Como podemos melhorar o nosso equilíbrio emocional?
Vamos começar definindo conceitos. O que é o equilíbrio emocional? O equilíbrio é estabilidade, que não é necessariamente equidistante dos extremos. É o estado de calma, embora haja flutuações. Não é sinônimo de quietude, mas é sinônimo de harmonia.
Quanto à parte emocional, refere-se ao estado de encontro consigo mesmo, de conhecimento pessoal, de gestão de emoções e sentimentos e de expressão adequada de todos eles. Como podemos alcançar o nosso equilíbrio emocional?
Para alcançar uma harmonia percebida por si mesmo, precisamos de uma conexão entre a parte interna e a parte externa, nosso mundo externo. Alcançar esse equilíbrio exigirá autoconhecimento. Conhecer a si mesmo implica autoconsciência. Saber se definir, saber se questionar, não ter medo de se expor, tolerar a incerteza.
Embora possa parecer uma tarefa simples, leva tempo e, é claro, envolve a necessidade de uma prática diária. O autoconhecimento é uma viagem ao nosso íntimo, mas posso garantir que será uma das melhores experiências e relacionamentos que você pode ter. Permita-se ser e se encontrar, permita-se sentir emoções e medos. Saiba quem você é e como você é. Saiba por que você é e como pode se tornar tudo que você deseja e pode ser.
Equilíbrio emocional como ponto de partida e objetivo final
Depois de iniciar a jornada do autoconhecimento e da descoberta das emoções que vivenciamos em todos os momentos, desenvolvemos o controle e a regulação.
As emoções são um tesouro que todos possuímos; elas nos informam que existe uma conexão entre o que acontece fora e o que vivemos dentro. As emoções nos ensinam e nos protegem, nos acolhem e nos dão força.
As emoções dependem e trabalham para mim, elas exigem ação e mudança. O controle e a regulação vêm depois do conhecimento prévio; quando sou capaz de identificar e saber, posso decidir o que fazer e como fazer.
Se você acredita que cumpre essa gestão e controle emocional, proponho um exercício: leia cada uma dessas emoções e vá respondendo às seguintes questões: amor, raiva, saudade, medo, decepção, admiração, satisfação.
- Como você pode saber que sente cada uma dessas emoções?
- Que sintomas físicos e pensamentos você tem quando as experimenta?
- Como você as demonstra ao mundo exterior?
- Como é o seu relacionamento interpessoal quando você vivencia cada uma delas?
- Você sabe quais situações/pessoas/pensamentos podem causá-las?
O motor que nos guia
Qual será o próximo passo para trabalhar o equilíbrio emocional? A automotivação. Quando conseguimos alcançar o autoconhecimento e regulamos as nossas emoções de forma adequada, somos capazes de focar nossos esforços todos dias para conquistar o que queremos e o que nos faz felizes.
A nossa construção pessoal requer tempo e carinho. O controle e a regulação das emoções exige força de vontade e trabalho, tanto pessoal quanto interpessoal. Para potencializar a automotivação, precisamos de vários ingredientes essenciais, como o otimismo, a tomada de iniciativa e de decisões, a vontade de vencer e o comprometimento.
Direcionar nossos esforços não é uma tarefa simples, mas se conseguirmos ser tenazes, nos apoiando nas nossas emoções e na nossa confiança em nós mesmos, se adquirirmos a capacidade de permanecer, ainda que seja difícil, estaremos cada dia mais perto do nosso equilíbrio emocional.
Empatia e habilidades sociais
Qual é a utilidade de crescer se não podemos compartilhar o caminho? Depois de concretizar a parte individual do trabalho pessoal, que exige renovações contínuas, surge a parte social. A empatia e o contato com o outro nos ajudam a continuar o nosso desenvolvimento, a experimentar novas emoções e a nos nutrirmos de tudo que os outros nos dão.
Desenvolver e fazer as relações interpessoais funcionarem faz parte de uma jornada pessoal; portanto, as habilidades sociais nos permitem crescer e fortalecer o equilíbrio emocional. Somos seres sociais e de nada adianta ter todo o sucesso ou felicidade se não pudermos compartilhá-lo.
O crescimento pessoal vem com o trabalho, mas a recompensa de alcançar a estabilidade e o equilíbrio emocional é o maior presente.
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- Bisquerra, R. (2000). Educación emocional y bienestar. Barcelona: praxis.