Vício em sexo: um verdadeiro problema

Vício em sexo: um verdadeiro problema

Última atualização: 26 julho, 2019

O vício em sexo, ou satiríase, é considerado um transtorno de personalidade que descreve o vício como uma patologia. Todos os vícios são prejudiciais, mas alguns são mais delicados que outros.

Embora entendamos que ludomaníacos ou alcoólatras deveriam abandonar o jogo ou o álcool, também podemos entender que os viciados em sexo ou pessoas compulsivas por comida não podem abandonar completamente esse vício, pois a comida e o sexo são necessários nas suas proporções razoáveis.

O vício em sexo segundo o DSM-V

O DSM-V (Manual de Transtornos Mentais) define o vício em sexo como um transtorno de “Hipersexualidade”. Um transtorno obsessivo compulsivo pelo qual os afetados são absolutamente incapazes de controlar voluntariamente seus pensamentos. É preciso acrescentar que, segundo especialistas psiquiatras, todos os atos obsessivos que dificultam nossa capacidade de desenvolver uma vida normal, interferindo nos âmbitos sociais ou profissionais, podem ser considerados transtornos patológicos.

Os dados estatísticos conhecidos (estudos de sexólogos) não parecem falar de um vício tão reduzido. Três milhões de pessoas na Espanha, 19 milhões nos EUA e 3 milhões na Argentina são viciados em sexo.

Devemos entender que uma pessoa pode ter uma vida sexual muito ativa, e nem por isso iremos considerá-la viciada.

O viciado não está satisfeito consigo mesmo e não tem controle sobre as suas ações, embora a sua conduta o obrigue a sofrer com um estado de ânimo negativo. Como todos os vícios, o viciado em sexo, ao longo do tempo, precisará de mais e melhores estímulos para acalmar a sua necessidade, mesmo que esse prazer seja apenas momentâneo e, em breve, ele volte a um ciclo autodestrutivo em busca de novos objetivos que saciem a sua inquietude.

Recorrer compulsivamente ao sexo pode indicar a necessidade de preencher nossa solidão ou nosso vazio existencial com agentes externos que alimentem a nossa autoestima.

O vício em sexo implica, geralmente, um grande consumo de pornografia, múltiplos encontros sexuais em apenas uma noite (com pessoas conhecidas ou por meio da prostituição) e recorrer de forma compulsiva à masturbação. Se esta maneira de interpretar o sexo anula ou interfere em nosso dia a dia, podemos nos considerar viciados em sexo.

Assim como ocorre em todos os vícios, o passo imprescindível para sair dele consiste em aceitar o problema como algo real, que manipula e prejudica a nossa atividade diária. Buscar apoio profissional e entrar em contato com centros especializados adaptados para esse conflito sexual são as melhores formas de alcançar uma solução.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.