Dormir muito: 5 consequências para a saúde

Se você acha que dormir pouco é ruim para a sua saúde, descubra as consequências negativas de dormir muito, porque não são poucas e incluem sérios perigos.
Dormir muito: 5 consequências para a saúde
Gema Sánchez Cuevas

Revisado e aprovado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Nós vivemos em um mundo onde tudo é uma questão de equilíbrio. Além disso, o nosso próprio universo é um delicado equilíbrio no qual tudo faz sentido e o que acontece tem causa e consequência. Nós somos um produto desse universo. Então, quando desrespeitamos o equilíbrio, causamos consequências negativas em nosso corpo e nossa mente. Por esse motivo, dormir muito pode ser tão negativo quanto a falta de sono de qualidade.

O sono é necessário porque recarrega o corpo, já que o descanso da fadiga diária é necessário. Mas não devemos abusar, pois tão negativo quanto não ter 7 horas diárias de sono é dormir mais de 10. Uma das pessoas que mais estudou esse fenômeno é Susan Redline, médica da Brigham and Women’s em Boston e professora da Universidade de Harvard.

Com base na pesquisa da Redline, junto com outras publicações e estudos, descobrimos que há uma concordância geral: pessoas que excedem 10 horas diárias de sono apresentam um pior estado de saúde do que aquelas com média de 7 ou 8 horas.

 “Queria poder colocá-los entre parêntesis ou hiberná-los, não sei, colocá-los para dormir e não deixá-los acordar até novo aviso”.
-Javier Marías-

As consequências negativas de dormir muito

Desde que nascemos, nosso corpo se regula aos poucos para encontrar o equilíbrio perfeito. Ao nascer, um ser humano passa 20 horas por dia dormindo. Esse número vai se reduzindo até a adolescência, quando o máximo de 9 horas por dia marca o limite. A partir de então, recomenda-se entre 6 e 8 horas, não excedendo ou reduzindo esses valores para encontrar virtude e equilíbrio.

Bebezinho dormindo

O fato é que nosso corpo, sábio como poucos, nos pede algumas horas mínimas de sono, mas também máximas. Por quê? Porque ele só descansa realmente durante a fase de sono profundo e isso só é conseguido com um tempo específico de sono que não costuma exceder 8 horas por dia.

O problema com o sono prolongado que excede 9 horas por dia é que se torna um sono leve. Ou seja, não se atinge um estado profundo e constante. Dessa forma, pode-se dizer que o descanso é pior ou de má qualidade. E é por isso que é tão prejudicial quanto não chegar a 6 horas de sono por dia, por exemplo.

É importante levar a sério as advertências dos especialistas em relação à necessidade de não dormir demais. Os riscos para a saúde são realmente altos e podem colocar o nosso bem-estar em grave perigo.

Risco de sofrer doenças cardiovasculares

Dormir muito, assim como dormir mal, contribui para elevar o risco de doenças cardiovasculares que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são as principais causas de morte no mundo todo.

No entanto, dormir excessivamente não só pode causar doenças cardiovasculares, mas também aumenta a possibilidade de sofrer ataques cardíacos e doenças neurológicas e metabólicas.

Segundo as estatísticas da OMS, as mulheres tendem a dormir mais do que os homens, o que significa que são mais vulneráveis ao desenvolvimento de problemas cardíacos.

Alteração do metabolismo

Nós comentamos brevemente que o excesso de sono também pode alterar o metabolismo humano. O fato é que, se passarmos muito tempo dormindo, nosso corpo realiza muito menos exercício.

De acordo com estudos internacionais sobre o assunto, uma pessoa que dorme excessivamente corre o risco de desenvolver sobrepeso e obesidade. A falta de atividade física é determinante nesse sentido.

Desenvolvimento de diabetes

Dormir muito também pode ser determinante para o desenvolvimento da diabetes, assim como a falta de sono. Isso porque os níveis de açúcar tendem a aumentar. Uma elevação no nível de glicemia aumenta o risco de diabetes tipo 2.

Diabetes

Lentidão cerebral

Quando sofremos de sono prolongado crônico, nosso cérebro envelhece mais rápido. Esse fenômeno prematuro gera dificuldades para o desenvolvimento das atividades cotidianas, mesmo as mais simples.

A lentidão e o envelhecimento precoce se devem à falta de sono profundo quando dormimos muito. Como o indivíduo acorda constantemente durante a noite, o descanso é de má qualidade e o corpo não se restaura adequadamente.

Morte prematura

Por fim, nos concentramos no risco de morte prematura. Dormir em excesso aumenta os perigos de sofrer de diabetes e doenças cardiovasculares, duas causas de morte prematura que podem ser precedidas pelo sono excessivo.

Sem dúvida, o excesso é tão negativo quanto a falta de sono. Isso porque o sono é um ciclo biológico que tem um equilíbrio que deve ser respeitado. Se formos contra nossa biologia natural, na verdade estaremos prejudicando seriamente a nossa própria saúde.


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  • Bergland, C. (2018). Does Too Much Sleep Have Negative Repercussions? Psychology Today.
  • Wild, C.J.; Nichols, E.S.: Battista, M.E.;Stojanoski, B. & Owen, A.M. (2018). Dissociable Effects of Self-Reported Daily Sleep Duration on High-Level Cognitive Abilities. SLEEP.

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