Tristeza no Natal? Os dois aspectos dessa celebração

Tristeza no Natal? Os dois aspectos dessa celebração
Bernardo Peña Herrera

Escrito e verificado por o psicólogo Bernardo Peña Herrera.

Última atualização: 18 dezembro, 2021

Sentir tristeza no Natal é cada vez mais comum, ainda mais nos tempos de crise que temos que viver. Para você, que está lendo estas linhas, gostaríamos de perguntar se você sente tristeza no Natal? Você vive essas celebração com muita alegria ou você acha que perdeu o espírito natalino?

Algumas pessoas celebram o Natal com entusiasmo, aguardando ansiosamente a chegada dessas datas especiais. No entanto, também existem pessoas que o “apagariam” do calendário e que esperam que ele passem rapidamente.

Aqueles que preferem não pensar nesses dias geralmente são pessoas que estão passando por um momento econômico ruim e não podem se dar ao luxo de fazer alarde nessas datas de consumismo. Mas aqueles mais tristes nessas datas são aqueles que perderam um ente querido. Apoiar-se na família ou nos amigos é importante para se relacionar melhor, pois isolar-se agrava ainda mais a situação.

Por outro lado, datas em que parece que é obrigatório ser feliz, sorrir e ser gentil com todos podem não inspirar muitas pessoas, pois sentem que seus sentimentos não correspondem, ou não são capazes de mudar seu estado emocional apesar da pressão social.

É importante lembrar que não temos que seguir um padrão definido de celebração, não há regra a seguir, quanto mais expectativas você cria para si mesmo, mais frustrações você sentirá e mais fácil será sentir tristeza no Natal.

Afinal, o importante não é como você decora a mesa, nem como você se veste, o contato humano é o que lhe trará a maior satisfação.

Tristeza no natal

Cada um vive o período do Natal à sua maneira, de acordo com as suas circunstâncias. Mas existem alguns aspectos que podem influenciar, e muito, na forma como a celebração de Natal é percebida e vivida.

Inclusive, tem gente que se sente obrigada a se adaptar a um roteiro pré-estabelecido para seguir o esquema de celebração nessa data.

A superficialidade

Se você viver o Natal com superficialidade, se preocupará excessivamente com a imagem. Ou seja, quando você se encontrar com a família e amigos você vai querer se destacar, vai querer que suas roupas sejam as mais bonitas, vai se esforçar para se maquiar melhor do que nos outros dias.

Se recebe pessoas em casa, vai querer dar a melhor imagem e vai conseguir os melhores talheres que tiver, vai até comprar um novo set, para que os outros guardem uma imagem glamorosa de você.

Mas quem quer dar uma fachada perfeita não entende o que é importante, pois o seu interesse está em dar tudo para mostrar o bom gosto que se respira na sua casa. O superficial, como a palavra indica, é muito temporário, desaparece rapidamente. O que preenche a alma não é material nem luxuoso.

O lado da espiritualidade

O lado da espiritualidade

Se você vive o Natal com espiritualidade, é normal que você queira estar mais melhor do que nos outros dias, que queira se vestir bem. Mas você não buscará se destacar ou não se importará excessivamente em causar uma boa impressão, simplesmente o fará porque a alegria de se encontrar com a família e amigos dá vontade de estar bonito.

Nem se importará excessivamente em comprar os melhores talheres, nem impressionará ninguém, simplesmente buscará desfrutar da companhia. Seu foco estará nas pessoas e não em objetos materiais ou estética. Uma pessoa pode se vestir com um vestido espetacular, colocar maquiagem para cobrir seu rosto, colocar na mesa talheres de prata… mas isso não vai deixar uma marca no coração.

“Não existe um Natal ideal, apenas o Natal que você decide criar como reflexo dos seus valores, desejos, entes queridos e tradições.”

-Bill McKibben-

No fundo, as pessoas mais ricas são aquelas que têm boas lembranças espirituais e não aquelas que se lembram pela beleza e pelas coisas materiais. Então, se você fica triste no Natal, tente compartilhar com pessoas que preencham sua alma.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.