Aprenda a fechar ciclos de forma adequada

Aprenda a fechar ciclos de forma adequada
Sergio De Dios González

Revisado e aprovado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Escrito por Edith Sánchez

Última atualização: 24 outubro, 2022

Quando falamos de ciclos, nos referimos a aqueles processos de vida que começam, se desenvolvem e terminam. Embora na prática nada termine completamente, é importante aprender a fechar ciclos quando o processo se esgota, para conseguirmos seguir em frente.

Para isso, inicialmente você tem que saber diferenciar entre fechar ciclos e sofrer uma perda. O fechamento de grandes etapas da vida envolve perdas e traz sofrimento, mas não tem o caráter repentino ou profundamente doloroso que as perdas envolvem. Portanto, o fechamento de um ciclo inclui perdas, mas as perdas não incluem necessariamente um fechamento de ciclo.

“Um grande erro é arruinar o presente lembrando de um passado que não tem mais futuro”.
– Autor anônimo –

O fechamento de ciclos é importante porque afeta diretamente o que será feito no futuro. Se o ciclo, seja ele qual for, permanecer aberto, interfere no desenvolvimento pessoal. É como não consertar uma torneira com vazamento e esperar que isso não afete o custo financeiro e ecológico da água. Vejamos algumas formas adequadas de fechar ciclos.

Para fechar ciclos, é preciso deixar ir

Os seres humanos tendem a se apegar ao conhecido, por mais negativo que seja. O hábito é uma força muito poderosa que nos leva a permanecer na inércia. É mais fácil suportar o mal conhecido do que empreender uma nova aventura.

Pássaros voando de braço

Portanto, geralmente há uma resistência ao fechamento de ciclos. Há uma parte de nós que gostaria de continuar da mesma forma e não sentir qualquer incerteza diante do novo.

A primeira tarefa é deixar ir. Um ciclo é fechado quando o processo foi concluído e só restam lembranças. O fechamento só pode ser feito de forma consciente. É possível que não haja mais a que se apegar, mas mentalmente ainda estamos conectados a ele. Deixar ir é uma maneira de reconhecer a nova realidade.

Diga adeus e faça um balanço

Embora os fechamentos de ciclos se refiram ao abandono das realidades que nos prejudicam, sempre causarão sofrimento. Portanto, é necessário se permitir viver a tristeza que os finais trazem consigo e se despedir dessa realidade que está prestes a desaparecer. A melhor maneira de fazer isso é construir uma memória sobre tudo que foi vivenciado.

Não conseguiremos fechar ciclos enterrando a cabeça na areia como um avestruz ou “dando as costas” a tudo que acontece para evitar o sofrimento. É melhor rever, passo a passo, cada uma das experiências que fizeram parte desse processo. Identifique o começo, os momentos mais relevantes e todas as sensações que experimentou.

A partir disso pode-se fazer um balanço, uma avaliação das experiências positivas e também complicadas que ocorreram nesse ciclo. O que foi aprendido e o que não foi. O que contribuiu para o nosso crescimento e como contribuiu para as nossas limitações. Essa é a melhor forma de dizer adeus.

O momento de empreender

O objetivo principal do fechamento de ciclos é “fazer as pazes” com o passado imediato, para seguir em frente sem se sentir afetado pelas experiências vividas ou pelas lembranças que invadem o seu presente. Todo final também implica um novo começo. Esse começo deve ser o foco da nossa atenção e do nosso interesse.

Mulher caminhando descalça

Não se assuste com o novo. É normal que haja um desequilíbrio inicial, mas em um tempo relativamente curto começará a mostrar os seus benefícios. Caminhar do conhecido para o incerto sempre tem um toque de aventura e envolve aprendizado, surpresas e, é claro, adaptações. Na maioria das vezes, as mudanças nos dão muito mais do que nos tiram.

É preciso abraçar a mudança como se ela fosse um novo amigo. Veja esse novo ciclo como a oportunidade de colocar em prática o que você aprendeu no ciclo anterior e ampliar o que você já sabe, polir o que está em estado bruto ou mudar para conseguir crescer.

O fechamento de ciclos é vital para a nossa saúde mental. Se não o fizermos, nos sentiremos limitados e confusos diante do futuro. Para tudo que se foi, devemos dar um enterro de primeira e dizer adeus. O novo deve ser recebido de braços abertos e com alegria no coração.


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  • Cabodevilla, I. (2007). Las pérdidas y sus duelos. In Anales del sistema sanitario de Navarra (Vol. 30, pp. 163-176). Gobierno de Navarra. Departamento de Salud.

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