os benefícios naturais do chocolate, de seus flavonoides, vitaminas ou daqueles compostos naturais capazes de atuar como um precursor da serotonina, é sempre melhor optar pelo chocolate amargo, o mais puro e sem açúcar.
Agora, se algo nos cativa no chocolate, além de seu sabor requintado, é por acender uma luz muito especial: nossas emoções. O cérebro gosta de lembrar os instantes agradáveis do passado e, curiosamente, muitos desses momentos armazenados em nossa mente estão relacionados com algum dos seguintes aspectos:
O chocolate é o principal convidado nos momentos mais agradáveis, cúmplices e íntimos de nossa vida. Por isso, até os paladares mais seletivos se derretem ao lembrar ou imaginar as nuances do seu sabor. Por sua vez, parte dessa onda de endorfinas no cérebro que nos gratifica ocorre devido a uma associação entre esses momentos felizes e o sabor que conforta e seduz os nossos sentidos.
O chocolate, por si só, não dispõe de uma composição nutricional adequada para curar as dores. Ele age mais como catalisador, um mediador infalível, sugestivo e poderoso das emoções positivas e até dos desejos mais profundos.
Impossível resistir ao “alimento dos deuses”, a esse fruto que crescia desde tempos antigos, no sagrado coração das terras dos Maias e Astecas.