7 estratégias de competitividade para o ambiente de trabalho

Quando a cultura organizacional de uma empresa promove uma competitividade saudável e estimulante entre os seus colaboradores, a produtividade e a eficiência aumentam. No artigo a seguir, daremos dicas de como conseguir isso.
7 estratégias de competitividade para o ambiente de trabalho
Valeria Sabater

Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater.

Última atualização: 06 janeiro, 2024

A implementação de boas estratégias de competitividade no ambiente de trabalho muda os rumos de uma empresa. Se os gestores e a equipe de recursos humanos traçarem uma metodologia saudável e eficiente nessa área, os resultados serão perceptíveis. Não apenas a própria organização se tornará mais eficiente, mas os funcionários se sentirão motivados.

Michael E. Porter, um acadêmico especialista em economia, tem um livro muito conhecido chamado Competitive Strategy. Neste trabalho, ele aborda os pontos-chave para ter sucesso em tal propósito. Esclarecer objetivos, encorajar equipes ou favorecer a resolução de conflitos são pilares de grande valor. No texto a seguir, apresentaremos todas as ferramentas para atingir esse objetivo.

Em um mercado global cada vez mais dinâmico, proporcionar às empresas um clima interno competitivo pode aumentar sua projeção, desde que feito de forma adequada.

Estratégias de competitividade para o ambiente de trabalho

Existe realmente uma chance de criar um ambiente competitivo “saudável”? A resposta é “sim” e a melhor tática nesses casos é aumentar a competitividade, mas sem diminuir a qualidade do ambiente de trabalho. A Global Business Review aponta em um artigo que, embora esse termo esteja na moda, uma revisão dele é necessária para empurrá-lo na direção certa.

Uma maneira de acertar é usar uma abordagem motivacional que inspire e induza o autoaperfeiçoamento e a capacidade de realização. Embora sejam experiências que não estão isentas de certo estresse, também devem ser dotadas de habilidades para gerenciá-lo. Em essência, maximizar os esforços dos trabalhadores por meio de um comportamento competitivo requer um plano adequado que descreveremos para você.



1. Defina metas e promova o comprometimento

Se como líder você deseja introduzir estratégias de competitividade, é aconselhável primeiro esclarecer os componentes da cultura organizacional. Seus funcionários devem saber quais são os valores, as crenças e os objetivos que definem a empresa. A BMC Health Services Research destaca em publicação a importância desse propósito.

Para aumentar a competitividade no ambiente de trabalho, é aconselhável começar com algumas diretrizes preliminares, como as que listamos a seguir:

  • Explique aos seus funcionários quais são os objetivos da empresa.
  • Certifique-se de que os objetivos definidos para a equipe estejam bem claros.
  • Motive e inspire para que os funcionários se sintam comprometidos com os objetivos.
  • Deixe-os ver que são uma equipe e que todos os membros são relevantes.
  • Realize reuniões regulares para avaliar como as metas estão sendo alcançadas.
  • Favoreça a expressão de ideias para que os funcionários exponham propostas e opiniões próprias.

2. Crie equipes de trabalho colaborativas que competem entre si

Formar pequenos grupos colaborativos para desafiar uns aos outros pode impulsionar a inovação. Se as características da empresa permitirem, é uma estratégia positiva. Por um lado, você gera equipes de pessoas que irão unir sinergias. Por outro, aumentará a competitividade entre vários departamentos. Tudo isso é evidente na produtividade. Estas podem ser as etapas:

  • Implemente várias equipes de poucos funcionários e dê a eles objetivos semelhantes.
  • Cada equipe deve trabalhar de forma colaborativa para obter melhores resultados que as outras.
  • Incentive e ofereça feedback regularmente.

3. Defina incentivos

Não faz sentido apelar ao esforço e autoaperfeiçoamento dos colaboradores se não premiarmos as conquistas obtidas. A Frontiers in Psychology, em um artigo sobre incentivos e seus benefícios, faz alusão sobre como ambos aumentam a motivação. Para fazer isso, tenha em mente as seguintes recomendações:

  • Faça uso de elogios e reforço verbal.
  • Estabeleça diferentes tipos de incentivos: financeiros ou folgas, por exemplo.
  • Incentivar um grupo ou uma pessoa nunca implicará sancionar aqueles que não alcançam esses propósitos.
  • Esclareça desde o início quais são os incentivos que podem ser obtidos, caso sejam atingidos os objetivos estabelecidos.

A competitividade saudável em um ambiente de trabalho se beneficia de incentivos e feedback do líder.

4. Forneça os meios adequados

Uma organização deve fornecer aos funcionários os meios adequados para realizar seu trabalho. Assim, caso desejemos implementar uma cultura competitiva, devemos primeiro avaliar se a empresa possui recursos adequados e suficientes. O trabalho eficiente, inovador e produtivo só é alcançado se as condições forem ideais. Veja algumas sugestões:

  • Forneça meios inovadores.
  • Realize auditorias para avaliar se os recursos da empresa são adequados.
  • É importante apostar e investir na formação constante dos trabalhadores.
  • Realize reuniões periódicas para que os colaboradores apresentem suas necessidades nesse assunto.

5. Promova uma cultura de trabalho ético

A pesquisa relatada em Personality and Individual Differences indica que existem aqueles que têm traços de personalidade ideais para ambientes competitivos. Ou seja, há quem se sinta motivado nesses contextos. Outros, por outro lado, se sentem mais inibidos.

Da mesma forma, não podemos ignorar o fato de que, em algumas ocasiões, a competição entre trabalhadores pode dar origem a condutas desonestas ou antiéticas. Essa é uma variável que devemos evitar. Vamos ver como:

  • Especifique quais são as atividades que não podem ser realizadas.
  • Elabore um documento que regule a sanção dessas condutas.
  • Estabeleça canais para denunciar ações desonestas a esse respeito.
  • Implemente formação em prevenção nessa área por parte dos recursos humanos.

6. Treinamento em habilidades, resolução de conflitos e inteligência emocional

Entre as estratégias mais interessantes para a competitividade no ambiente de trabalho está o treinamento em inteligência emocional. Graças a essas competências, possibilitamos ao colaborador regular as emoções, boa comunicação, empatia e motivação. Um exemplo desses benefícios é encontrado em pesquisas realizadas na Universidade La Trobe, na Austrália.

Também, e não menos importante, para evitar tensões e problemas entre os trabalhadores, é conveniente treiná-los na resolução de conflitos. Dessa forma, e com essas duas esferas, criaremos um ambiente organizacional dominado pela competitividade respeitosa e saudável.

Às vezes, ambientes de trabalho altamente competitivos levam a comportamentos desonestos, como assédio entre trabalhadores.

7. A importância de oferecer feedback

Como líder de uma organização, é fundamental dar o exemplo, fazendo parte de todos os fluxos e processos da própria empresa. Se você deseja que a competitividade aumente a eficiência, a inovação e a produtividade, deve oferecer feedback (Hardavella et al., 2017). Tome nota da metodologia que você pode seguir:

  • Eleve o moral da equipe.
  • Promova o autoaperfeiçoamento.
  • Ofereça desafios motivadores.
  • Seja construtivo, positivo e encorajador.
  • Valorize os esforços dos funcionários.
  • Mostre que você confia no valor deles.
  • Ofereça guias para melhorar o seu trabalho.
  • Realize reuniões individuais e em grupo.
  • Preocupe-se com as necessidades do trabalhador.


Como você sabe se implementou a competitividade de forma inadequada?

Às vezes, ao introduzir novas estratégias de competitividade para o ambiente de trabalho, o que se obtém são resultados fracassados. Por mais chocante que nos pareça, existem empresas que falham nessa prática. Quando uma organização prioriza a produtividade em detrimento das condições dos funcionários, surgem problemas.

O que se recomenda nesses casos é estabelecer mecanismos para avaliar os efeitos da aplicação da cultura de competitividade. Os psicólogos da empresa ou a equipe de recursos humanos devem avaliar a qualidade do ambiente de trabalho.

É decisivo considerar que sempre existem limites morais que não devem ser ultrapassados em cenários trabalhistas competitivos. Assim, quando um funcionário considera seus colegas como “seus inimigos”, os comportamentos disfuncionais não demoram a surgir.

Um clima de trabalho dominado pela hostilidade não traz benefícios para a organização. São dinâmicas que demonstram uma aplicação equivocada da cultura da competitividade:

  • Situações de intimidação.
  • Funcionários estressados.
  • Os problemas se acumulam.
  • Ideias inovadoras não aparecem.
  • Sempre há conflitos internos.
  • Os trabalhadores chegam desanimados.
  • Prevalece a má comunicação.
  • Alguns trabalhadores deixam a empresa.
  • Perda de trabalho devido a ansiedade e depressão.
  • Ocorrem atrasos e absenteísmo.
  • Não há aumento de produtividade.
  • Funcionários conformistas que não se esforçam muito.

Como resolver os problemas de competitividade mal implementada?

Se quisermos resolver esses problemas, é necessário reformular completamente nossas estratégias de competitividade aplicadas. Para isso, devemos realizar reuniões conjuntas entre todos os departamentos a fim de conhecer a situação e estabelecer mudanças.

Tenhamos em mente que somente quando o trabalhador for cuidado e incentivado é que conseguiremos o seu comprometimento e o sucesso da própria empresa.


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