Rompa com a insegurança
A insegurança. Essa sensação que nos paralisa, que nos enche de dúvidas, que nos faz sentir incapazes para empreender um novo projeto, que faz a nossa cabeça dar mil voltas antes de tomar uma decisão, que nos faz pensar que sempre estamos enganados e que nunca acertamos, que nos leva a procurar a aprovação dos demais, que nos faz desconfiar das nossas capacidades e temer as críticas dos demais.
Quem nunca se sentiu inseguro alguma vez? Poucas pessoas puderam escapar desse sentimento. Todos, em algum momento da vida, nos vimos presos por essa emoção. O problema é quando a insegurança se transforma em uma constante que condiciona a nossa existência.
Ser inseguro é um traço que alguns especialistas associam às experiências vividas durante a infância. Se supõe que quando nascemos, todos trazemos um kit de sobrevivência, cheio dos recursos dos quais vamos precisar para nos desenvolvermos na vida. Mas o ser humano é a espécie mais indefesa, e precisa da ajuda dos outros para crescer e poder se desenvolver sozinho.
A chave está neste desenvolvimento, e é quando começamos a formar a nossa segurança ou insegurança. Se estabelece um vínculo de dependência com quem nos ajuda a crescer, geralmente os pais, e na medida em que estejamos mais ou menos protegidos, no futuro nos mostraremos mais ou menos inseguros.
Quando nos tornamos dependentes, deixamos, de maneira inconsciente, que os outros decidam por nós. Por isso, quando uma pessoa insegura sai da sua “bolha de proteção”, ela é atacada pelas dúvidas, e brotam as fraquezas e medos. A insegurança manifesta a falta de autoestima, o temor de assumir responsabilidades, a rejeição a crítica dos outros, a necessidade de que outros aprovem tudo que fazemos, a desconfiança de si mesmo ou a falta de confiança para tomar decisões satisfatórias.
Reforçar a autoestima
Ao contrário, quando uma pessoa cresce com mais independência, cria mais confiança em si mesmo, aprende a tomar decisões sozinho e isso lhe faz ganhar segurança. As pessoas seguras se sentem mais livres. Ter segurança não significa estar isento de riscos ou enganos, mas sim de assumir as consequências, sem medos e preocupações que atormentam as pessoas mais inseguras.
Uma boa forma de aumentar a segurança é trabalhar a nossa autoestima. É imprescindível reforçar a confiança em nós mesmos, reconhecer nossas capacidades e aceitar-nos como somos. Gostar de si mesmo sem esperar o julgamento dos outros. Saber que, aconteça o que acontecer, contamos com os recursos necessários para enfrentar a situação. Isto nos fará sentir-nos mais livres e portanto, mais seguros.