A psicologia das emoções no Natal

O Natal não é uma época para nos obrigarmos a sermos felizes a todo custo. É uma época para nos entendermos e buscarmos uma forma de nos cuidarmos da melhor maneira possível. A seguir, comentamos como é a abordagem da psicologia das emoções.
A psicologia das emoções no Natal

Última atualização: 06 fevereiro, 2020

Conforme o mês de dezembro vai se aproximando, podemos ver como as ruas vão sendo decoradas e como vai se formando um ambiente festivo. Recebemos mensagens de amigos e pessoas queridas, começamos a planejar os detalhes dos encontros que teremos com eles, e buscamos formas de expressar o nosso carinho. É uma época de reencontros e, mais do que de dar e receber, é um momento para compartilhar.

Apesar de muitos considerarem que esta é uma época feliz, familiar e divertida, há pessoas que a vivem de uma forma diferente, com nostalgia, tristeza, frustração, estresse, e até dor.

Muito além de como as percebemos, pode ser que estas datas sejam o momento do ano em que mais experimentamos diferentes emoções, e estas estão diretamente relacionadas com as experiências que vivemos.

A seguir, vamos nos aprofundar na psicologia das emoções no Natal.

Mulher em casa no Natal

O que sentimos em relação ao Natal?

O Natal não necessariamente é uma época de felicidade para todo mundo. Cada um vai ter emoções e sensações diferentes, dependendo dos acontecimentos mais recentes que tenham ocorrido em sua vida, e também de como foi a sua experiência durante a infância.

Na infância, o Natal é uma época associada às férias, aos presentes, e à magia de tudo isso. Também há muitas atividades natalinas lúdicas, reuniões familiares, etc. Assim, quando somos crianças, é mais fácil que exista uma maior prevalência de emoções positivas.

No entanto, a verdade é que tudo isso vai depender de como os adultos mais próximos da criança percebem e vivem esta época do ano.

A ansiedade é uma das emoções que mais experimentamos nestas datas quando somos adultos, e ela aparece por vários motivos, como:

  • O fechamento dos temas profissionais do ano.
  • As reuniões, jantares e festas da firma e outros compromissos.
  • As compras de presentes e lembranças para as celebrações e reuniões em casa.

Por estas questões, é possível que vivamos estas datas como dias de “loucura”, que nos sintamos invadidos pelo estresse e acabemos odiando tudo. Além disso, se perdemos alguém recentemente ou passamos por uma separação, não será fácil incorporar o espírito natalino que os outros esperam de nós.

A abordagem natalina a partir da psicologia das emoções

De acordo com a psicologia das emoções, é importante que, nesses momentos do ano, possamos nos dedicar a identificar o que sentimos e refletir sobre o que está nos fazendo sentir dessa forma. Sentimos alegria? Ou nos sentimos tristes, melancólicos e irritados?

É importante e necessário compreendermos as nossas emoções, permitir-nos senti-las e fazer o que estiver em nossas mãos para gerenciá-las e vivê-las de uma maneira saudável e de acordo com o que acontece ao nosso redor.

Não devemos nos pressionar com a ideia de que todo mundo deve estar feliz durante o Natal, e que se não estivermos, precisamos nos esforçar para nos sentirmos assim. Na realidade, devemos aceitar o nosso humor, ao mesmo tempo em que procuramos nos adaptar à situação da melhor maneira possível.

Aprender a relativizar as coisas para lidar melhor com as emoções no Natal

Quando não estamos passando por momentos emocionalmente fáceis, um dos melhores métodos para abordar esta época do ano é aprender a relativizar, ou seja, a dar às coisas a importância que elas merecem. Isso quer dizer que podemos aprender a ver o Natal como algo que não nos exige “estar bem”, resolver coisas, comparecer obrigatoriamente a vários tipos de reuniões, etc.

Ao relativizar a ocasião, podemos descobrir que, assim como no resto do ano, devemos nos sentir livres para experimentar e viver o Natal à nossa maneira, com as nossas próprias emoções.

Quando o Natal nos faz sentir emoções negativas, é bom ficarmos atentos a este sinal para fazermos uma mudança.

Então, poderemos ver esta época do ano como um momento oportuno para tentar enxergar as coisas que nos fazem mal de outra forma, tentar compreender melhor a nós mesmos e gerenciar as emoções que sentimos, ao mesmo tempo em que nos damos a oportunidade de nos sentimos bem.

Mulher tomando xícara de café na janela

O Natal pode ser um momento que pode nos ajudar a definir metas e objetivos pessoais no âmbito emocional, e a começar a trabalhar para alcançá-los.

Se nos propusermos a fazer uma mudança, podemos começar a ter diferentes objetivos, os quais nos convidam a mobilizar-nos e a dar uma série de passos. O fato de agir vai contribuir para começarmos a experimentar emoções mais positivas, como, por exemplo, a força de vontade e a motivação.

O nosso humor não depende de mais ninguém além de nós mesmos. Nós geramos as nossas emoções, e nós temos um papel ativo (e fundamental) nelas.

Outro aspecto que também vai nos ajudar a nos sentirmos melhor é vigiar e melhorar o tipo de pensamento que temos.

Se você associa o Natal a algo triste, seus pensamentos vão correr nesta mesma direção, e a sua mente vai ser ocupada por ideias como “que datas mais tristes”, “tomara que esse período passe logo”, “não suporto a felicidade dos outros,” etc.

É importante cuidarmos e utilizarmos os nossos pensamentos de uma maneira positiva, sem nos deixarmos levar pelas ideias que nos fazem mal. Para fazer isso, devemos tentar relativizar o Natal, transformá-lo em algo mais neutro, que torne as coisas mais fáceis na hora de vivê-lo.

A psicologia das emoções tem um papel fundamental para o nosso bem-estar no Natal

As emoções podem ser muito diversas no Natal e, às vezes, podem ser ambíguas para uma mesma pessoa, levando-a a ter sentimentos confusos.

Podemos melhorar nossas habilidades emocionais no Natal se procurarmos entender e respeitar as nossas próprias emoções. Também devemos tomar a iniciativa de adotar uma atitude diferente, nos afastarmos um pouco da percepção negativa que temos e praticar a relativização para dar às coisas a importância que elas merecem.

Podemos apreciar a companhia da família e dos amigos, assim como fazemos em qualquer outra data. Sem pressão, sem a obrigação de ser feliz, e sem fazer mal a nós mesmos com pensamentos negativos.


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