O fenômeno phi, a ilusão de ótica que o cérebro cria
O fenômeno phi (φ) é uma ilusão de ótica que nosso cérebro gera ao nos fazer acreditar que uma figura fixa está em movimento. A escola Gestalt definiu e cunhou esse termo em 1912, servindo, por sua vez, para demonstrar algo importante: a percepção vai além dos nossos sentidos, além do que vemos ou sentimos. Na verdade, é uma mera interpretação do nosso cérebro.
O assunto é, sem dúvida, muito mais interessante do que pode parecer. Chamam a atenção essas imagens em que figuras marcantes das mais diversas formas e cores parecem tremer, se mover, piscar timidamente diante de nós… Saber que este movimento não é real supõe um pequeno impacto que nos obriga a questionar várias coisas.
Pensar que o estímulo percebido não corresponde ao estímulo real nos faz pensar, a princípio, que algo está errado conosco. Estes são os nossos sentidos? É um problema de visão? De forma alguma; quando se trata do fenômeno phi e das ilusões de ótica, não há nada de errado com a gente.
No entanto, como aponta o neurocientista americano David M. Eagleman, autor de livros como Incógnito – As vidas secretas do cérebro, a primeira lição que devemos aprender sobre nossos sentidos é que não devemos confiar neles. O simples fato de ver algo com nossos olhos não significa que esse algo realmente exista.
O cérebro interpreta, constrói e reconstrói, inventa e introduz axiomas em nossa mente apenas para tentar fazer algo ter uma certa lógica quando percebe, por exemplo, que há falhas ou lacunas no que está vendo através de nossos olhos. Esse tipo de descoberta, na verdade, foi a chave para o desenvolvimento da Gestalt.
“O todo é maior do que a soma das suas partes”.
-Max Wertheimer-
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