Se você não quer relacionamentos superficiais, não caia nestes erros

Se você não quer relacionamentos superficiais, não caia nestes erros

Última atualização: 06 novembro, 2016

Para muitas pessoas, o amor não é mais do que um jogo. Um divertimento onde os sentimentos que a outra pessoa possa ter não são considerados. Nisso tudo está presente a manipulação que levará o relacionamento à deriva. É impossível que esta situação se sustente por muito tempo. A pessoa que brinca com o amor cedo ou tarde se queima. Esta é a realidade dos relacionamentos superficiais.

“Os relacionamentos líquidos estão sempre ‘mexendo as águas’.”
-Jennifer Delgado-

Talvez seja o medo de relacionamentos formais o que nos move rumo à instabilidade. Mesmo “tentando”, não conseguimos formar um vínculo sólido. Este comportamento faz com que muitos relacionamentos acabem muito antes de começarem. Por isso, é muito importante não cair em certos erros.

Você se nega a dar um nome a seus relacionamentos

É verdade que os rótulos enquadram e limitam, mas quando duas pessoas desejam se ver e compartilhar certos momentos da sua vida, é preciso falar e dar um nome ao que está acontecendo entre eles. Se você se nega a dar um nome ao seu relacionamento, este irá carecer de sentido e ambos se sentirão perdidos. Somos namorados? Amigos com direitos?

Não é justo deixar que as atitudes falem por si só. A outra pessoa precisa saber se você é livre e poderá ver você com outra pessoa ou, se ao contrário, vocês estão começando um relacionamento sério e formal. Talvez um dos dois não esteja de acordo, por isso mergulhar a relação em uma mentira ou deixar a situação no ar não é o correto.

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Esta circunstância acontece em mais de uma situação, o que indica um claro medo do compromisso e dos rótulos, o que pode fazer com que um dos membros do casal saia fugindo. Mas, se falarem sobre o relacionamento podem surgir expectativas e falsas esperanças que podem trazer problemas muito mais sérios, como a ansiedade.

Você só o procura quando quer

As pessoas têm sentimentos e não podemos tratá-las como se fossem objetos. Elas não estão aí para satisfazer as nossas necessidades quando queremos, a menos que isso tenha sido previamente falado. Esta situação tem um nome muito claro e com o qual talvez você se sinta identificado: usar.

“Todas as misérias dos homens vêm do fato de não falarem claramente.”
-Albert Camus-

Nenhum de nós gosta de ser usado por outras pessoas. Você já fez isto alguma vez? Você já ignorou alguém até precisar dele? Este tipo de relacionamento acaba causando feridas, destruindo a autoestima e provocando sentimentos de inferioridade. Considerar uma pessoa como um simples instrumento é despojá-la da sua natureza, e lhe atribuir outra que não é real: nem na vida, nem no amor.

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Muitas são as pessoas que, por terem uma baixa autoestima ou dependência emocional, cedem até que acabam presas em um relacionamento deste estilo. Mas você precisa gostar de si mesmo um pouco mais. Você não merece ser usado, merece ser amado. Lembre-se de que você não é um objeto, mas sim uma pessoa. Não se deixe usar.

Quando dizemos o oposto do que pensamos

Quando os relacionamentos entre amigos se tornaram populares, muitos quiseram participar da nova moda. Mas este é realmente o tipo de relacionamento que queriam manter? Talvez muitas pessoas tenham sido envolvidas neste tipo de relacionamento não porque quisessem, mas sim como uma forma de encarar o pensamento clássico que caracterizava o amor como um sentimento eterno, ou pelo menos até que a realidade dissesse o contrário.

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Em um relacionamento sem referências é provável que se perpetue um jogo que no início acenda as chamas, mas que com o tempo as apaga. Um jogo aparentemente inocente no qual enviamos uma mensagem, mas que depois demoramos para responder. Isto se faz de propósito, a fim de manter o mistério e que a outra pessoa se preocupe ou se interesse mais por nós.

“A mesma ideia de relacionamento continua carregada de vagas ameaças e premonições sombrias: transmite simultaneamente os prazeres da união e os horrores da clausura. Talvez por isso as pessoas falem mais de conexões, e não de casais.”
-Zygmunt Bauman-

O fato é que atualmente os relacionamentos se tornaram frágeis, seja porque o jeito de entender o amor mudou, ou porque de alguma forma destruímos o anterior mas não soubemos criar um novo em seu lugar.

Criticamos a falta de comunicação que os casais têm, mas agora, por defender a ausência de “rótulos”, nos sentimos confusos e sem pontos de referência. Talvez saibamos muito bem o que não queremos, mas não exatamente o que queremos ou o que estamos dispostos a negociar para chegar a um acordo.

No fim das contas, mudamos as definições clássicas pelo vazio, um vazio que não é inócuo já que é fonte de confusão e dor emocional, e isto é uma coisa que como sociedade e como indivíduos deveríamos repensar.


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