Há momentos em que damos tudo e nada é valorizado

Quando tudo é dado, as pessoas ao redor começam a normalizá-lo e deixam de valorizá-lo. É importante encontrar o equilíbrio.
Há momentos em que damos tudo e nada é valorizado
Gema Sánchez Cuevas

Escrito e verificado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Última atualização: 25 janeiro, 2022

Nós nos movemos em um mundo em que os costumes pesam sobre nós como obrigações. Possivelmente, em algum momento de sua vida, você sentiu que o que fez porque queria, mais tarde se tornou uma imposição.

Geralmente, as pessoas nos obrigam e às vezes nós os obrigamos a fazer algo sem sermos muito explícitos. Em outras palavras, de alguma forma, está implícito que outros esperam algo de nós e que cabe a nós fazê-lo.

De qualquer forma, a verdade é que quando damos tudo, nada acaba sendo valorizado. Isso, aliás, contrasta com o que acontece com quem faz pouco, porque se valoriza esse mínimo mais do que nós valorizamos um máximo.

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A importância de marcar o nosso valor

Há pessoas a quem damos tudo o que temos, mas nunca têm o suficiente. Seja o que for, quando paramos de dar a eles o que eles acham que precisam ou eles têm essa percepção, eles nos acusam de ser egoístas e martelam em nós com a frase de que não nos importamos com eles.

Nesse sentido, deve-se notar que esse tipo de atitude nem sempre se baseia no egoísmo, mas também pode se basear na perplexidade e na falta de habilidade e dedicação.

Em outras palavras, temos que levar em conta que dar tudo pode ser um fardo para o outro, pois ele pode sentir que nunca poderá compensar. Isso às vezes faz com que as pessoas fiquem com raiva, saiam de nossas vidas ou não saibam o que fazer.

Assim, aconteça o que acontecer, o importante é nos comportarmos com medida e não nos entregarmos em excesso aos outros. Como mencionamos, de alguma forma, nós mesmos estabelecemos nosso “valor”, por isso devemos ser especialmente cautelosos ao nos entregar aos outros.

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Como conseguir ser valorizados?

Livre-se de quem duvida de você, junte-se a quem te valoriza, liberte-se de quem te atrapalha e ame quem te apoia.

Paulo Coelho

Se queremos ser livres temos que nos livrar do egoísmo que nos subjuga. Em outras palavras, só porque alguém com quem nos importamos espera algo de nós, não temos que fazer isso.

Antes de tudo, temos que desaprender que o sacrifício nos torna pessoas melhores ou mais válidas. Comportar-se dessa maneira nos faz desprezar ou negligenciar uma parte emocional e física de nós que é muito importante para nossa felicidade.

Por outro lado, devemos deixar claro que alguém que intencionalmente nos fere e que exige algo de nós não merece que continuemos ao seu lado ou que lhe ofereçamos nossa entrega. Ou seja, temos que parar de suportar isso e abrir a janela do adeus. Alcançar isso nos tornará fortes.

É natural que, uma vez analisado o problema, nos sintamos chateados ou magoados. Nesse sentido, devemos manter nosso foco em ser construtivos e não punir os outros, nem a nós mesmos.

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Temos o direito de ser respeitados e valorizados

Para livrar-se desses agressores pode se começar por coisas pequenas, para que você possa comunicar suas necessidades sem se sentir culpado por ter renunciado às necessidades dos outros. Para fazer isso, não é preciso ser agressivo, mas persistente e assertivo.

Ou seja, sobretudo, fale na primeira pessoa e inicie o diálogo de confronto com frases como “há situações que me fazem sentir pouco respeitado”, em vez de “você não me valoriza”.

Trabalhar com esse sentimento exige que nos valorizemos primeiro para que os outros o façam. Isso nos ajudará a rejeitar pedidos abusivos que não nos trazem nenhum bem, pois teremos ideias claras sobre o que nos faz sentir bem e o que não nos faz bem.

Tenha sempre em mente que o direito de se sentir respeitado é seu e você tem que trabalhar para que ninguém roube sua capacidade de sentir o que você vale e o reconhecimento que você merece.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.