Um bom livro se abre com interesse e se fecha com satisfação

Um bom livro se abre com interesse e se fecha com satisfação
Raquel Aldana

Escrito e verificado por a psicóloga Raquel Aldana.

Última atualização: 14 dezembro, 2021

Que grande verdade carrega essa frase: um bom livro se abre com interesse e se fecha com satisfação. Os ávidos leitores sabem disso, ler é muito mais que um prazer, pois com a leitura nos transportamos com nossos pensamentos e emoções aos lugares mais escondidos da mente.

Ler nos faz felizes e livres. De fato, tal como afirmam as boas línguas, ler os grandes escritores faz de você uma pessoa melhor preparada para tomar decisões criativas e racionais. Porque não há dúvida de que, como disse Cortázar, “um livro começa e termina muito antes e muito depois da sua primeira e da sua última página.”

“Eu gostaria de saber”, disse para si mesmo, “o que acontece realmente em um livro quando está fechado. Certamente dentro existem somente letras impressas sobre o papel, mas contudo… Alguma coisa deve acontecer, porque quando o abro, de repente aparece uma história inteira. Dentro existem pessoas que não conheço ainda, e todas as aventuras, façanhas e brigas possíveis…

E às vezes acontecem tempestades no mar ou chegamos a países ou cidades exóticas. Tudo isso está no livro de alguma forma. Para vivê-lo é preciso lê-lo, claro. Mas está dentro já anteriormente. Gostaria de saber de que forma.”

E de repente sentiu que o momento era quase solene.
Sentou-se direito, pegou o livro, o abriu na primeira página e começou a ler”
-Michael Ende, A Historia Sem Fim-

A fusão com um bom livro nos torna mais satisfeitos com a vida

A julgar por uma pesquisa da Universidade de Roma III, na qual foram entrevistados mais de 1100 participantes, parece que as pessoas leitoras estão muito mais satisfeitas com suas vidas e se sentem mais felizes do que as não leitoras.

Segundo afirma a Nuccio Ordine, “nutrir o espírito pode ser tão importante quanto alimentar o corpo”. Isto se reflete em diversas pesquisas que usam a ressonância magnética funcional para examinar os cérebros dos leitores antes e depois de ler um livro. O cérebro se alimenta das histórias que lemos e dos aprendizados que adquirimos.

Isto não é algo novo, mas é curioso observar como as conexões se multiplicam entre o sulco central do cérebro, a região sensoriomotora primária, o córtex temporal primário e outras áreas relacionadas à linguagem.

Ler um bom livro

E mais, enquanto lemos um bom livro, conseguimos reduzir o estresse e potencializar a inteligência emocional, o autoconhecimento, o cultivo da empatia e o desenvolvimento psicossocial.

Além disso, graças ao fato de que podemos nos sentir identificados e aprender a pensar de outra forma, podemos inclusive modificar os nossos comportamentos, compreender os outros com mais facilidade e assumir lições que podem nos ajudar a resolver dilemas morais e emocionais.

Um bom livro é aquele que deixa marcas

Não podemos dizer que todos os livros merecem ser lidos por todo mundo, contudo, podemos afirmar que há livros que encantam, que prendem e que carregam entre as suas capas um verdadeiro luxo intelectual.

Ler um bom livro

A seguir apresentamos alguns desses livros “imperdíveis”. São só ALGUNS e é uma opinião muito pessoal, por isso adoraríamos que compartilhassem conosco os títulos que marcaram você.

  • Crime e Castigo, de Fiódor Dostoyevski
  • Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez
  • Dom Quixote da Mancha, de Miguel de Cervantes
  • Metamorfose, de Kafka
  • Doutor Jivago, de Boris Pasternak
  • Anna Karenina, de León Tolstói.
  • Madame Bovary, de Gustave Flaubert.
  • O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde
  • Grandes Esperanças, de Charles Dickens.
  • 20000 léguas submarinas, de Julio Verne
  • João Salvador Gaivota, de Richard Bach
  • 1984, de George Orwell
  • Um mundo feliz, de Aldous Huxley
  • O jogo da amarelinha, de Julio Cortázar
  • A história sem fim, de Michael Ende
  • Os miseráveis, de Victor Hugo
  • O apanhador no campo de centeio, de J.D. Salinger
  • O nome da rosa, de Umberto Eco
  • O pequeno príncipe, de Saint-Exùpery

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