Curiosidades do consumismo
O consumismo é um fenômeno contemporâneo e, infelizmente, está intimamente ligado a outro problema atual: a poluição. Eles andam de mãos dadas porque a superprodução por si só gera efeitos hostis no planeta, mas, ao mesmo tempo, o consumo impiedoso gera desperdícios que excedem o razoável.
As compras por impulso estão deixando de ser fatos anedóticos. Por isso, o consumismo também está associado a outro dos grandes males da época: o endividamento no cartão de crédito. Tudo junto responde à famosa premissa de que esse fenômeno consiste em “comprar o que não precisa, com dinheiro que não tem”.
O consumismo não é tanto um comportamento quanto uma atitude. Não só se refere a uma atividade de consumo que vai muito além de cobrir necessidades, mas também transcende áreas específicas. Existe consumismo na cultura, na arte, no sexo e em tudo que possamos imaginar. Esta voracidade insaciável é, sem dúvida, uma das características do nosso tempo. Vejamos algumas curiosidades a respeito.
“Além de ser uma economia do excesso e do desperdício, o consumismo é também, e justamente por isso, uma economia do engano.”
-Zygmunt Bauman-
Fatos preocupantes sobre o consumismo
Em certas regiões do planeta o consumo é realmente intenso. Estima-se que até o ano de 2050 haverá cerca de 9,6 bilhões de pessoas no mundo; Isso significa que seriam necessários três planetas como a Terra para suprir o atual ritmo de consumo. Ou seja, se continuarmos como estamos, o próprio planeta ficará inviável.
De fato, atualmente são extraídos e utilizados quase 50% mais dos recursos naturais do que há 30 anos atrás, segundo dados do Greenpeace. Todos os anos, cerca de 12 milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos; pelo menos 40% deste elemento corresponde a embalagens descartáveis. Os números indicam que as sacolas plásticas têm um tempo médio de uso de 15 minutos antes de serem descartadas.
Outro fato inusitado sobre o consumismo: 100 bilhões de peças de vestuário são fabricadas a cada ano. Atualmente, uma pessoa compra em média 60% mais roupas do que há 15 anos. O “fast fashion“, impôs a tendência de usar e jogar fora muito rapidamente. Se as pessoas guardassem suas roupas por um ano, as emissões de CO2 seriam reduzidas em 24%.
Outras curiosidades do consumismo
O consumismo gera situações que beiram o limite do absurdo. Por exemplo, o cachorro-quente mais caro do mundo custa US$ 169. Seu nome é Junni Ban e contém salsicha Bratwurst, cebola assada na manteiga teriyaki, carne wagyo, foie gras, lascas de trufa negra, caviar, cogumelos maitake e maionese japonesa. A questão é que com esse mesmo dinheiro milhares de famílias sobrevivem por um mês, em alguns países sometidos ao empobrecimento.
A meca do consumismo são os shopping centers, sem dúvida. Você os encontra em todos os lugares e eles se tornaram o centro da vida social em muitos casos -especialmente no inverno-. O maior do mundo é o Dubai Mall, com área total de 9 quilômetros quadrados e abriga cerca de 1.200 lojas, além de 120 restaurantes e cafés. Ali também está localizada a maior confeitaria do mundo: a Candylicious, com área de 930 metros quadrados.
Outra curiosidade: o brinquedo mais vendido da história é o famoso cubo de Rubik. Surgiu na década de 1980 e até agora as pessoas compraram mais de 350 milhões de unidades. A propósito, seu inventor, Erno Rubik, nunca pensou que isso se tornaria um brinquedo; ele o criou para ensinar geometria a seus alunos.
Black Friday, a festa do consumismo
Se existe um dia no calendário que é referência de consumo, é o famoso “Black Friday”. A certa altura, circulou um boato segundo o qual aquele dia recebia este nome porque comemorava a compra e venda de escravos. No entanto, isto foi desmentido.
A verdade é que o nome dessa festa do consumismo teve origem na Filadélfia. É comemorado na data seguinte ao Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, dia em que o tráfego de carros e pessoas aumenta, de modo que é “um dia negro”. É também a data em que os números contábeis deixam de ser vermelhos e passam a ser pretos.
Embora tenha se originado nos Estados Unidos, hoje é realizado em quase todo o mundo ocidental. Na última Black Friday, só naquele país, foram gastos mais de 9 bilhões de dólares em um dia. Mesmo que a sombra da recessão já tivesse se espalhado pelo mundo. Assim é o consumismo: imediatista e sem medida.
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