O sexismo na sociedade atual

O sexismo evoluiu de forma significativa nos últimos anos. Entre as teorias atuais, destaca-se a distinção proposta pelos psicólogos Swin, Aikin, Hall e Hunter.
O sexismo na sociedade atual
Gema Sánchez Cuevas

Revisado e aprovado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

O sexismo é uma atitude baseada em uma suposta inferioridade das mulheres como grupo. Esse comportamento foi desenvolvido ao longo da história por fatores sociológicos, até chegar a oprimir completamente as mulheres pelo simples fato de serem mulheres.

Atualmente, essa atitude não costuma ser manifestada abertamente em muitas sociedades ocidentais. A maioria delas tenta evitar ou lutar contra esse comportamento. No entanto, em grande parte do mundo, assim como o machismo, o sexismo se mantém muito arraigado.

O preconceito sexista evoluiu de forma significativa nas últimas décadas. Entre as teorias atuais, destaca-se a distinção proposta pelos psicólogos Swin, Aikin, Hall e Hunter. A seguir, vamos apresentá-la com mais detalhes.

Mulher sofrendo

Teorias atuais sobre o preconceito sexista

Primeiro, é preciso diferenciar entre o antigo sexismo e o sexismo moderno. O antigo sexismo seria a concepção tradicional sobre o papel da mulher como inferior ao homem. O sexismo moderno, em contrapartida, é caracterizado principalmente pela oposição às demandas feministas.

Essa atitude se baseia na crença de que as mulheres não são mais objeto de discriminação. Dessa forma, qualquer política ou ação feminista seria desnecessária.

Além disso, recentemente surgiu o que se denominou neossexismo. Essa teoria reflete o conflito existente em muitas pessoas: os valores igualitários para as mulheres frente aos sentimentos de superioridade masculina que ainda existem em relação a elas.

Os psicólogos Glick e Fiske tentaram aplicar o sexismo em uma análise similar à que foi realizada com as teorias contemporâneas sobre o preconceito racial. No entanto, a particularidade da relação entre homens e mulheres dificulta a aplicação das teorias do preconceito racial ao sexista.

Há, então, um paradoxo: a relação entre homens e mulheres implicou dominação e subordinação, mas, ao mesmo tempo, esse tipo de interação não impediu a formação de relações íntimas e familiares.

O homem pôde rejeitar mulheres em postos de trabalho, mas acolhê-las em casa. A ambivalência em relação às mulheres é um claro reflexo da ambivalência racial.

A teoria do sexismo ambivalente

Desenvolvida por Glick e Fiske (1996-2001), é a teoria mais influente sobre sexismo na atualidade. Ela se baseia na ambivalência. As relações entre homens e mulheres, ao longo da história e na atualidade, foram caracterizadas pela dependência.

Nesse sentido, coexistiriam dois tipos de sexismo: 

  • O sexismo hostil. Por meio do qual as mulheres são consideradas um grupo subordinado, e que legitima o controle social exercido pelos homens. A mulher é avaliada negativamente como inferior.
  • O sexismo benevolente. Seria o comportamento que idealiza as mulheres como esposas, mães e objetos românticos. Verdadeiramente, pressupõe também a inferioridade das mulheres ao considerar que elas precisam de um homem para serem cuidadas e protegidas.

No sexismo benevolente, a mulher é avaliada de maneira positiva como diferente, mas enquadrada em determinadas funções. No sexismo hostil, são atribuídas à mulher características pelas quais elas são criticadas.

No fim, ambas as formas têm o objetivo de legitimar e reforçar a desigualdade de gênero.

Preconceito sexista

O feminismo e a luta pela igualdade

Atualmente, devido ao desenvolvimento dos direitos fundamentais em muitas sociedades (principalmente nas ocidentais), o feminismo e a luta pela igualdade estão em seu auge.

O feminismo é um movimento social e político iniciado no final do século XVIII que implica a tomada de consciência das mulheres como grupo.

As mulheres, por meio do movimento, dão voz à opressão, à dominação e à exploração das quais foram e continuam sendo objeto no âmbito do patriarcado. O feminismo busca a libertação de seu sexo.

Ainda há muita desigualdade no mundo. Os preconceitos sexistas, a violência de gênero e os crimes sexuais são ações que continuam sendo manifestadas todos os dias. Por isso, é importante tomar consciência da realidade e agir para mudá-la.

Existem medidas legais que buscam prevenir e lutar contra os crimes sexuais e os crimes de ódio relacionados à violência de gênero. No entanto, o mais importante nesse sentido não é castigar, mas educar.

É fundamental ensinar às pessoas desde cedo que o respeito, a tolerância e a igualdade são direitos básicos. Desse modo, é possível promover o desenvolvimento de uma sociedade sem preconceitos.


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